Cap.11

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André

     — Vamos sair daqui, gato. Me leva para a sua casa. - sussurra a loira com uma voz manhosa no meu ouvido, enquanto arranha meu pescoço com força. O simples toque faz todos os meus pelos se arrepiarem, e mordo o lábio inferior, apertando sua bunda com firmeza.

    — Porra, gata. Você tá me deixando louco. — aperto a sua bunda com mais firmeza.

     Conheci a Érika neste mesmo bar há alguns meses atrás, e desde então, temos nos encontrado aqui toda semana para um "encontro". Eu gosto dela, ela é foda pra caralho, mas sei que não vai passar de uma transa amigável. É só mais uma com quem passo a noite conversando e, no fim, acabo na cama.

     Somos dois desapegados, não temos ciúmes e muito menos queremos um relacionamento por agora... então, é uma amizade colorida. A gente conversa pra passar o tempo e fodemos quando estamos carentes. Sinceramente, existe algo melhor que isso?

    — Vamos ou não? Tô doida para te sentir por completo.

     Não a respondo, apenas me levanto, puxando-a suavemente para que me acompanhe. Começamos a caminhar juntos em direção à saída do bar, quando algo chama minha atenção e me faz parar.

    — O que foi, gato? Parou por quê? - ela pergunta sussurrando no meu ouvido, passando a mão pelo o meu peito.

    — Calma, Érika. Acho que eu vi uma conhecida. - a loira interrompe os beijos e se afasta um pouco. — Me espera aqui, eu já volto. — dou um beijo rápido em seus lábios antes de sair.

     Forço a vista para ter certeza do que estou vendo, e realmente, estou certo. É a Luara que está ali, completamente bêbada, com um homem ao seu lado que claramente está se aproveitando da sua vulnerabilidade.

     Apresso o passo na direção dos dois, sentindo o ódio crescer a cada instante. Vejo aquele desgraçado deslizar as mãos pelo corpo dela, enquanto Luara, quase desmaiada de tão bêbada, mal consegue se manter acordada.

    — O que você pensa que está fazendo com a minha namorada? - pergunto puto, tentando manter a calma na voz.

   — Sua namorada? — o cretino pergunta, visivelmente assustado. Ele se afasta imediatamente da Luara.

   — Sim, sou namorado dela, seu desgraçado. Eu vi você se aproveitando dela. - ele arregala os olhos e se levanta, ficando o mais longe possível da ruiva.

     — Não, eu não estava me aproveitando dela. Só estava cuidando dela. A coitada estava sozinha, achei melhor ficar de olho. — Ele diz, tentando se afastar. Antes que possa fugir, seguro-o pela camisa.

    — Não tão rápido, seu imbecil. - soco o seu nariz com toda a raiva que eu sinto dentro de mim.

      Ele cai no chão, com as mãos no rosto, chorando e implorando por socorro. Dou um chute forte em suas costelas antes de me dirigir até Luara.

    — Oi, namorado. Você é tão forte... - ela fala meio sorridente e de forma confusa, por conta do seu estado alcoólico. — É tão bom ver gostosos me protegendo.

     — Está na hora de ir para casa. Consegue ficar de pé?

     — Acho que consigo, mas é muito melhor sentir seus braços fortes me segurando. - Sorrio e balanço a cabeça, enquanto a levanto no colo. A noite promete ser longa...

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