Cap.10

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Luara

Mais um sábado, e, ao contrário dos anteriores, esse eu estou empregada e sem nenhum estresse na minha cabeça.

Já eram quase nove da noite quando o carro de Ariel estaciona na minha frente. Às sete horas, comecei a receber várias ligações da mesma, convidando-me para ir em um barzinho com ela. Depois de vários minutos de insistência, acabei aceitando o seu convite e agora estou aqui prestes a entrar no carro dela.

— Boa noite, minha linda! — escuto a sua voz calorosa assim que eu entro no carro. Ela sorri de um jeito doce e me abraça. — Como você está?

— Boa noite, meu bem. Eu estou bem, e você? — respondo, me soltando do seu abraço e colocando o cinto de segurança imediatamente. Ariel no volante é sempre um perigo constante.

— Eu estou maravilhosamente bem, mas um pouquinho nervosa pra segunda-feira. - ela admiti, enquanto começava a dirigir. Seguro-me forte no banco do carona quando ela acelerou abruptamente.

Ariel vai começar a trabalhar como clínica geral a partir de segunda-feira em um hospital perto de uma comunidade. Ela está extremamente ansiosa e empolgada com esse novo rumo em sua vida.

— Amiga, sei que minhas palavras podem não ajudar muito nesse momento, mas, por favor, tente relaxar. Você vai ser a melhor médica geral que esse Rio de Janeiro já conheceu. — tento tranquiliza-lá da melhor forma que eu posso.

— Suas palavras sempre me ajudam em qualquer momento, amiga. Obrigada por estar sempre do meu lado. — ela me olha sorrindo.

— Esse momento está sendo muito fofo, mas cuidado com a pista! Mantenha o olhar sempre para frente! — falo apreensiva, com medo de perder a minha própria vida. Ela solta uma risada e volta a olhar para a estrada.

Depois da Ariel quase bater em vários veículos e em pedestres, finalmente chegamos no barzinho. O estabelecimento está lotado, parece um formigueiro de tanta gente que tem ali.

Precisamos nos espremer para atravessar por toda aquele multidão e levamos vários minutos para finalmente chegar ao balcão do bar. Por sorte, encontramos duas cadeiras desocupadas e nos sentamos.

— O que viemos comemorar? — pergunto, observando o local, ou melhor, observando a multidão presente ali. Muitas pessoas extremamente bonitas e com aparência de quem tem bastante dinheiro no bolso, definitivamente, aquele bar não é para qualquer um.

— Viemos celebrar nossos sucessos profissionais! — ela chama o bartender gato.

— Boa noite, lindas. O que vocês gostariam de pedir?

A Ariel faz os nossos pedidos enquanto eu continuo observando o local. De repente, ela interrompe os meus pensamentos e pergunta:

— Como está sendo trabalhar com o André?

— Normal, ele disfarça muito bem o ódio que sente por mim.

— Ódio? Por que você acha que ele te odeia?

— Pela a maneira que ele me olha e me trata... fica bem claro isso. — ela assente em silêncio.

O bartender retorna com quatro drinks. Ele os coloca à nossa frente, estão tão bonitos que até sinto pena de beber.

— Licença, acho que o senhor se enganou. A gente só pediu dois drinks. — Ariel pergunta.

— Eu não me enganei, foram aqueles dois cavalheiros que pagaram por esses drinks. — Ele aponta para os dois homens em uma mesa perto da parede. Eles observam a gente sem nem piscar.

Não são feios, ao contrário disso, são extremamente gostosos. Mordo o lábio inferior.

— Vamos lá? — Ariel pergunta, animada. Nem respondo a sua pergunta, só me levanto, pronta para ir.

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