Prophecy - | Draco Malfoy |
Os burburinhos no Salão Comunal eram todos a respeito da partida de hoje. Alguns alunos de Gryffindor culpavam a Sonserina pelo acontecido. Eles insistiam em dizer que azaramos o Potter para que o menino perdesse o jogo e, daqui algumas semanas, precisarmos enfrentar a Lufa-Lufa.
Agora, eu sentia os olhares com raiva e indignação serem direcionados para nossa mesa de minuto em minuto. Gregory e Hydra resmungavam ao meu lado, e eu grunhia por estar em meio aquela conversa.
Enquanto isso na mesa dos leões, todos paravam para parabenizar Harry pelo jogo e perguntar se ele estava passando bem. Revirei os olhos, e por alguns segundos cogitei a possibilidade de não tê-lo ajudado, e sim permitido que se encontrasse com os dementadores fora dos muros de Hogwarts.
— Ele gosta da fama. - me pronunciei, atraindo os olhares dos que estavam na mesa para mim. — Dizem que puxou isso do pai, talvez seja verdade. No fundo, o Potter adora que o idolatrem.
— Makayla tem razão. - dessa vez, era London que se pronunciava. Ela era minha companheira de quarto, eu tinha um certo carisma pela garota. — Desde que chegou em Hogwarts, ele sempre fez de tudo para prender a atenção em si. As vezes, acho que gosta de sair como o coitadinho, as pessoas sentem pena e tendem a prestar mais atenção nele.
Eu não sentia nada pelo Harry ou por seus amigos, exceto Gina. Mas me irritava ver os grifanos nos culpando pelo acontecido de hoje, e nem mesmo o Potter e seus amigos ousaram nos defender. Não que fosse preciso, mas o silêncio deles consentia que concordavam com tudo que os outros diziam.
— Não aguento mais a presença deles aqui, vou para nossa sala. - eles assentiram. Me levantei, deixando quase todo o jantar intocado em meu prato.
Por alguma razão estranha, eu sentia o sangue em minhas veias ferverem. Minha cabeça latejava em dor e eu respirava pesado, talvez sejam efeitos do estresse que o dia de hoje me trouxe.
Quando estava prestes a sair do salão comunal, senti uma mão agarrar meu pulso bruscamente. Me livrei de seu toque, virando o corpo lentamente e vendo a figura de Hermione Granger.
Suas bochechas estavam coradas, uma de suas mãos tremiam e percebi um tique em seu olho esquerdo. Definitivamente ela estava com raiva de alguma coisa, mas eu apenas arqueava minha sobrancelha em sua direção.
Hoje, definitivamente, não era um bom dia para as pessoas se intrometerem no meu caminho. Seja o que fosse, eu ia pedir que a garota deixasse para discutimos amanhã.
No entanto, senti sua varinha ser prensada contra meu peito. A essa altura, todos os alunos nos fitavam curiosos, provavelmente esperando por um duelo entre duas bruxas. Os professores encerram o jantar, mas não se atreveram a interver não situação, apenas nos observavam de sua mesa.
— Você poderia ter matado o Harry hoje. - gritou. Ela cuspiu as palavras em mim, mas apenas me mantive neutra e com a expressão irônica.
— O que te faz pensar que fui eu quem o derrubou da vassoura, Granger? - arquei a sobrancelha, cruzando os braços abaixo do meu peito.
— Eu estava do seu lado, Makayla, eu vi. - apertou ainda mais sua varinha contra mim, ela achava mesmo que aquilo me assustava de alguma maneira? — Você fez um feitiço silencioso, seus olhos estavam completamente focados no meu amigo.
— Tudo bem, vamos aproveitar a pouca paciência que ainda me resta. - me afastei dela, caminhando em voltas pelo salão comunal. — Primeiro, não fui eu quem enfeitiçou a vassoura do seu amiguinho, muito menos outra pessoa da Sonserina. Segundo, eu quem o salvei, sangue-ruim. Não percebeu como ele pairou sobre o chão em segurança? Eu quem fiz aquilo, sabia que se o deixasse ali poderia sair dos muros de Hogwarts e se encontrar com os dementadores. Terceiro, você precisa ser muito ingênua para achar que se eu quisesse ferir o Potter faria algo tão careta como aquilo. Não combina com meu estilo e, você pode ter certeza de uma coisa, Granger. - me aproximei da garota, colando minha boca em seu ouvido. — Quando quero machucar alguma pessoa, eu nunca falho.
