Cap.8

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Depois de passar tantos e tantos meses sofrendo procurando algum trabalho, hoje é oficialmente o meu primeiro no trabalho novo. Nunca pensei que algum dia da minha vida eu estaria tão feliz por estar indo trabalhar e ainda mais indo trabalhar para o André, ninguém consegue ser feliz trabalhando para ele.

Passei quase a manhã inteira arrumando a papelada para ser oficialmente a nova contratada. Fui recebida muito bem pelo o pessoal e meus superiores - que apesar de parecessem riquinhos insuportáveis e chatos - eles me trataram com muita educação e respeito, nunca me senti tão bem tratada como hoje.

Me olhei no espelho do elevador e percebi que precisava retocar o meu batom, que já tinha saído quase todo ao decorrer da manhã. Não vou mentir, estou muito ansiosa e feliz para começar a trabalhar. Tô me sentindo uma criança ansiosa para às voltas aulas.

O elevador parou no meu andar assim que eu terminei de retocar o batom. As portas se abriram e meus olhos avistaram um lugar extremamente chique e moderno. Tinha muitas pessoas trabalhando cada um em suas mesas.

   — Bem-vinda ao seu primeiro dia, Luara - fiquei tão hipnotizada com toda atmosfera ao meu redor que acabei tomando um susto com a voz do André. Olhei-o e percebi que ele estava sorrindo da maneira mais falsa possível, o mesmo estava sentando em um lugar que julguei ser a minha mesa de trabalho.

  — Obrigada - retribuir o seu sorriso falso.

  — Bom, esse é o seu local de trabalho - ele apontou para a mesa e não fez questão nenhuma de se levantar. Me aproximei e coloquei as minhas coisas encima dela. — Acho que o pessoal lá debaixo já te explicou como funciona as coisas aqui ou eu preciso falar mais sobre?

   — Não, eu já entendi tudo.

   — Beleza - ele se levantou e eu percebi o quanto a sua roupa social era apertada, fiquei até com vergonha de tudo o que ela mostrava. — Um presente de boas vindas - ele me entregou uma sacola com a logo da empresa.

   — Obrigada, André.

   — De nada, Luara. Aquela é a minha sala - ele apontou para uma sala com divisórias de vidro que ficava ao lado da minha mesa. — Qualquer coisa que você precisar, é só me chamar ou ir até a minha sala.

  — Obrigada, André. Obrigada por essa oportunidade única. Vou te agradecer pelo resto da minha vida.

   — Eu que agradeço por ter aceitado, você não vai se arrepender - Ele piscou para mim e saiu, indo em direção da sua sala. Meu Deus, que roupa apertada.

Aproveitei para xeretar o que tinha dentro da sacola. Era um porta lápis cheio dos meus bombons favoritos, como é que eles sabiam que logo aqueles bombons eram os meus favoritos? O destino é uma coisa surreal.

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