Vermelho Carmesim

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Abro os meus olhos, mas é como se não tivesse dormido, começo a me questionar se foi um sonho! Eu quero vê-lo novamente, daquela forma, e eu não sei se ele quer o mesmo ou se está brincando comigo, mas ele disse que quer... Porém seria tolice minha confiar nele tão facilmente.
Alguém bate na porta, e me recolho para as cobertas antes de pedir para que entrem.
É a moça que trabalha aqui.
- Bom dia senhorita Katheryn. Colocamos mais algumas roupas para você no armário. E algumas outras camisolas na gaveta. Tem também um sapato novo além das botas. Quando quiser que eu limpe elas para você é só deixar lá fora. Se precisar de mais alguma coisa, é só me chamar!
- Ah sim! Muito obrigada por todo o cuidado que tem conosco! A senhora é muito gentil!
- Eu quem agradeço pelas presenças de luz nesta casa! Volto mais tarde para fazer a faxina aqui!  - Ela se vira e sai do quarto.
Então me levanto e vou até o armário escolher algo para vestir, tem todos os vestidos dos outros dias, menos o de ontem, deve estar lavando, tem um azul, bem claro. Muito bonito, porém curto. O comprimento vai até abaixo dos joelhos. Ele tem alças... e acompanha uma camisa branca com botões e rendas,  pelo menos os ombros são bufantes. O sapato é bem comum para mim, um salto branco, estilo boneca, mas prefiro colocar as botas mesmo que não fique tão bom. Aparentemente é mais confortável! Vou até o banheiro, escovo os dentes e lavo meu rosto, preciso dar um jeito no meu cabelo, quero estar bonita... Faço um penteado deixando meio preso para trás, ajeito os cachos das pontas, meu cabelo está enorme, e eu adoro isso, deixo duas mechas da frente solta, e defino cachos no final da mecha. Uso um pouco do batom que foi deixado aqui, ele é vermelho, então dou algumas batidas de leve para realçar meus lábios. Me sinto agradável até. Sempre escutei de muitas pessoas que sou uma moça bonita, mas não sei, eu não acho... Me acho pálida demais, tenho poucas sardas, mas ainda assim, não gosto delas. Algo que gosto são as minhas sobrancelhas, são bem desenhadas, e não são tão finas quanto das outras moças que tem o costume de tirar. Paro de me concentrar no meu reflexo no espelho, e uso um pouco do perfume que também foi deixado aqui. Bom hora de descer, ele não deve estar lá em baixo, ele nunca está. Sempre fica enfiado no seu escritório.
Desço as escadas e vou até a mesa, estão todos lá, inclusive Thommy... Thommy como assim, de onde tirei isso, quem chama ele assim, são os irmãos. Ele está virado de costas para mim, sentado na ponta da mesa.
- Bom dia querida! Como está? Dormiu bem? Sente-se.
Mamãe me mutila com diversas perguntas, me sento ao lado do meu pai que esta ao lado de minha mãe.
- Escuta Albert, você fez uma filha bonita, já está na hora de se casar não está? - Arthur fala como se eu fosse um objeto que meu pai fez e agora precisa se livrar, isso é um absurdo! Estou ficando frouxa mesmo a ponto de não retrucar, todos estão rindo, menos Thommy, não posso evitar de olhar para ele.
- Ela tem essa ideia de fazer faculdade sabe? Já disse pra ela, que o lugar dela é casa, administrando os meus negócios.
- A senhorita é ambiciosa, o que você estudaria na faculdade? - Arthur me questiona.
- Ahm... bom, administração para dar continuidade aos negócios do meu pai...
- Porque você não deixa a menina estudar Albert, isso seria bom para os negócios, afinal, você não tem pressa de casá-lá.
- Quem sabe Arthur...
Arthur olha pra mim e lança uma piscada, em seguida enfia um pãozinho inteiro na boca.
Estou confusa, ele está querendo dizer que meu pai devia me deixar ir para a faculdade? Isso é surpreendente. Thommy se levanta.
- Bom senhores, família, Albert, a partir de hoje iremos começar a retomar nossas rotinas, voltaremos para o centro da cidade trabalhando na casa de apostas e nos outros negócios da família, os lucros das mercadorias começaram a render, em breve Albert será rico de novo! E nos enriqueceremos ainda mais, a segurança da casa continua como minha prioridade, meus homens ficaram aqui cuidando da minha propriedade, e alguns irão conosco para o trabalho. Ele acende um cigarro e vai embora. Pude notar que mal olhou para mim nesta manhã, ele com certeza está arrependido, posso sentir meu estômago embrulhar com essa sensação de imaginar que ele possa me odiar agora, ou então estar totalmente aborrecido com o que aconteceu. Esta noite voltarei para falar com ele!
