Prophecy - | Draco Malfoy |
— Você mal tocou no jantar, Makayla. - resmungou London, segurando meu pulso com firmeza. — E tenho certeza que não foi a enfermaria pedir a poção revigorante para a madame Pomfrey.
— Eu não estou com fome, Lon. - bufei, soltando sua mão da minha e apanhando minha bolsa. — Não precisa se preocupar comigo, tudo bem? Mas preciso ir na biblioteca antes que a fechem, tenho que pegar os livros para o trabalho da professora Sinistra.
Antes que ela pudesse responder, apertei meus passos para fora do salão principal. Os alunos estavam animados devido o jogo de hoje, mas alguns ficaram apreensivos por este ser o segundo ataque ao Potter.
Graças a queda, o moreno de olhos azuis acabou quebrando o braço. Um dos professores tentou arrumar com magia, mas acabou fazendo com que os ossos do garoto virassem poeira.
Enquanto ao Malfoy, ele estava com uma luxação no ombro, mas nada que fosse muito trabalhoso de se resolver. Eu passei a tarde com os dois apanhadores na enfermaria, mas agora Crabbe e Goyle faziam companhia para o loiro na sala comunal de nossa casa.
Ainda estava com as roupas de mais cedo e sentia meu corpo suado, precisava urgentemente dum banho. Mas antes, eu teria que revirar a biblioteca de ponta a ponta para achar os livros pedidos pela professora Sinistra, algo sobre um estudo das estrelas cadentes.
Para minha sorte o lugar estava vazio, madame Irma Prince devia estar cuidando de algum dos seus gatos, porque não a vi no salão principal. Eu tinha pouco tempo ali, eles costumam fechar a biblioteca logo as dez horas, durante nosso toque de recolher para os quartos.
Suspirando, deixei a bolsa pesada deslizar em meu ombro e cair sobre a mesa de madeira. Procurei em meio a toda aquela bagunça a pequena lista que Aurora distribuiu para os alunos, e logo percebi que precisaria procurar na seção de referências.
Deslizei meu tronco sobre a cadeira, pendendo a cabeça para o lado e fechando meus olhos. Com um aceno de mão, os três livros pousaram em meu colo e agradeci mentalmente ao vovô por me ensinar tão bem a arte dos feitiços silenciosos.
Por um momento me lembrei do pomo de ouro, imediatamente o procurei nos bolsos da minha calça. Era uma esfera do tamanho de uma noz, e pelo que me lembro do jogo, as asas eram cor de prata e me perdi por alguns momentos a admirando.
Eles possuem lembranças, lembram-se do toque da primeira pessoa que os toca, para os casos de uma captura disputada. A rodopiava em minha mão, me recordando das vezes em que Merlin me contava sobre suas aventuras como apanhador da Sonserina.
Ele, vez ou outra, me permitia enxergar por suas lembranças e visualizar os jogos. Me lembro de seu primeiro, onde competia com a Corvinal e acabou apanhando o pomo de ouro com sua boca.
Sorri involuntariamente, aquela era uma das minhas recordações preferidas dele. Vovô tinha 16 anos neste tempo e cursava o 6° ano em Hogwarts ao lado de seu melhor amigo, Albus Dumbledore.
Aproximei o pequeno objeto, deixando um pequeno e leve selar ali, assim como ele havia feito quando a partida se encerrou e levou consigo a taça do campeonato mundial de Quadribol.
— Por que essa bolinha era tão especial para você, vovô? - divaguei, ainda mantendo meu olhar fincando no pequeno item de ouro maciço.
Mas então, o pomo pôs suas asas para fora. Ele sobrevoou minha mão, alcançando o ponto mais alto da biblioteca. Uma luz era refletida em suas asas prateadas, um brilho tão intenso que me fez espremer os olhos involuntariamente.
As portas do lugar se trancaram, e então como um flash de cegueira, a imagem de Merlin apareceu em minha frente.
Ele usava vestes douradas, acompanhadas duma longa capa roxa. Sua barba longa e grisalha estava a altura do abdômen, o cajado sendo segurando por sua mão esquerda, enquanto a direita pendia ao lado do corpo. E claro, o velho sorriso rotineiro que eu tanto reconhecia.
