Quem é você?

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Castelo de Kedward

– Senhor? – Um serviçal disse ao entrar na sala do trono.

O castelo de Kedward era lindo, grande e completamente hipnotizante. As paredes com pinturas de folha de ouro que eram tão frágeis que qualquer toque brusco elas se desmanchavam. As pilastras de mármore branca e enfeitadas com ouro e pequenas pedras e quartzos. O salão era tão lindo em questão de arquitetura que demorou 2 anos apenas para construir tal lugar.

– Diga! – Curto e grosso, disse o rei.

– Pessoas estão dizendo que há bruxas em nosso território. –

O serviçal falava com o rei com os olhos abaixados, pois a lei era clara em não olhar nos olhos da realeza.

O rei era um alfa temperamental. Não aceitava um não como resposta e era egoísta além de tudo, gostava de ver o sofrimento alheio, mesmo sendo com sua própria família. Seu nome era Jeon Kwan, um ser temido por muito e amado por poucos, seu povo não sabiam exatamente de sua história. Para o povo ele era um herói, os salvaram de uma guerra, mas mal sabiam que o reino era fundado em sangue de crianças e pessoas inocentes.

– Tem alguma pista ou suspeita de quem seja? – Olhou sério o servo.

– Apenas boatos, senhor! – O servo beta sentiu os nervos tremerem. Medo.

– Saia! –

E não precisou nem de mais uma sílaba para o serviçal fazer uma breve reverência e sair pelas portas do salão.

– O que eu faço, ômega? – O rei olhou para a rainha, uma ômega tão amarga quanto. Pegou na mão da rainha e beijou levemente.

– Mate aqueles que dão a vós suspeitas de que são serviçais do diabo. Deus irá ficar feliz ao ouvir os gritos daqueles infelizes. – Falou com um sorriso maléfico e debochado, para ela pouco importava quem morria ou deixava de morrer.

A rainha se chamada Jeon Nari, conhecida por torturar e matar simples escravos ponteeis ridiculamente inúteis, um prato quebrou? Morte na guilhotina ou enforcamento. Uma tirana completa, exatamente como o rei. 

Para os reis, a vida do povo não era importante, mas para eles continuarem no poder e não haver uma rebelião da ralé, eles cuidam do povo mesmo que minimamente. Apenas de ver o rosto daqueles que acreditam que eles eram heróis, os davam ânsia de vômito. Sentiam nojo daquelas pessoas.

– Aquele povo é nojento, vivendo naquelas casas. – A rainha disse com uma expressão clara de desdém.

– Concordo, meu amor! – Apenas a rainha tinha o respeito e carinho do rei, coisa que poucos tinham o privilégio de conseguir.

As portas se abrem e ambos os reis veem o único filho e herdeiro entrar no salão.

– Meu rei. – Jeon Jungkook, herdeiro de Kedward, disse ao chegar perto do trono onde o rei estava sentado com sua postura que emanava poder e dominação e ao seu lado a rainha que estava em pé. – Minha rainha. – Reverenciou sua mãe e seu rei. – Soube dos boatos de que há bruxos em nosso território. –

– Não passa de boatos, como você disse. – O rei fala seco.

– Iremos investigar, mas se acharmos essas pessoas irão morrer queimadas, como manda a lei. – Falou agora a rainha.

– Eu me ofereço em ir com os soldados para as buscas dessas pessoas. – O herdeiro fala incerto. Seu pedido podia ser negado.

– Não acho que será necessário, você deve treinar e claro estudar para ser um rei. – A rainha se pôs a falar na frente do rei, em troca, recebeu um aperto forte em sua mão. Gemeu com dor e se afastou do rei com a cabeça abaixada.

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