Começamos a participar dos eventos apenas à tarde, e eles acabaram superando minhas expectativas. Foram divertidos, interessantes e proporcionaram uma experiência muito mais legal do que eu imaginava. Aprendi bastante coisa com tudo que eu vi.André deu algumas palestras que, embora eu tenha sido "obrigada" a assistir todas, me fizeram perceber o quanto ele é realmente bom. Ele apresenta de forma impecável, sem uma única gaguejada ou erro. A segurança e naturalidade com que conduz tudo são impressionantes. Se fosse eu lá na frente, apresentando para milhares de pessoas, provavelmente teria desmaiado ou sofrido um piripaque no meio da fala!
Na verdade, fiquei completamente hipnotizada pela apresentação. Jamais imaginei que o André tivesse uma presença tão cativante e uma habilidade de apresentação tão impressionante.
Depois de um dia intenso e cheio de reviravoltas, finalmente estou desfrutando do meu merecido e maravilhoso banho. Quando vi André engatando uma conversa com os sócios da empresa, percebi que aquela era a oportunidade perfeita para escapar e vir relaxar.
Assim que termino meu banho, saio do banheiro enrolada apenas em uma toalha. Mas, ao entrar no quarto, levo um susto que quase me faz perder o fôlego.
André está deitado na única cama do quarto, usando apenas uma calça social, justa o suficiente para destacar cada curva de suas pernas e quadris. Seus braços repousam atrás da cabeça, o que evidencia ainda mais seu peitoral firme e esculpido. Seu olhar é intenso, meio brincalhão, como se soubesse exatamente o efeito que causa. Ele é pura tentação.
Apenas ao vislumbrar essa cena, uma onda de desejo percorre todo o meu corpo. A umidade se acumula entre minhas pernas enquanto eu, em um esforço desesperado para desviar o olhar, aperto uma perna contra a outra. Mas é em vão, meus olhos, traidores, continuam a voltar irresistivelmente para o seu peitoral, firme e definido.
Cada movimento seu parece hipnotizar minha mente, e eu me perco na admiração, sentindo meu coração acelerar e a respiração se tornar mais pesada. A tensão no ar é palpável, como se estivéssemos sozinhos em um mundo onde somente o calor do nosso desejo importa.
— Quer uma foto? — Ele pergunta, sua voz me tirando abruptamente do transe, trazendo-me de volta à dura e triste realidade de estar ali com ele.
— Eu... onde a gente vai jantar? — Mudo rapidamente de assunto, tentando esconder o desconforto e o calor crescente nas minhas bochechas. Apresso-me até a mala, os dedos tremendo enquanto vasculho apressadamente, procurando uma roupa qualquer.
— Eu estava pensando em pedir algo e ficar por aqui mesmo, estou tão cansado. — Ouço um movimento vindo da cama, mas me mantenho imóvel, sem ousar olhar para ver o que está acontecendo.
Assim que ele termina de falar, solto um suspiro profundo. Vai ser extremamente difícil passar a noite inteira assim, só nós dois nesse quarto, com uma cama, tentando disfarçar o tesão enorme que eu sinto. A tensão no ar é palpável, e eu sei que vou ter que lutar para não deixar transparecer o que está se acumulando dentro de mim.
— Você deve estar exausta, não é? Percebo daqui a tensão nos seus ombros. Precisa relaxar, ruivinha. — A voz dele tem um tom tão envolvente, quase provocante. Mesmo à distância, me faz arrepiar por inteira. Me deixando ainda mais molhada, sem que eu consiga impedir.
— Eu estou tranquila... não precisa se preocupar comigo. — Como a gente não vai sair, começo a procurar um pijama "normal", mas, para minha total frustração, percebo que, na pressa de arrumar as coisas, só joguei camisolas sensuais na mala.
Pego a camisola menos sensual que eu encontro e uma calcinha, e caminho até o banheiro, evitando os olhares safados do André. Entro dentro do espaço e começo a vestir minhas roupas.
— Vou pedir um bife à parmegiana pra mim. E você, o que vai querer? — Ele diz, com a voz alta o suficiente para que eu ouvisse do banheiro.
— Pode ser a mesma coisa. — Respondo, saindo do banheiro, morrendo de vergonha pela roupa que estou usando. Caminho até minha mala e, tentando não fazer a vergonha me matar, pego meus cremes noturnos.
— Posso pedir um vinho? — Ele pergunta sem sequer me olhar, os olhos fixos na tela do celular.
— Com certeza. — Respondo, desviando o olhar do seu corpo com dificuldade. Solto um suspiro, tentando me concentrar, preciso vencer essa batalha.
Sento-me na cadeira em frente à cama e começo a aplicar os cremes hidratantes nas pernas, um ritual que repito todas as noites depois do banho.
Mas hoje, o ritual é diferente. Diferente porque o André está no mesmo ambiente que eu. Assim que ele termina de fazer os pedidos, seu olhar se fixa nas minhas pernas, de forma lenta e calculada, enquanto ele morde os lábios, como se estivesse absorvendo cada detalhe.
— Quer ajuda? — O cachorro pergunta, com a cara mais inocente e lisa do mundo.
E, para a surpresa de todos, o desejo me domina, e acabo aceitando a ajuda dele.
É só uma massagem inocente, né? Não vai acontecer nada.
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Amor Livre
RomanceLuara está à beira do caos. Desempregada e sem perspectiva, sua vida desmorona a cada dia. André Luiz, por outro lado, navega tranquilamente por uma vida confortável, onde o compromisso é apenas uma palavra distante. Apesar de se conhecerem desde se...