eu topo.

150 17 13
                                    

    Peço desculpas pela demora, muitos acontecimentos aqui em casa me deixaram triste e me desanimou pra escrever. Consegui me animar depois de um tempo e tentar fugir da realidade. Se cuidem e sejam fortes. - Dangerousmoon

A ansiedade estava fazendo Rey puxar seus cabelos, o seu trabalho era muito cansativo e ela não estava com tanta energia como tinha antes. A curiosidade sobre Hux também estava  deixando-a nervosa demais. Por que ele estava nos observando? Sua mente dizia várias vezes que ele estava planejando algo e bem maligno. Luke já havia chamado a sua atenção várias vezes, pois ela perdia o foco cada vez que seus pensamentos inundavam a sua cabeça. Ela estava ficando louca sem tê-lo ao seu lado — e, também, morrendo de saudades. 
    O céu estava bem escuro assim que Rey terminou seu turno,  as ruas estavam ficando mais desertas e a quantidade de pessoas diminuíam. Finn estava bem preocupado com ela, a qual já havia notado isso, e decidiu acompanhá-la até a sua casa. 
    Para se despedir, Poe a abraçou bem apertado e ela retribuiu o gesto. Finn estava com a cara fechada enquanto seus braços permaneciam cruzados. Acho que estou atrapalhando. Rey começou a rir e encarou o seu amigo emburrado. Se direcionou em direção à porta e esperou, do lado de fora, eles se despedirem. Viu que eles estavam se pegando e desviou o olhar para não ter que ficar de vela. 
    Depois de minutos, Finn aparece saindo da porta com um sorriso enorme no rosto enquanto arrumava a sua camisa. 
    — Vamos? — Ele a puxou para seu lado e a segurou bem firme. Rey levantou as sobrancelhas sem entender nada.
    — Aquele ruivo pode passar por aqui correndo e te puxar. — Ele murmurou baixinho e Rey estava rindo bem alto. 
   Os olhos do jovem arregalaram assim que ela começou a rir e ele fez um sinal para que ela ficasse quieta. 
    — Você vai acabar chamando a atenção de algum assaltante e iremos ser assaltados! — Disse ele, exasperado. 
    Ela assentiu e parou de rir. Permaneceram quietos enquanto caminhavam até a sua casa.  O seu amigo não parava de olhar para os lados e sempre se assustava com o barulho das folhas das árvores se balançando ou de algum bicho que passava por ali. 
    A brisa que percorria a rua estava ficando cada vez mais gelada, Rey estava tremendo de frio enquanto seu amigo estava com os olhos arregalados verificando sempre se tinha alguma pessoa ruiva observando-os.
    Rey levou um susto quando ele saiu correndo em direção à uma pessoa ruiva preparado para atacá-la.
    — Finn, acho que não é ele — Ela disse um pouco baixo e ele parecia não ter escutado o que ela tinha dito. — VOLTA AQUI! — Ela gritou, desesperada.
    Ao gritar, a pessoa ruiva pulou de susto e virou o olhar em direção à eles. Era uma mulher pálida com os cabelos ruivos bem curtos. Rey puxou seu amigo pela mão e riu da teimosia dele. A mulher saiu correndo sem olhar para trás.
        — Agora todo ruivo é ele? — Rey deu um tapinha em seu braço e Finn começou a rir bem alto da sua própria loucura.
    — Só estou protegendo a princesa perdida — Ele respirou fundo — , já que o sapo não quis protegê-la. — Ela franziu a testa.
    — E quem seria o sapo?
    — Você sabe muito bem, Reyzinha. — Ela odiava quando ele a chamava assim, mas o apelido era fofo. 
    Quando ela menos espera, aparece um carteiro indo em direção à eles. Estava meio escuro e ela não conseguia identificar quem era. A única coisa bem nítida era a altura dele, ele era enorme. Sentiu algo muito estranho ao vê-lo — calafrios percorreram sobre seu corpo e uma agonia sem sentido formou-se dentro dela. 
    — Quem é ele, Finn? — Ela perguntou bem baixo para que o homem não pudesse ouvir.
    — É aquele carteiro que eu te falei. — Ele sussurrou para ela.
    O carteiro, sem dizer nada, pegou um papel de seu bolso que parecia ser uma carta e colocou na mão de Finn. O seu amigo ficou encarando o homem por alguns segundos e desviou o seu olhar enquanto o homem alto ia na direção oposta deles. 
    — Eu não sei se você reparou, mas ele se parece muito com aquela pessoa. — Ela deu ênfase na última palavra e apertou os lábios após terminar a frase.
    — Rey, vou ser sincero com você — Ele respirou fundo —, sei que ainda não superou, mas esse cara não tem nada a ver com ele.
    Ela desviou o seu olhar para o chão que estava cheio de folhas. Suas esperanças tinham desaparecido naquele momento.    
   — Ele é bem sinistro, Rey — Finn verificou a carta e tentou colocá-la sobre a luz mais próxima que tinha para enxergar melhor. — Acho que é pra você. 
    Sentiu seu coração acelerar no mesmo instante em que ele disse aquilo, parecia que o mesmo iria sair pela sua garganta. 
    Sem hesitar, ela pegou a carta das mãos de seu amigo e deu um suspiro. 
    — Está tão animada assim para ver suas contas? — Finn perguntou, desconfiado.
    Rey sentiu suas bochechas corarem de leve e tentou disfarçar, discretamente, o rubor que começou a estampar em seu rosto. 
    — Só estou nervosa — Ela deu um sorriso de lado. — São tantas contas para pagar, sabe?
    — Sei. — Finn disse enquanto a encarava e depois deu uma risada bem baixinha.
 
