🅟🅡🅞🅟🅗🅔🅒🅨 | "Sim, eu te usei. Sei que não agi da melhor forma e que eu te desiludi, nunca foi minha intenção magoar você desse jeito. Mas todos sabemos que no final, você sempre vai voltar para mim."
🅗🅐🅡🅡🅨 🅟🅞🅣🅣🅔🅡 - 🅙🅚 🅡🅞🅦🅛🅘...
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— Ah! Eu amei tanto este lugar. Talvez, quem sabe, eu possa passar um tempo por aqui quando nos formarmos. - deu de ombros. — Papai e mamãe não se importariam muito, eu acho...
— Bem... O seu avô morreria se a visse deixar o universo bruxo, ainda mais depois de você dizer que gostaria de ser Ministra da Magia. - brinquei. — Ei, pensei que não gostasse dos trouxas...
— Ora, eu não sou nenhuma obcecada por puro sangue como o seu namorado. E digamos que os trouxas não sejam tão... Bom, não são tão ruins quanto imaginei.
Observei cautelosamente o gigantesco sorriso da garota em minha frente. Seu rosto fino, cujo estava avermelhado graças ao sol da praia, exibia uma pintura feita a mão pelos nativos dali; Os longos cabelos negros deslizavam sobre seu ombro como cascatas e contracenavam com o amarelo ardente de vestido longo. A Longbottom estava linda, muito.
— A queima dos fogos começa daqui alguns minutos... Acho que depois de você os ver, definitivamente nunca mais vai querer voltar para o nosso mundo.
Os pequenos olhos da morena brilharam e num piscar a vi correr para apanhar um outro coquetel de morango. As ondas do mar que se partiam na costa inundavam minhas pernas e encharcavam minha saia de renda branca; A ventania forte lançava meu cabelo para longe numa dança, enquanto eu apreciava a serenidade daquele lugar.
Girei o tronco e busquei por ele em meio aquela tremenda multidão. Logo que o focalizo posso perceber que ele estava me observando de volta, com aquele sorrisinho apenas dele e aquele olhar que me arrepiava a alma.
Seus olhos nublados brilhavam sob a luz do luar, com os fios loiros-platinados despenteados e uma camisa preta com quatro botões abertos. Eu queria saber dizer o que sinto por ele, provar o quão importante se tornou para mim... Dizer o quanto vê-lo feliz, longe de todos os nossos problemas, me fazia feliz.
Apertei o medalhão em meu pescoço, aquele onde estava esculpido uma mamba negra em ouro maciço. Me lembrei daquela noite... A noite em que Malfoy conjurou seu Patrono por ter uma lembrança feliz o suficiente, uma lembrança comigo. A noite em que nos tornamos apenas um...
Eu seria meio injusta ao dizer que não foi um ano bom. Cada lembrança nossa continua viva em minha mente; Cada risada, abraço, beijos e brigas, tudo isto valeu a pena! Se eu voltasse no tempo eu faria tudo igual com o Draco, o começo, o meio e o fim. Ele se tornou uma lembrança boa e as nossas lembranças pertencem apenas a gente; Então eu não evito relembrar nossos momentos e estar com ele no agora, apenas deixarei que ele se torne a minha eterna saudade.
— Sabe... Ao longe vi a garota mais bonita dessa festa. - sussurrou contra meu ouvido, enroscando seus braços ao redor de minha cintura. — Pensei em ir a cumprimentar, um Malfoy sempre deve prezar pela educação.
— E então, você foi?
— Fui, mas ela não me deu muita atenção. - riu, apoiando o queixo sobre meu ombro exposto. — Ela estava com a cabeça nas nuvens, parecia distante daqui...
— Hum, não sei... Talvez a garota estivesse evitando você e torcendo para que fosse logo embora. - sorri. — Me conte sobre ela, Draco... Como se vestia?
