₇• Death Eater

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Prophecy - | Draco Malfoy |

 Meu braço estava enroscado ao de Gina, tivemos aula de DCAT e a ruiva insistiu em me acompanhar para o salão comunal

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Meu braço estava enroscado ao de Gina, tivemos aula de DCAT e a ruiva insistiu em me acompanhar para o salão comunal. Ela havia se tornado uma boa amiga, mesmo que vez ou outra alguns alunos nos encarassem torto, provavelmente por não aprovarem uma amizade com pessoas fora de sua casa.

Eu estava cansada, meus olhos pesavam por não ter conseguido dormir durante a noite. Desde que Malfoy resolveu me fazer companhia na sala comunal, passamos horas a fio conversando e precisei admitir para mim mesma que ele não era tão ruim quanto os outros dizem.

Isso não significava que eu confiava nele. Na verdade, em todo minha vida, havia conseguido confiar apenas em Merlin. Para alguns isso podia ser deprimente, para mim era apenas uma forma de me resguardar.

Minha cabeça martelava, a todo momento eu pensava apenas na carta que meu avô deixou. O tempo corria, forças das trevas tentavam penetrar o castelo e uma grande quantidade de trouxas desapareciam todos os dias.

Enquanto Voldemort trabalhava sem descansar, eu me distraio em pensamentos e tentativas de solucionar enigmas que talvez nunca me levem a lugar algum.

— Aconteceu alguma coisa, Makayla? - apertou meu braço, sorrindo pequeno em minha direção. — Eu te chamei três vezes e você não respondeu.

— Me desculpe, Gin. - ri fraco, coçando a testa e desviando o olhar para o chão. — Não consegui descansar a noite e digamos que eu tenha alguns problemas para resolver.

— Algo em que eu possa ajudar? - neguei com a cabeça, mas por dentro apreciei seu ato. — Sabe do que você precisa, Merlin? Uma distração. Tirar uma folga dos seus problemas pode ser bom de vez em quando.

Como poderia dizer a Wesley que eu não podia simplesmente tirar uma folga? Ela não entenderia e com certeza me pediria explicações, e isto era algo que eu definitivamente conversava apenas com o professor Dumbledore.

Mas foi então vi seus olhos brilhando em direção aos meus, Gina estava empolgada e eu sabia que suas intenções eram as melhores. Meu lado racional dizia para não ceder, mas apenas balancei os ombros e sorri para a mais nova, concordando com um aceno de cabeça.

— Para comemorar o começo do ano letivo, sempre temos um jogo de quadribol. Você conhece, certo? - assenti, lembrando de quando meu avô era o apanhador da Sonserina. — Este ano, Harry foi eleito como capitão do time de Gryffindor, vamos competir contra a Lufa-Lufa e seria bom se viesse conosco.

— Então você quer que eu torça para o Potter? - arquei a sobrancelha, negando com a cabeça. — Me desculpa Gina, mas não posso ignorar que se vocês ganharem, vão competir contra a Sonserina daqui algumas semanas.

— E você espera que a Lufa-Lufa ganhe, porque sabe que sua casa não nos venceria. - ela se gabou, por um momento pude a enxergar como membro da sonserina. — Você não precisa torcer, Makayla, apenas venha acompanhando sua amiga.

Cogitei a ideia por alguns minutos. Não seria tão ruim me dar um pouco de tempo, e sabia que poderia me divertir com Gina e, provavelmente, os outros irmãos Wesley.

— Tudo bem, você me convenceu. - ergui os braços em rendição, ela sorria. — Mas nunca mais duvide da capacidade de um sonserino, minha querida Gin.

E com isso, me separei dela. A mesa da minha casa estaria vazia se não fosse pelo trio de ouro do Snape. Draco e seus amigos riam de algum feitiço feito por uma corvinal que havia dado errado, e eu apenas revirava meus olhos.

Não estava com muita fome, então apenas tomei um suco enquanto fitava a mesa dos professores. Eles discutiam sobre algo, pareciam preocupados, mas tentavam disfarçar devido a grande quantidade de alunos no salão comunal.

Talvez meu olhar de curiosidade tenha chamado atenção, pois Dumbledore me fitava com a sobrancelha arqueada. Eu sabia que tinha algo de errado, mas por que ele não teria me contado nada?

— Eles estão discutindo sobre os dementadores. Parece que estão tentando penetrar o castelo, mas os professores criaram uma barreira de proteção. - era a voz de Gregory, seu olhar transmitia um pouco de apreensão. — Mas Voldemort não vai desistir enquanto não conseguir acesso a Hogwarts.

— Acham que o Potter consegue detê-lo? - indagou Vicente. O Goygle deu de ombros, provavelmente duvidava que um mero garoto de 16 anos pudesse deter o Lorde das Trevas.

— Dizen que ele foi o eleito, quem sabe. - murmurou novamente Vicente, fitando a mim e a Draco esperando por uma resposta.

Eu não sabia muito bem como reagir, não sabia como dizer que não acreditava. Harry James Potter não era o eleito, mas Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado acreditava que sim, assim como todos os outros. Isso era uma das poucas vantagens que eu tinha sobre ele, o fato da profecia que todos conhecem estar errada.

— Acho que seria preciso mais do que um mero adolescente para o derrotar. - E em partes, era verdade. Seria preciso muito mais do quê uma descendente de Merlin, talvez por isso o o vovô tenha me deixado sua varinha e magia canalizada naquele livro.

Mas havia algo de estranho nisso tudo. Draco se mantinha quieto e, pelo pouco que pude conhecer dele, sabia que ele nunca desperdiçaria uma oportunidade de humilhar o Potter.

Seu olhar estava distante, focado em algum ponto qualquer da mesa de madeira. Uma de suas mãos estava cerrada em punho, e percebi ele contrair o braço esquerdo em um movimento leve.

Gregory e Vicente o encaravam com expectativa, e sinceramente eu fazia o mesmo. Malfoy os fitou e por fim se focou em mim, seus olhos estavam frios e demonstravam fraqueza.

Era como se ele buscasse por ajuda, como se procurasse uma pessoa que o entendesse sem precisar usar as palavras. Infelizmente, eu tinha uma vaga ideia do que aquilo poderia significar, mas algo em mim me forçava a duvidar dos meus instintos.

Vovô sempre me contava sobre os Malfoy. Eu sabia que o pai de Draco era um comensal da morte, assim como sabia que a mãe dele apenas o acompanhava por não ter outra escolha. Mas não conseguia imaginar o garoto sentado ao meu lado se unindo ao Lorde das Trevas, sendo um de seus capachos.

Qual seria o sentido? O quê Você-Sabe-Quem poderia querer com um rapaz tão novo? Essa era a perguntava que rondava em minha mente, enquanto ainda mantinha meu olhar fixo ao dele.

Em um movimento brusco, o loiro se levantou bruscamente. Ele saiu caminhando em passos apressados, enquanto folgava sua gravata e respirava descompassado. Seus amigos iam o seguir, mas segurei a mão de ambos e os pedi que deixassem ele sozinho, de alguma forma sabia Draco queria isso.

As perguntas me sufocavam. Seria ele um garoto sem escolha, assim como sua mãe? E se fosse um comensal da morte, por que estava em Hogwarts?

Foi neste momento que eu soube. Soube que precisava me aproximar de Draco Malfoy, e sentia muito pelo estrago que causaria em sua vida com isso.

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