(He he he Boa leitura 😉😏 )
-Isabel, você é realmente esplêndida! –As meninas gargalhavam entre cochichos, enquanto caminhavam lado a lado pelo jardim, seguidas por Henry que mantinha um semblante nada amigável no rosto.
Estava sendo excluído da conversa a quase todo momento e, quando tinha a oportunidade de opinar sobre determinado assunto, era abruptamente interrompido por alguma ideia contrária a sua, seguido de um breve discurso do quanto o mesmo deveria modificar seus modos neandertais de vivência para com o mundo a sua volta.
-Acho que deveria fazer o mesmo, Lizzie! Consigo imaginar nós duas frequentando a universidade dentro de alguns anos! –Engancharam o braço uma a outra, quase se abraçando devido a tamanha alegria de ambas, enquanto Henry revirava os olhos. –Meus tutores disseram que, se eu continuar evoluindo bem, poderei ir para Oxford em pouco tempo! –Soltou a cunhada e correu, girando como uma criança que acabara de acordar na manhã de Natal, gesto esse que Henry achou fofo e sorriu disfarçadamente para que não percebessem.
Nunca conhecera alguém que gostasse tanto de estudar quanto Isabel, porém questionou-se sobre a entrada da mesma em Oxford, uma das faculdades de grande renome no mundo, frequentada somente por... Homens.
Preocupou-se, não por saber que ela estaria cercada por seres do sexo oposto que poderiam tonar-se uma concorrência para ele, mas porque não fazia a menor ideia de como ajuda-la a ingressar na instituição se a presença de qualquer mulher no campus era restrita.
Seria uma batalha com grande chance dos planos da jovem duquesa serem frustrados. Porém, quando olhou para o sorriso dela, conversando e rindo com sua irmã, compartilhando suas experiências incríveis como aluna, algo lhe disse que deveria procurar o quanto antes por uma carta com o reitor de Oxford para que Isabel pudesse frequentar as aulas.
Pela primeira vez, Henry não queria que o sorriso de esperança em sua esposa morresse. Ela ficava ainda mais bonita quando seus dentes estavam à mostra em seu mais pleno estado de felicidade.
-HENRY! –Gritaram juntas e ele as encarou assustado.
-Ele vive uma viagem em sua mente. –Lizzie balançou a cabeça com um sorriso zombeteiro. –Desde criança! Perdia-se de propósito aqui no jardim para viver aventuras, fruto de sua imaginação! E ainda deixava-me sozinha, enquanto chorava olhando da janela o mesmo correr para a floresta. Era tão injusto!
-Entenda, querida irmã, ter você por perto com aquela idade era um contratempo. –Deu de ombros. –Sem ofensas! Quando você cresceu ficou bem mais... Tolerável?
-Você deveria ser nomeado bobo da corte. –Cruzou os braços.
-Totalmente de acordo! –Isabel sorriu. –Se medirmos as idiotices que ele faz e diz, mudaria de título amanhã de manhã. –Gargalharam mais uma das incontáveis vezes naquele dia.
-Isabel, sinceramente, prefiro você falando sobre suas muitas tarefas do que seus resmungos cansativos que transformam-se em monólogos incoerentes o qual sou obrigado a ouvir toda vez que estamos próximos ao outro.
-Fico feliz que estejam dando-se tão bem. –Isabel e Henry trocaram olhares preocupados após a fala um tanto provocativa de Lizzie.
Ninguém sabia da farsa do casamento e, conforme o tempo passava e as trocas de insulto eram maiores entre eles, não duvidavam também que muitos desconfiavam da consumação da união do duque e da duquesa.
Precisavam ponderar suas críticas em público ou, logo, seriam desmascarados por todos que os cercavam.
-Não poderia estar sendo melhor! –Isabel sorriu. –Afinal, que marido em sã consciência permitiria que sua esposa fizesse algo extremamente proibido se não caísse de amores por ela, não é meu querido? –Olhou para Henry.
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I'll Be Waiting || Henry Cavill
Hayran KurguIncompreendida por sua família, Isabel, a mais jovem da casa Whitfield, seguia um dilema simples, porém escandaloso para a época: passar a vida solteira e lutar por seus direitos em busca de conhecimento, ajudando a livrar também todas as mulheres q...