O maior novamente riu e tornou a juntar nossos corpos. Repousei minhas costas contra seu tronco e abracei suas mãos que estavam sob mim. Alguns minutos em silêncio se passaram, então ele tornou a falar :
— Ah, você sabe que sou uma droga falando sobre as roupas de outra pessoa. - neguei com a cabeça. — Vejamos... Ela usava um cropped branco que deixava seus ombros a mostra, talvez tivesse um decote em V... Os cabelos eram ondulados e castanhos, cobrindo um palmo abaixo do pescoço. - mordiscou minha orelha. — A saia era branca com uma renda e longa, mas tinham fendas nas duas laterais.
Deixando uma gargalhada escapar o Draco girou meu corpo para si. Pousei minhas mãos em seus braços, enquanto as dele deslizavam num carinho gostoso em minhas costas; Foquei meu olhar em seu rosto risonho e o vi me observar por completa.
— Ah, que estranho ela não ter lhe dado bola. - dei de ombros. — Parece que nem todas as garotas se deixam levar pelo carisma de um Malfoy.
Com um sorriso presunçoso estampado ao rosto ele fitou a areia e tornou a encarar-me. O loiro prendeu um fio de meu cabelo a orelha e aproximou sua boca do mesmo local, apertando firmemente minha cintura.
— Sinto em lhe informar, Makayla, que você foi um das que se deixou. - sussurrou.
Meus pelos enrijeceram devido a proximidade. O Malfoy riu ao notar o efeito que tinha sob mim e tornou a puxar-me para si, desta vez me apertando contra seus braços num abraço de urso.
Por cima de seu ombro eu pude ver todas as pessoas se aglomerarem a nossa volta em meio a praia. Fitei a imensidão azul que nos cobria, uma noite do dia 31 de dezembro. Por breves minutos me permiti lembrar tudo o que vivi... Me lembrei das palavras de Dumbledore ao dizer que vovô se orgulharia de mim agora, neste exato mero momento, e ele estava certo.
Merlin se orgulharia ao ver a Makayla desta noite de ano novo.
Os gritos preencheram meus ouvidos a todo vapor. Observei London de mãos dadas com uma garota ruiva, enquanto saltitava sobre o mar e berrava a contagem regressiva; Dali alguns segundos seria, finalmente, o começo dum novo ano.
Finais de ano servem de balanço, de balança. A gente vai e vem, o pensamento viaja, o coração faz retrospectiva, a lembrança guarda o que foi bom e tenta passar a perna nas partes amargas. A gente pesa os lados positivos e negativos, sorrimos ao perceber que fizemos a coisa certa, choramos ao lamentar o que saiu do eixo; O que realmente vale a pena era perceber que fizemos tudo que estava ao nosso alcance e que um novo ano traz novas formas de errarmos e acertamos uma outra vez.
— Makayla. - gritou, prendendo meu rosto dentre suas mãos. — Eu preciso lhe dizer isso antes que esse ano acabe... - riu. — Eu me apaixonei, Makayla. Me apaixonei não apenas pela sua aparência, mas sim pelos seus sorrisos quando você fica feliz, pelas suas gargalhadas quando se empolga e pelo seu choro quando entristece. Em todos esses momentos, você sempre foi você, e eu amo tudo.
O mundo a minha volta parecia ter desaparecido, ali, agora, existia apenas a gente. Eu olhei para ele e pensei em como eu precisava daquele sorriso todos os dias; Ainda recuperando o fôlego eu entendi o quanto o amava, e como Draco precisava saber daquilo; Mas por um momento não falei nada, apenas olhei fundo nos olhos dele por um tempo e debochei da facilidade que ele tinha de me fazer feliz.
— Amo o seu beijo, seu abraço, seu carinho e o seu cheiro... Enfim, eu amo você, Makayla.
Ao som dos fogos e gritos que nos cercava, puxei-o pelo colarinho da camisa e nos uni. Meus dedos se entrelaçaram no emaranhado dos fios loiros de Malfoy, enquanto uma de suas mãos apertava meu pescoço. Eu o beijava com pressa, como se necessitasse desse beijo para poder sobreviver... E na verdade eu realmente precisava.
— Se o mal chegar, eu entro na frente para poder te proteger. - juntei nossas testas, respirando com um pouco de dificuldade. — Porque eu te amo, Draco Malfoy. Eu te amo e sempre vou te amar.
