Cheguei em casa faltava pouco pra meia-noite e lá estava minha mãe sentada no sofá com uma expressão nada boa. Achei que poderia simplesmente passar direto pro meu quarto, mas estava enganada.
- isso são horas de se chegar em casa? - levantou e parou em minha frente cruzando os braços e levantando uma sobrancelha.
- você nunca se importou com isso antes, por que a preocupação agora? Não deveria está olhando seu marido? - levanto uma sobrancelha. Tento novamente ir pro meu quarto mas ela segura meu braço com força, faço uma careta segurando um gemido de dor, ela apertou bem em cima dos cortes.
- eu não mandei você sair! seu pai tem razão! Você anda muito mau educada, mas isso acabou. A partir de agora vai ser da escola pro quarto e nada mais, você está proibida de sair dessa casa até segunda ordem.
Arregalo os olhos incrédula, não acredito que ela está fazendo isso comigo... ele realmente sabe controlar minha mãe, acabou de coloca-la contra mim.
- você não pode fazer isso comigo! Eu não sou mais uma criança e nem aquela garotinha que fazia tudo que você queria, você não vai me prender nesse inferno - falo alto. Ela fecha a cara.
- você não entende lavinia... - ela faz uma pausa e logo volta a postura - o assunto está encerrado, e se você desobedecer eu irei deixar que seu pai descida uma punição melhor - fala com uma expressão seria, fria. Nem mesmo parece a minha mãe...
←♡→
Hoje faz três dias que eu não atendo as ligações e nem respondo as mensagens do Jones, não posso colocar ele na minha vida, Ele já entrou de mais. Não sei nem com o que eu estava na cabeça quando achei que poderia ter uma amizade.
Estou deitada na cama olhando pro teto, cheguei da escola e vim direto pro quarto. Não aguento mais ficar aqui, não aguento ficar tanto tempo sem ver o Jones, mas isso é preciso, ele não pode se apegar, eu só daria dor de cabeça pra ele.
Saio da cama e sento na janela, olhando o céu, nunca pensei que eu deixaria alguém chegar tão perto de mim de novo e agora estou eu, sofrendo por um garoto que destruiu todas minhas barreiras em menos de um mês. Melhor que eu sofra do que ele, eu já estou acostumada.
Meu celular apita, olho achando ser mais uma das mil mensagens do Jones, mas dessa vez era Carol. Estranhei e abri a mensagem.
Mensagem
Carol: lavinia?
Lavi: Oi?
Carol: meu irmão está surtando aqui em casa! Por que você não responde as mensagens dele?
Lavi: eu ando ocupada... inclusive, tenho que terminar algumas coisa.
Mensagens
Jogo meu celular na cama e respiro fundo. Ele vai me agradecer por me manter longe.
Minha vida é um mar agitado e eu não posso deixa-lo navegar nessas águas que podem afoga-lo.
Minha mãe bate na porta entrando logo em seguida coloca
uma bandeja de comida em cima da cama, Para e cruza os braços.- não vai comer - pergunta depois de um tempo. Reviro os olhos e finjo que não escutei. Tudo que eu quero é ignorar todos e me trancar nesse mundo de escuridão que estou.
- tá bom então - ela pega a bandeja de cima da cama - eu vou sair com seu pai e irei trancar seu quarto - sai e escuto o barulho do trinco.
Jogo uma almofada na porta. Rosno de raiva e vou pro banheiro, pego meus remédios e tomo, eu só quero dormir. Minhas giletes estão no mesmo lugar a uma semana, não acredito que fiquei tanto tempo sem me cortar, mas algo dentro de mim esta me matando por dentro, a dor voltou junto das lembranças, junto de tudo que eu já passei.
Respiro fundo e me corto, a dor não chega nem perto da que eu sinto por dentro mas pelo menos eu me concentro em outra coisa.
Não sei como eu pude pensar que um dia seria feliz, nunca serei feliz, nunca vou encontrar alguém que me ame de verdade, que lute por mim e que me faça desejar ter vida eterna.
Sento no chão passando as mãos pelo cabelo enquanto seguro uma foto da única pessoa que um dia me fez feliz: minha melhor amiga.
~tia uni~
antes que eu solte o segundo capítulo eu quero dizer que eu amo vocês, então por favor não me mate ~^~
VOCÊ ESTÁ LENDO
Além Do Coração (Concluída)
Genç Kurgu"- por que se importa tanto? Minha vida é uma merda, por que não faz que nem as outras pessoas e finge que eu não existo? - pergunto. O vento bate forte em meus cabelos fazendo-os baterem no meu rosto. Ele não entende o quão libertador vai ser se eu...