    Após se despedir de Finn, ela fechou a sua porta e correu diretamente para seu quarto. Antes de abrir a carta, tentou sentir o cheiro dela para sentir o perfume dele, mas não sentiu nada. Passou as mãos, levemente, pelo seus cabelos e abriu a carta. Quase rasgou o papel de tanta pressa que ela estava. 
    Respirou fundo e , antes de ler a carta, tentou imaginar que ele estava ali ao seu lado. 
    " Querida paciente, 
       Espero que realmente tenha me perdoado, os meus dias não têm sido fáceis longe de você. O mundo não tem sido o mesmo para mim e parece que tudo está em preto e branco. Não estou pedindo para você se prender a mim, Rey. Só te peço para seguir seu coração e ser feliz o máximo que puder. 
    Não podemos nos encontrar agora, mas sei que uma hora isso irá acontecer e irei matar a saudade que está me destruindo por dentro. Porém, quero que pense se vale a pena ter um futuro com alguém como eu. Não sou quem você pensa que sou. Por dentro, eu sou um monstro e farei de tudo para proteger quem eu amo. 
    Assim que a hora chegar, irei te mandar um endereço para você me encontrar. Não, não é a minha casa e nem meu consultório. E, por favor, queime essas cartas e não deixe NINGUÉM vê-las. 
    Antes de assinar a carta, irei lhe fazer duas perguntas: Você largaria tudo para viver comigo? Iria me aceitar se eu fizesse algo cruel?
           Com amor, seu psicólogo. "
 
    Rey não soube o que sentir ao terminar de ler a carta. Estava dividida entre o medo e a alegria por ter um sinal de vida dele. Ela estava tão ansiosa para encontrá-lo que sentiu seu coração apertar. Por quanto tempo essa distância irá nos separar? Acabou não aguentando a tristeza que sentiu lágrimas caindo de seus olhos. Ela não iria mais suportar essa distância e iria encontrar uma forma de vê-lo pessoalmente.
    Os seus olhos estavam fixados no teto de seu quarto enquanto vários pensamentos assombravam a sua mente. Pensou em vários planos e não sabia como começá-los. Depois de pensar tanto, o seu celular tocou dentro de sua bolsa. Abriu-a e pegou seu celular.
    Era um número desconhecido. A imagem do rosto dele já estava em sua mente e sentiu uma empolgação que nunca havia sentido. Atendeu a ligação rapidamente e seu sorriso sumiu ao ouvir a voz de uma mulher.
    — Rey?! — A voz feminina familiar disse.
    — Quem é? — Ela perguntou, amendontrada.
    — Sou eu, Rose. Esqueceu de mim? — Caramba, como pude me esquecer? Nem anotei o telefone dela!
    — Claro que não! Como você está? 
    — Estou bem. Te liguei para te convidar para uma festa que estarei organizando amanhã na minha casa — Ela fez uma pausa —, e claro, para nos aproximarmos igual antigamente. Você topa?
    Ela pensou por alguns segundos e notou que estava precisando de diversão. Muita coisa estranha e negativa estava acontecendo na vida dela. Estava precisando se distrair com coisas que não focassem só em baladas ou bebidas.
    — Eu topo. Mas não sei o seu endereço e estou sem créditos. — Ela disse meio envergonhada pela sua situação. 
    — Eu te passo uma mensagem amanhã então — Ela disse num tom animado. — Estou ansiosa para te ver. Até amanhã, Rey!
    — Até. — Ela disse, animada.
    

Dear, patient.Onde histórias criam vida. Descubra agora