I'll Be Waiting || Henry Cavill

Marriage?!

A mansão de inúmeras e grandes janelas centralizava-se no meio de um maravilhoso e imenso jardim muito bem cuidado pelos empregados da casa que pareciam estar sempre satisfeitos com o tratamento que recebiam de seu senhor.

"Meu irmão pode ser um louco, mas justo ele sempre foi e deve tratar os empregados muito bem para viverem sempre sorrindo assim."

A mulher, que estava dentro da carruagem, sorriu ao olhar o verde vivo que circundava o casarão e, se tinha certeza de algo, essa certeza era de que iria caminhar por entre as flores quando terminasse de instalar-se na casa de seu irmão, para respirar o ar puro, uma das vantagens do mesmo não morar muito perto da cidade.

Quando a carruagem parou, bem em frente às escadas, o cocheiro a ajudou a descer e um dos empregados fez reverência, dizendo que iria carregar as bagagens da mesma para o quarto em que ficaria durante toda a semana.

Elizabeth viera para o baile de noivado de Leo, o melhor amigo de seu irmão, na qual sempre manteve uma paixão secreta, porém nunca tivera coragem de contar ao mesmo sobre isso e, hoje, apesar de entristecer-se ao lembra-se de que ele iria casar-se com alguém que não era ela, estava muito feliz pelo mesmo, pois era uma pessoa maravilhosa e que só merecia o melhor. E Kate era o seu melhor! Sabia disso pelo tom de voz do mesmo toda vez que pronunciava o nome da Whitfield mais velha.

Leo e Henry se conheceram na faculdade de direito e, apesar de serem o oposto um do outro, Leo o mais centrado e Henry o mais animado (e mulherengo), completavam-se construindo um equilíbrio perfeito que os tornou os melhores da turma quando concluíram os estudos.

Lizzie orgulhava-se dos dois.

-Charlotte! –Abriu os braços para a senhora que a recebeu com todo carinho.

-Lizzie! –Tocou o rosto da menina. –Sempre tão bonita e com um ar jovial. –Passou as mãos pelos seus braços cobertos pelas mangas do vestido verde.

-São seus olhos! –A abraçou de novo.

Charlotte era a governanta da casa de Henry. Antes de ter esse cargo, era governanta na casa do avô dele, o Duque William. Este criara os irmãos, em vista que seus pais faleceram quando ainda eram crianças, de uma doença que, na época, acometeu metade da cidade.

Foi um choque na vida de Lizzie e Henry, principalmente por terem sido muito amados pelos pais e, de repente, viram-se embaixo do teto de um homem ranzinza que os via uma vez ao mês e olhe lá, já que passava mais tempo fora do que em casa e, quando estava em casa, trancafiava-se no quarto tocando piano e bebendo, enquanto apreciava a pintura da duquesa, a senhora William, avó de Henry e Lizzie, que falecera pela mesma doença do filho, o pai das crianças.

O senhor William era muito amargurado e, a última coisa que queria era ter as crianças por perto, principalmente Henry, que era a cara de seu único filho que falecera. Já Lizzie, era uma mistura da mãe... E da duquesa quando mais jovem.

Mas, o duque nunca fizera mal a eles, na verdade, sempre cuidou para que nada os faltasse, garantindo sua fortuna para os dois.

Hoje, estando ele bem mais de idade e quase a beira da morte, passou seus deveres a Henry, que assumira o cargo de duque, e fora morar no campo com seu médico particular e alguns empregados para viver dias mais tranquilos.

-Oh! –Lizzie respirou fundo e saiu correndo. –Que saudade que estava do meu irmão! –Subiu as escadas.

-LIZZIE! –Charlotte, sem o mesmo fôlego que a menina, tentou correr atrás dela, mas não conseguiu. –HENRY AINDA NÃO ACORDOU E... –Encostou-se no corrimão da escada vendo a jovem parar no topo. –Se eu fosse você... –Tentava regular a respiração. –Não entraria lá agora.