⚡ MPE 11 ⚡

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Naquele momento senti meu sangue ferver e correr cada vez mais forte em minhas veias. A arrastei até o quarto, lhe joguei na cama e me deitei sobre ela.

Octavio: Vou te provar quem manda aqui... quem manda nessa porra... você é minha mulher... até que a morte nos separe - segurei firme em seus pulsos - se não for por bem, será por mau... mas será minha... minha Victoria - gritei alterado... estava tão bêbado, que não sabia o que estava fazendo.

Estava assustada... assustada não, em pânico... o olhava totalmente apavorada... tentava me soltar dele, mas sem sucesso.

Victoria: Para Octavio... me solta...- gritei em desespero - para...- ficava cada vez mais em pânico com tudo aquilo - me solta... por favor me solta...- chorava desesperada - não me machuca... eu estou te pedindo.

Olhei para ela e naquele momento vi em seus olhos, o pavor que ela sentia. Eu poderia ser qualquer coisa, menos um animal desses. Naquele instante a soltei e sai daquele quarto indo para o meu, me tranquei e fui para o banheiro tomar um banho. Era isso, eu nunca seria o marido perfeito, nunca seria o homem que ela merecia.

Quando senti ele sair de cima de mim, corri para o banheiro rápido e me tranquei com medo de que ele voltasse. Entrei no chuveiro após tirar minhas roupas e me pus a chorar. Esfreguei tanto o meu corpo, que ficou vermelho. Aquilo me trouxe lembranças dolorosas. Não que eu tenha sido violentada, porém por muito pouco não fui.

Após aquele banho, voltei para o quarto e fui arrumar minhas coisas. Assim que amanhecesse iria viajar. Precisava sair dali, me afastar antes de piorar mais as coisas, se é que isso seria possível. Me deitei mas não conseguia dormir, não saia da minha cabeça o que tinha acontecido. Assim que o dia clareou, me arrumei, peguei minhas coisas, falei com Marta e logo sai dali.

Após aquele banho sai do banheiro desconfiada e bem alerta, olhava em todo o quarto. Corri para o closet e me vesti rápido. Voltei e me joguei na cama, me cobrindo dos pés a cabeça. Graças à Deus ele não voltou. No outro dia acordei bem cedo, tomei banho e logo desci para tomar café. Não vi Octavio, o que era estranho, mas não perguntei a ninguém onde ele estava. As horas se passaram e nem sinal dele, nem mesmo no almoço. Naquele fim de tarde fui até Marta.

Victoria: Marta...- me aproximei dela - sabe onde está o Octavio?... não o vi todo o dia.

Marta: Ele foi para a capital... precisou se ausentar, mas me deixou encarregada por tudo.

Victoria: A capital?..- a olhei sem entender e fiquei nervosa - por favor me diz que ele não foi atrás da minha mãe... Marta por favor... ela não pode vim para cá.

Marta: Eu não sei Sra... o patrão saiu sem falar nada... apenas que iria para a capital.

Victoria: Está bem Marta... obrigada... - lhe sorri fraco e sai da casa, indo para o jardim... ele não podia trazer a minha mãe para cá... isso não.

De longe vi a Sra Victoria no jardim e me aproximei.

Esteban: Sra Victoria... podemos conversar um pouco? - falei sem jeito.

O olhei séria e cruzei meus braços.

Victoria: Não temos o que conversar Esteban... você...o que fez foi muito errado e não quero falar contigo.

Esteban: Eu sei Sra... e é justamente por isso que estou aqui... quero lhe pedir perdão pelo que fiz... estou muito envergonhado com minha atitude... fui desrespeitoso com a Sra... insolente... me perdoe pelo que fiz.

O olhei e ver sua cara de pedichão, me fez amolecer.

Victoria: Está bem... dessa vez eu deixo passar... mas não faz mais isso... se Octavio descobre, estamos os dois mortos.

Mi Peor Error - Victoria y Octavio (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora