John desce do automóvel e eu fico esperando até que ele abra a porta, mas ele fica esperando, mas quando se toca, eu já estou com um pé para fora. Ele dá passos rápidos para chegar até a minha porta.
- Deixe-me ajudar - ele diz estendendo a mão e abrindo o restante da porta.
- Sabe que não precisa fazer isso né?
- Claro que preciso, anda, vamos...
Vou seguindo ele até uma casa com uma pequena porta de madeira. Entramos para dentro e continuo seguindo ele pelo corredor estreito, tem muitos homens aqui!
- Olá John!
- Bom dia John.
- Como vai?
Várias pessoas cumprimentam ele.
- Está atrasado. - Diz o Arthur. - Trouxe visita!
Polly vem até a nossa direção e segura em meus ombros.
- Não a importune Arthur! Venha querida, vou te mostrar minha sala. - Polly está me arrastando para algum lugar, olha para trás procurando por John, ele está nos olhando com um sorriso no rosto, então retribuo o sorriso e sumo para dentro da sala.
- Bom querida, aqui eu cuido da parte da administração e cada dia a casa vem crescendo mais, quero que trabalhe comigo! Não precisará vir todos os dias, mas iremos revezar, estou velha, preciso de uma aliviada, se você aceitar, converso com sua mãe e com o Albert!
- É claro que eu aceito! - Estou super empolgada com a ideia!
- O salário não é muito! Mas acho que vai ajudar você a ir pra faculdade!
O que? Ainda tem salário! Meu Deus isso é incrível.
- Trabalharia até de graça!
- Jamais diga isso, você tem muito valor! Merece ganhar mais que todos os homens deste lugar.
O sorriso no meu rosto é inevitável e no de Polly também.
- Bom o Thommy precisa assinar a sua contratação, ele não faz ideia mas já sabe que eu estava a procura de alguém. Vou levar até ele, me dê um instante.
Ele não sabe? Isso não é bom, ele não vai me querer aqui, tenho certeza.
Passou alguns minutos, Polly voltou.
- Ele quer falar com você, na sala dele.
- Como está o humor?
- Como sempre. - Polly dá um sorriso de canto. É na porta do fundo, na sala ao lado.
Saio para fora da sala de Polly, e atravesso o cômodo cheio de homens até a porta, o espaço é pequeno.
Bato na porta... e nada. Decido entrar e fecho a porta atrás de mim. Ele está fumando, a sala é pequena então ele não está tão longe como costuma estar na sala da casa dele. A mesa fica mais próxima da porta. Fico encostada na porta com as mãos pra trás na fechadura e ele me encara.
- Isso não é uma boa ideia. - Ele parece muito calmo, seu tom é baixo.
- Não me acha capacitada?
- Você é melhor do que qualquer uma para o cargo.
- Então o que é?
- Minha casa... Meu cavalo... Eu, e agora minha casa de apostas? O que mais quer de mim Katheryn?
Ele dizendo isso faz parecer como se eu precisasse dele, como se eu fosse um nada, isso é horrível.
- O que quer dizer?
- Quero dizer que já está tomando muito espaço na minha vida.
- Como você ousa? Você acha que eu preciso mesmo de você!? Você acha que é alguma coisa? Você não pode falar assim comigo! Não depois de... Olha quer saber, fica com sua casa e seu dinheiro de merda, eu vou pra França com a minha mãe, coisa já devia ter feito a muito tempo espero nunca mais precisar olhar na sua cara! - Abro a porta atrás de mim e saio enfurecida, sinto que todos olham para mim. Quando estou no corredor, John aparece atrás de mim, e já estou chorando.
- Ei o que foi? - Ele coloca as mãos em meu ombro.
- Não foi nada John, nada.
- Foi sim. Me fala o que aconteceu! Foi o Thommy não foi!?
- Esquece isso, tem algum banheiro que eu possa usar?
- Tem lá nos fundos, passando pela salas, no final do corredor, vem eu te levo.
Entro no banheiro e começo a chorar, estou tão arrependida. Como eu pude acreditar nele? Não é a primeira vez que ele faz isso! Eu devia saber... Depois de me recompor saio do banheiro e John está me esperando.
- Quer alguma coisa?
- Sim, me leve embora por favor.
- Olha Katheryn agora eu não posso mesmo ir, estou recolhendo as apostas e está lotado, mas vou fazer o mais rápido que eu puder, fique na sala da Polly. Vou conversar com ele.
- Não, por favor, eu nem queria o emprego, não se dê o trabalho.
Vou para a sala de Polly e sento na cadeira de frente pra mesa dela.
- Podemos colocar a sua mesa na sala ao lado. - Ela parece entusiasmada.
Gesticulo a cabeça dizendo não.
- Mas, como assim? Ele não assinou?
- Parece que não sou boa o bastante para o cargo...
Polly faz uma cara de indginada.
- Calma Polly, é melhor assim.
- Não não é! Mas vou resolver isso depois, tenho três listas enormes com os gastos aqui da casa, pode somá-los e anota-los para mim?
- Claro.
Começo a fazer as contas para ajudar Polly. São enormes, mas eu gosto. Depois que termino fico um tempo esperando até que John possa me levar de volta.
Então finalmente ele aparece na porta. Já são 16:27 da tarde.
- Pronta?
- Sim. Tchau Polly, muito obrigada!
- Tchau querida, nos vemos depois.
Sigo ele até lá fora, então ele abre a porta do carro e me ajuda a subir.
- Katheryn eu...
Interrompo antes que ele termine.
- John, podemos não falar sobre isso?
- Sim. Você está bem? Está com fome?
- Estou me sentindo meio mal.
- O que você tem?
- Minha cabeça dói.
- Logo vamos chegar...
Então ficamos ali em silêncio até chegar na propriedade. Desço do carro antes mesmo que ele desça para me ajudar.
Olha para ele que está sentado no banco segurando o volante.
- Muito obrigada! Você é muito gentil, John.
- Volto mais tarde para ver se está bem.
Viro e caminho em direção a porta da casa. Aparentemente não tem ninguém, subo para o meu quarto e tomo um banho, visto uma camisola leve, com alcinhas, está no meio das minhas coxas, realmente a mais curta de todas. Pelo menos é branca.
Me deito na cama, o mundo está pesado para mim hoje, fico deitada refletindo e adormeço. Acordo com mamãe me chamando delicadamente.
- Oi meu amor! Você está bem? Estava preocupada, você não me procurou quando chegou... - Ela faz carinho em meu rosto.
- Estou me sentindo doente mãe. Você poderia abrir uma exceção e me trazer o jantar aqui hoje?
- Claro! O que está sentindo?
- Dores de cabeça, e me sinto febril.
- Vou trazer seu jantar e mais tarde te farei um chá. Espere aqui.
Tempos depois ela voltou com o jantar e ficamos conversando, contei sobre o dia de hoje, só as partes normais e depois ela me trouxe o chá, disse que iria dormir, então ela foi deitar. Fiquei lendo um bom tempo, estava sem sono, e o livro era interessante.
Thomas abre a porta do quarto e entra.
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Shelby
RomanceThomas Shelby, o rei de Birmingham. Conhecido de muitas formas em muitos lugares, comigo era apenas Thommy. inspirado na série peakyblinders, katheryn e sua família é de minha criação, os demais personagens foram retirados da série.