Hermione me fitava sem expressão, mas seus olhos transmitiam raiva. Ela não suportava ser chamada de sangue-ruim, muito menos ser humilhada por outra pessoa, principalmente se for um sonserino.
Estava pronta para sair dali, não iria perder meu tempo brigando com uma garota idiota. Mas então, a vi apontar sua varinha para mim.
— Estupefaça.
O rojão de luz azul vinha em minha direção. Com um feitiço silencioso, me protegi de sua magia, fazendo ele ricochetear em um garoto da Lufa-Lufa.
Eu podia sentir a raiva em mim aumentar a cada passo que dava em direção a Granger, esta que se afastava lentamente de mim.Meu sangue que antes fervia pelo estresse, agora estava dominado pela raiva. Uma trouxa achou, mesmo que por um segundo, que poderia duelar comigo?
Cerrei os punhos e logo pude ouvir o ranger das mesas, era como se elas estivessem tremendo diante de um terremoto. As velas que flutuavam pelo salão se apagaram num instante, e logo foram de encontro ao chão.
Com um acenar de cabeça meu, o corpo de Hermione foi jogado para longe. As facas que estavam sobre as mesas começaram a flutuar, no momento em que iria as atirar em direção a garota, senti meu corpo ser puxado.
Draco Malfoy estava com seus braços ao redor da minha cintura e sussurrava em meu ouvido que tudo iria ficar bem. As facas que antes pairavam sobre o ar, se encontraram com o chão.
Todos os estudantes me fitava com receio, eles estavam com medo de mim. Dumbledore e Snape pareciam surpresos, assim como eu estava.
Ronald Wesley correu para socorrer a Granger, mas não sem antes gritar para todos que eu era um monstro. Ri em descrença, me soltando do aperto de Draco e me aproximando novamente da garota de cabelos castanhos.
— Pense duas vezes antes de tentar entrar no meu caminho de novo, Hermione. - segurei seu queixo, forçando ela a me encarar. — E Harry, em uma outra vez, vou deixar com que você morra.
Apertei os passos para fora do salão comunal, deixando um Malfoy preocupado que corria para me alcançar. Algo em meu peito ardia, era uma dor que parecia sufocar e precisei me apoiar em uma das pilastras para não ir de encontro ao chão.
— Que droga, aquela garota te feriu, não foi? - sua respiração estava descompassada, provavelmente graças a pequena corrida para me encontrar. Apoiei uma de minhas mãos em seu ombro, negando com a cabeça. — O que aconteceu, Makayla? Você mal consegue respirar
— Draco, foi ele. - sussurrei, sentindo a dor consumir meus ossos por inteiro. — Ele fez isso comigo.
— Ele quem, Merlin? - perguntou exasperado, envolvendo meu corpo fraco em seus braços.
— O meu... - busquei por ar, sentindo meus pulmões comprimirem e olhos lacrimejarem.
Não consegui falar. Apertei o colarinho do terno de Malfoy como se minha vida dependesse daquilo, seu olhar preocupado estava cravado em minha mente.
Aos poucos, sentia meus olhos se fecharem, eu sabia que este era um sinal de que ele estava vindo.
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Prophecy | Draco Malfoy
Fanfiction🅟🅡🅞🅟🅗🅔🅒🅨 | "Sim, eu te usei. Sei que não agi da melhor forma e que eu te desiludi, nunca foi minha intenção magoar você desse jeito. Mas todos sabemos que no final, você sempre vai voltar para mim." 🅗🅐🅡🅡🅨 🅟🅞🅣🅣🅔🅡 - 🅙🅚 🅡🅞🅦🅛🅘...