Meus olhos marejarem ao vê-lo, estava exatamente como eu me recordava. Dei um passo em sua direção, analisando melhor a imagem que emanava do pomo de ouro.
— Oh, minha querida. Você se lembrou, eu sabia que iria. - sua voz era tranquila, e pude sentir cada pequeno pedaço da minha alma se esquentar ao ouvi-lo. — Devo lhe parabenizar por desvendar o primeiro de meus enigmas, sabia que iria conseguir se olhasse para o que guarda dentro de si, para suas lembranças. - suspirei, tentando dirigir tudo que estava acontecendo. — Apenas uma sangue mestiço pode enxergar a verdade por dentre do quê escondo em meu livro. Apenas aquela, a eleita e verdadeira herdeira, que possui em si o bem o mau correndo pelas veias, pode absorver todo o poder que escondo. - a pedra em seu cajado brilhou, logo soltando-se de onde se sustentava e sobrevoou em direção a mim. O objeto se prendeu ao meu pescoço, como um colar. — Mas deves tomar cuidado, a magia pode se tornar perigosa, pode lhe cegar. O poder em suas mãos pode ser nocivo como um veneno. Se mantenha atenta, Makayla, tudo o que você precisa agora se esconde em seu sangue.
Uma luz branca invadiu a sala, e então a imagem de Merlin se dissipou no ar. O pomo de ouro foi de encontro ao chão, e senti a pedra que estava presa em meu pescoço queimar.
Ela cintilava em vermelho, sendo a combinação dos quatro elementos, podendo transmutar o ouro e ser fonte de crianças do elixir da vida. Aquela era a pedra filosofal, a qual dava poder ao cajado do grande Merlin.
O pomo de ouro foi o primeiro passo para desvendar um de seus enigmas, mas porque ela continha uma lembrança. Lembrança esta que vovô passou para mim a alguns anos, era algo que estava guardado dentro de mim, assim como ele tinha dito em sua carta presa ao livro.
Apenas uma mestiça, a eleita e herdeira, poderia ver a magia que ele escondia. Tudo o que eu precisava se escondia no meu sangue.
O meu sangue era mestiço. A cada pequeno segundo, a magia se mesclava com o bem e mau que corriam por minhas veias.
Puxei o colar do pescoço, admirando-o por alguns segundos. A pedra havia se fundido a um emaranhado de prata, ela se escondia em forma de um pequeno quadrado centralizado em meio a corrente. A retirei, observando como se voltava para sua forma original, uma pedra maciça e pontiaguda.
Busquei pelo livro que Dumbledore havia me entregado, folheando-o para encontrar o relato 11, data de meu nascimento.
Segurando a pedra, a empurrei contra meu pulso esquerdo, perfurando o lugar e observando o sangue fluir de meu corte. Grunhi em dor, espremendo os olhos por alguns segundos e suspirando fundo. A tonalidade em um vermelho vivo manchava a folha que antes estava em branco.
Sobre meus olhos, as gotas do sangue derramado se uniam, formando um mapa. Todas as coordenadas me levariam a apenas um lugar, a câmara secreta de Salazar Slytherin, onde se escondia Basilisco, uma serpente que somente poderia ser controlada por um verdadeiro herdeiro da Sonserina.
"Apenas aquela, a eleita e verdadeira herdeira, que possui o bem e o mau correndo pelas veias, pode absorver todo o poder que escondo."
Somente eu, herdeira de Merlin e da Sonserina, poderia fazer isso.
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Prophecy | Draco Malfoy
Fanfiction🅟🅡🅞🅟🅗🅔🅒🅨 | "Sim, eu te usei. Sei que não agi da melhor forma e que eu te desiludi, nunca foi minha intenção magoar você desse jeito. Mas todos sabemos que no final, você sempre vai voltar para mim." 🅗🅐🅡🅡🅨 🅟🅞🅣🅣🅔🅡 - 🅙🅚 🅡🅞🅦🅛🅘...