Mi Peor Error - Victoria y Octavio (Concluído)

⚡ MPE 08 ⚡

Após um longo banho, me joguei em minha cama, com a toalha envolta da cintura e dormi. Estava tão cansado que nem senti.

Acordei já era quase noite, nem percebi o tempo passar. Me vesti e fui até a cozinha. Marta me falou que Victoria ainda não havia se alimentado. Ela preparou uma bandeja, peguei seus remédios e fui até seu quarto. Bati na porta e entrei.

Octavio: Marta me falou que não comeu nada... precisa se alimentar Victoria - falei me sentando ao seu lado na cama - trouxe seu jantar e os remédios.

Victoria: Não tenho fome...- falei baixinho... estava agarrada ao seu travesseiro, enquanto olhava para a janela.

Octavio: Eu sei que não está... mas precisa, para se recuperar e tomar os remédios... não seja tão teimosa... não se torture.

Me virei o olhando e assim fiquei por alguns instantes. Meu rosto estava vermelho e meio inchado. Me sentei e peguei os remédios, os tomando em seguida. Não me importava se estava com o estômago vazio. Me deitei novamente e suspirei pesado.

Victoria: Não consigo comer...

Octavio: Só um pouco Victoria... um pouquinho que seja... está tudo delicioso, Marta acabou de preparar.

Fechei os meus olhos e me sentei novamente, limpando o meu rosto, que já tinha algumas lágrimas. Peguei a colher e levei um pouco da comida até minha boca. Repeti esse ato mais uma duas vezes e parei em seguida.

Victoria: Não consigo mais...

Octavio: Está bem... coloquei a bandeja na mesa e voltei até à cama - você quer que eu fique aqui com você? - eu não gostava de dormir com ninguém, muito menos me aproximar... mas isso já não existia, estávamos casados e passávamos por um dos momentos mais difíceis na vida de um casal. A perca de um filho... não poderia lhe deixar sozinha, não agora que estava sofrendo.

O olhei e fiz que sim com a cabeça. Eu só queria um pouco de carinho, sei que ele não me amava. Mas eu precisava sentir mesmo que um pouco, que tinha alguém comigo.

Tirei meus sapatos e me deitei na cama, a colocando em meu peito.

Octavio: Conseguiu dormir? - sussurrei acariciando ela.

Me agarrei um pouco a ele, me aconchegando ao seu corpo.

Victoria: Sim...- falei baixinho - e você?

Octavio: Sim... acordei agora e vim te ver... me desculpe não ter ficado... não queria forçar minha presença...- falei calmo.

Victoria: Deveria ter feito...- falei baixo e suspirei - mas tudo bem.

Octavio: Precisava descansar um pouco e sei que com a minha presença, não o faria... estou aqui agora, não vou sair... quero que descanse e não fique colocando nada na cabeça.

Victoria: Está bem...- falei fechando os meus olhos - obrigada... e... desculpa... - falei com a voz trêmula, escondendo meu rosto em seu pescoço.

Octavio: Não tem porque se desculpar, está tudo bem... quer alguma coisa? Está sentindo dor?

Victoria: Não... só quero que fique aqui... por favor... não sai de perto, tá?

Octavio: Não sairei meu bem... pode descansar tranquila... estou aqui - acariciava ela.

Me ajeitei mais junto a ele e fechei meus olhos, sentindo seu cheirinho. Não demorou muito para que eu pegasse no sono ali, em seus braços.

Passei toda aquela noite cuidando da Victoria e ali me prometi que independente de sentimento ou de minha dor, lhe ajudaria a passar por tudo isso. Foram dias pesados, mas passamos. Aos poucos Victoria melhorava e já estava aceitando o que havia acontecido com o nosso bebê. Estávamos mais próximos e digamos que mais íntimos. Por várias noite fiquei cuidando dela, quando não, iria durante a madrugada velar o seu sono. Não conseguia mais explicar, na verdade nunca soube, mas o meu corpo sempre me levava até o seu encontro. Haviam se passado dois meses desde que tudo aconteceu, Victoria havia retornado para médica e já estava de alta. Durante algumas das várias noites que passamos conversando e nos conhecendo melhor, acabamos nos entregando ao desejo e a atração de nossos corpos. Posso dizer que as coisas estavam tomando um rumo totalmente desconhecido e incompreensível por mim. Estava muito confuso e para ser sincero, não sabia onde iria parar com tudo isso. Pela primeira vez, tive medo do desconhecido.