- Bom moças, vamos até a cidade fazer compras? - Diz a Polly sentada do outro lado da mesa. - Katheryn e Victoria estão mais que convidadas, tudo por conta do Thommy.
- Parece ser uma ótima ideia. Mamãe responde a elas, estamos indo de carro até o centro, precisaram de dois carros para levarmos todas nós, paramos em um pub primeiro.
- Katheryn, Victoria, esse é o nosso pub, vamos, entrem.
Posso ver a desaprovação no rosto de minha mãe ao entrar no lugar, mas ela disfarça muito bem com um sorriso, aqui está linda, mulher do Arthur, Adda, Polly, mamãe e lizzie... Sinceramente estou fazendo muito esforço para suportar isso, suportar ela aqui, sei que não tenho motivos para não gostar dela, mas só de olhá-la me dá insegurança, ela é o tipo de mulher para ele. Eu definitivamente não. Todas tomam drinks, inclusive minha mãe, elas estão conversando já faz um tempão... Estava trancada naquela casa a dias e agora só quero voltar pra lá.
- Vamos até as lojas meninas, nós merecemos depois disso tudo.
Chegamos na loja de vestidos, fico olhando e são bonitos, porém nada do meu gosto.
- Venha cá querida, olhe esse, ficaria lindo em você! É um vestido todo liso de cetim, vermelho carmesim, possui duas alças extremamente finas, e as costas são completamente nuas. Mas tenho que admitir é muito bonito.
- Anda vá, experimenta!
Entro no provador e experimento o vestido, valorizou muito as curvas do meu bumbum e as minhas costas, mas como alguém consegue usar um vestido que mostra os seios dessa maneira? Posso ver meus mamilos pelo espelho. Mas é muito lindo mesmo. Parece que estou vestindo um rubi. Saio para fora do provador e Polly está me esperando.
- Você está maravilhosa! Você precisa ficar com ele!
- Não Polly você não pre...
- Eu insisto! - Ela me interrompe.
Venha vamos escolher uma roupa mais bonita para você dormir, as camisolas que estão te dando para usar são terríveis. Volto para tirar o vestido.
Minhas camisolas não são terríveis são normais, brancas, e delicadas, todas tem alcinhas como o vestidos, não vejo nada demais nelas.
Mas sido a Polly pela loja. Chegamos na parte das roupas íntimas.
Que tal essa?
- Ela segura em suas mãos uma camisola na cor azul, muito semelhante ao meu vestido, a camisola é decotada e acompanha um robe na mesma cor, presumo que seja de algodão. Fico aliviada em ver que não é de cetim. Parece que só existe esse tecido no mundo.
- Pode ser Polly... muito obrigada.
Todas vão para o caixa pagar por suas compras. E voltamos para casa. Os homens ainda não voltaram e já está escuro. Nós jantamos e subo para tomar meu banho, minhas compras estão no quarto. Decido usar a camisola que Polly comprou essa noite. Tomo meu banho, lavo meus cabelos e visto a camisola, ela é, agarrada, nada dessas coisas são confortáveis, mas estou me sentindo bem até, meus seios estão evidentes nesse decote. Agora só preciso esperar ficar de madrugada... Deito na cama e começo a ler meu livro, acredito que todos já estão dormindo e Thommy já deve ter voltado... Visto o robe e desço, espero mesmo que estejam todos dormindo. Não sei nem como explicaria estar vagando na casa esse horário.
Estou de frente para a porta do escritório dele, bato na porta.
- Pode entrar. - Ele está sentado na cadeira atrás da escrivaninha fumando um cigarro.
Entro e fecho a porta atrás de mim.
- Oi. - O que eu estou fazendo??? Não consigo pensar em nada melhor.
- Oi. - Ele faz uma longa pausa. - O que quer?
- C- como assim, o que eu quero.
- Veio aqui por algum motivo não veio? O que é?
- Bom, eu achei que...
- Achou errado, Katheryn.
O que? Não consigo entender o motivo dele falar assim comigo! Sinto as lágrimas virem. Abro a porta e saio correndo. Como ele pode? Ele só queria se aproveitar de mim? Meu Deus eu sou tão ingênua! Como fui acreditar nisso. Quando chego no meu quarto, começo a chorar, quero me bater por estar chorando por causa dele. Sento na beira da minha cama e tento raciocinar. Ele me tratou como se eu fosse nada. Isso é inadmissível, preciso ir embora, não posso conviver com ele,
Alguém bate na porta e tento me recompor para que não percebam que eu estava chorando. Deve ser a mamãe.
Abro a porta e é ele. Meu instinto é fechá-la na cara dele, mas ele segura com o braço e entra.
