Merda, merda, merda... Preciso pensar em algum plano.
O seu coração estava na pura adrenalina, ele fez muitas escolhas péssimas e erradas. Não era para ter sido desse jeito, mas ele as fez. E, agora, não tem como voltar atrás. Esse é o preço a se pagar quando se tem uma personalidade impulsiva – e quando se está em apuros. A única coisa que veio na mente dele era Rey, ele precisava ligar para ela e fugir desse lugar o mais rápido possível.
O cheiro de queimado junto com a fumaça estava insuportável e, quando ele menos espera, uma explosão ocorre dentro da casa em meio às chamas. Talvez, eu seja sortudo por não estar lá dentro. Ele entrou em seu carro e correu o mais rápido possível para chegar à casa de sua amada. Espero que ela esteja em casa. Que droga!
Os sons de sirenes começaram a ecoar pelas ruas, ele sentiu o desespero tomar conta de seu corpo. Bateu no volante com força e passou as mãos em seu cabelo – uma mania que ele sempre fazia quando estava nervoso. Passou por uma rua em que não tivesse algum carro da polícia ou sons de sirenes próximos. Recuperou toda a sua velocidade e não parou até chegar ao seu destino desejado.
Rey, que você esteja em casa. Por favor. Estacionou o seu carro de qualquer jeito próximo à calçada, e entrou correndo em direção ao apartamento. Subiu as escadas e notou que a porta dela estava aberta.
- REY! – Ele gritou, desesperadamente. Ouviu passos se aproximando e, finalmente, ela apareceu na porta.
Os seus olhos estavam vermelhos e cheios de lágrimas. Sentiu uma dor profunda ao vê-la desse jeito e ficou mais desesperado ainda.
- O que aconteceu? – Ele tentou esconder o seu desespero na voz e parou na frente dela. Acariciou o seu rosto e limpou as lágrimas que caíam pelo seu rosto.
- Eu pensei que tinha te p-perdido...- Ela estava soluçando e o abraçou bem apertado. Ele colocou as mãos sobre os cabelos dela e tentou confortá-la mesmo sem entender nada.
- Do que você está falando?
- O Poe... – Ela engoliu o choro. – O Poe disse que estava numa investigação e um certo local pegou fogo...- O coração dele ficou mais acelerado ainda. Tudo faz sentido agora.
Pensou em planejar algo, mas decidiu por em plano a primeira coisa que veio na sua mente.
- Rey, arrume as suas malas – Ela se soltou do abraço dele e fez uma expressão de espanto. – Vamos tirar umas férias bem longe daqui.
Ele sorriu para animá-la e ela concordou. Saiu, apressadamente, em direção ao quarto dela para ajudá-la. Precisamos sair dessa bagunça o mais rápido possível.
Após arrumarem o que precisavam, ele colocou as malas dentro do carro e se posicionou no assento do motorista. Estava a esperando terminar de trancar a sua casa. Assim que ela apareceu, ele abriu a porta do passageiro rapidamente. Ela o observou, surpresa, e entrou.
Não a esperou terminar de se acomodar no banco e saiu em disparada.
- Pra que essa pressa toda? Você está bem? – Ela estava ficando pálida, parecia estar passando mal.
Decidiu não dar detalhes sobre o ocorrido no momento e disse algo mais suave para não assusta-la.
- Hux está a solto e, provavelmente, vai tentar te matar para me prejudicar – Ele foi curto e grosso.
- Mas e o meu emprego?
- Enquanto ele estiver solto, você ficará comigo. Iremos para um chalé que tenho, fica perto das montanhas.
Ela assentiu e fez carinho em seu braço. Deu um sorriso e beijou as costas de sua mão.
- Eu te amo, Ben.
- Eu também te amo.
♡♡♡
Lando estava borbulhando de raiva, estava tentando pensar como que um incêndio se iniciou sozinho. Se bem que aquela casa era antiga... Mas, no fundo, a sua intuição dizia que tudo havia sido articulado. A casa estava em chamas e, aparentemente, não sobrou nada. Só tem uma opção: eles fugiram e atearam fogo na casa. Por sua sorte, ele havia implantado rastreadores enquanto eles estavam inconscientes. Pegou o seu dispositivo e verificou o endereço.
“ Rastreadores inativos”
Puta merda! Ele não estava acreditando. Não tinha como eles saberem dos rastreadores para tirá -los. Então, eles morreram incendiados. Sabia que não tinha sido um acidente, quem causou isso terá que ficar anos na prisão. Além de destruir uma propriedade da polícia, cometeu homicídio gravíssimo. Mas, quem seria o assassino?
Ele precisava falar com Poe.
Olhou para os lados e gritou o nome do seu parceiro de trabalho. O homem dos cabelos negros e pele bronzeada foi em sua direção correndo e o observou atentamente.
- Você está com a mala?
- Sim, a mala está dentro do carro.
- Vamos abri-la agora! – Lando disse, ofegante. Ambos foram em direção ao carro. No começo foi difícil, pois os bombeiros estavam tentando apagar o fogo e havia mangueira para todos os lados. Vários policiais estavam se movimentando para lá e para cá. O ambiente estava um caos.
Poe abriu o porta malas e pegou a mala com os documentos. Abriu e pegou o primeiro documento que viu pela frente.
- Vamos ver o que é isso...- Lando disse enquanto se posicionava ao lado dele para ler.
Poe começou a ler em voz alta:
- Regras sobre o contrato da empresa “ First Order “ , cujo proprietário se chama Ben Organa Solo, mas renomeado para Kylo Ren. O objetivo dessa empresa é realizar um projeto científico consolidando práticas terapêuticas e psicológicas junto com remédios e drogas para analisar o comportamento humano e controlá-lo para servir e melhorar o conhecimento da empresa. O psicólogo Ben Solo é dono desse projeto e, após assinarem esse contrato, vocês terão que manter sigilo sobre qualquer identificação do tal, incluindo cobaias e outros funcionários da empresa... – Poe não estava conseguindo terminar de ler, estava nervoso demais.
Então, ele estava por trás disso tudo?
- Não acredito que confiamos num criminoso que articulou isso tudo. – Lando colocou as mãos sobre seu rosto. Estava decepcionado consigo mesmo por ter sido tão bobo e imprudente.
- Tem mais documentos. Irei vê-los.
No outro documento, apareceu o pagamento de cada um deles. Depois de analisarem, pegaram outros documentos. Haviam fotos de Ben Solo deitado numa maca e com vários fios colados em seu braço.
- Provavelmente, eles queriam tomar o controle sobre a empresa e fizeram experimentos com ele. – Poe murmurou, baixinho.
- Mas isso não muda o fato dele ser um criminoso. Ele fez parte disso, matou várias pessoas com esses experimentos e tentando criar robôs humanos. Traficou drogas e medicamentos totalmente ilegais – Ele pausou em seguida. – E, provavelmente, ateou fogo aqui para mata-los e destruir qualquer pista.
Poe respirou fundo e voltou a observá-lo.
- O que iremos fazer?
- Prendê-lo – Ele fixou o seu olhar no horizonte. – Leia irá ter que superar, porque ele, provavelmente, terá uma pena de morte.
- E você acha que ela vai permitir isso?
- Creio que não, jovem, mas a justiça é justiça. Não há subjetivismos ou sentimentalismo.
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Dear, patient.
RomanceBen Solo era um psicólogo bastante famoso reconhecido pela sua determinação e solidariedade. Rey era uma garçonete e seu sonho era cursar Gastronomia, pois sempre amou culinária. O que os dois têm em comum? Ambos queriam recomeçar suas vidas. E em u...