- Eu tenho que dizer e você só precisa me ouvir. Dou um passo para trás.
- Ela foi assassinada, enquanto carregava o nosso filho, meu primeiro filho. Eu não posso, entendeu? Eu não posso passar por isso novamente, eu não posso colocar você nesse risco, assim que souberem da gente, terá um alvo bem na sua cabeça Katheryn. Eu não aguentaria... Espero que compreenda, pode me odiar, pode fazer o que quiser. Mas eu não posso.
- Eu sinto muito Thommy... - Isso sai como um sussurro.
Ele se vira e vai embora. Eu quero ele, eu quero ele mais que tudo, ontem de noite eu não queria parar, eu queria ir até o fim, eu ainda quero ele mais do que qualquer coisa. Eu preciso. Nem que seja uma única vez. Eu preciso. Então eu tomo uma decisão. Tiro minha camisola e minha roupa intima. Visto apenas o meu robe e desço as escadas. O quarto dele deve ser naquela porta no final do escritório... Estou muito decidida do que quero. Quando vou ver já estou dentro da sala. Ele não está aqui. Vou até a porta e abro. Ele está sentado na beira da cama apoiando a cabeça com as mãos. Quando fecho a porta o olhar dele está fixado em mim. Paro na frente dele e abro meu robe deixando meu corpo nu na frente dele.
- Katheryn... - Ele sussurra.
- Sua vez de não falar nada. Eu quero Thommy não precisa acontecer mais de uma vez, mas por hoje eu quero você e sei que você também me quer. - Tranco a porta para me certificar que não seremos interrompidos.
Ele levanta e para na minha frente.
- Você tem certeza disso? 
- Absoluta, eu quero que seja com você...
Ele coloca a mão na minha cintura, e me puxa para perto com muita força. Então começamos a nos beijar. Sinto sua mão por todo meu corpo, começo a desabotoar sua camisa. E logo ele estará todo despido. Sinto meu corpo pegar fogo, quero muito ele em mim.
Ele me deita na cama delicadamente. Ele retira suas calças e roupas íntimas, ele é lindo.
Estou ficando louca enquanto ele beija meu pescoço, então vai descendo até chegar nos meus seios, sinto ele chupar profundamente e é muito bom, uma de suas mãos caminham em minhas coxas, então ele chega lá e começa a massagear, com o passar dos segundos é impossível não deixar escapar alguns gemidos, é uma sensação de prazer enorme que estou sentindo.
- Você é perfeita, sabia.
Ele me encara.
Seus lábios passam pela minha barriga, me pergunto o que ele está fazendo. Sinto ele beijar minha coxa, então ele começa a chupar minhas partes.
- Você é doce demais Katheryn.
E eu sinto um desejo ainda maior se é que é possível, é uma sensação maravilhosa. Ele fica um tempo fazendo isso, então ele levanta minhas duas pernas, deixando a região mais elevada, sinto que ele muda sempre os movimentos me causando ainda mais prazer. Estou pronta, quero ele dentro de mim agora.
- Venha Thommy. Estou pronta.
Antes de subir novamente ele deixa uma beijo. Seus olhos estão olhando nos meus.
- Isso pode doer um pouco. Me peça para parar se quiser. Minhas pernas estão abertas esperando para que ele comece. Sinto algo entrar devagar.
- Está doendo?
Gesticulo que não com a cabeça. E ele continua, sinto que agora está mais profundo. Não sinto dor alguma, então ele começa a fazer movimentos de vai e vem dentro de mim. Então o prazer começa a surgir. Sinto cada vez mais forte, e não quero parar. Estamos sincronizados.
- Quer tentar de outra forma?
- Como assim? -Questiono ele.
- Em outra posição?
- Sim...
- Venha você por cima. Vi você andando de cavalo, deve ser boa na cavalgada. - Ele tem um sorriso pervenço no rosto.
Sem tirar de dentro de mim ele me vira para cima. Não sei bem como fazer, então faço os movimentos que ele estava fazendo antes.
- Puta que pariu. - Ele exclama.
- O que, o que foi, está ruim?
- Está perfeito. - Ele sorri.
- Estou me segurando muito para que não acabe.
Ele agarra nos meus braços e me vira para trás me deitando e ficando por cima de mim novamente. Sinto entrar com toda força e não posso evitar de gemer... Então ele tira é um líquido branco sai de dentro dele. Imagino que isso seja o fim. Estou acabada. Fico ali deitada. Ele se apoia em um braço para me olhar. Então ele me beija novamente. Um beijo que acabou com o resto do meu fôlego. Então ficamos ali, um tempo, despidos, e em nenhum momento ele tirou seus olhos de mim.

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