I'll Be Waiting || Henry Cavill

I don't forgive him

(Primeiramente, eu viajei um pouco nesse capítulo... Na verdade, a história toda é uma viagem em alguns pontos, mas e daí, né? É só uma história!! kkkkkkk Enfim, primeiramente eu quero agradecer a todos vocês que estão lendo, comentando e favoritando os capítulos ❤ Não sabem o quanto isso me deixa feliz!! Segundo... Hoje, em comemoração ao meu níver /que é depois de amanhã -18/09/, vou postar dois capítulos!!! 🎉🎉🎉)

Evitar determinado assunto nem sempre é o caminho para a resolução de um problema. Há momentos em que é necessário enfrenta-lo, por pior que possa parecer, lutar suas próprias batalhas desmistificando pontos de vista semelhantes no futuro, se ocorrerem novamente, mas... Não foi o que Isabel fez após o beijo com Henry. Na verdade, a mesma fugiu dele o máximo que pode, como o próprio diabo correndo da cruz, com algumas frustações ao longo do percurso, já que ambos compartilhavam da mesma residência.

O duque também não esforçou-se muito para mudar o cenário que vivenciara ao longo dos dias, dedicando suas horas livres a passar ainda mais tempo fora de casa do que antes, curiosamente sem mulheres envolvidas após o beijo com Isabel. Ele tentava escolher uma delas, como sempre fazia, mas não via mais graça alguma. Então, após empenhar-se no trabalho, unia-se a velhos amigos para jogar, beber e planejar futuras viagens a outros continentes.

A duquesa, além de passar a maior parte do tempo em casa, dedicando-se aos estudos quando não ministrava aulas a George na sala principal, visitava com frequência tanto a casa de sua irmã quanto a de seus pais, que desconfiaram da assiduidade com a qual Isabel os procurou nos últimos dias, porém, não transmitiam-lhe seus pensamentos sobre a questão.

Como esperado, algumas vezes o casal deparava-se em meio aos corredores da mansão, à noite ou pela manhã bem cedo, restringindo suas falas apenas a cumprimentos cordeais o qual a educação exigia a qualquer cidadão de boa família.

Nenhum dos dois tocava sobre assunto do beijo.

Isabel não fora proibida por Henry de usar o escritório em suas muitas tarefas diárias. Então, passava longas tardes na sala, sentada confortavelmente na cadeira do duque, enquanto calculava rotas em seus exercícios de matemática e, até mesmo quando não lhe era passado absolutamente nenhuma atividade ligada aos mapas que pegava emprestado, não sendo necessária sua presença naquele cômodo, obrigava-se a estar ali, estudando os muitos livros de direito de Henry pelo simples prazer de ler algo e até mesmo usava a pena de escrever dele como se fosse a própria dona.

A jovem apresentava fome de leitura e tudo ao seu ponto de vista era importante, até mesmo um simples letreiro na rua.

Passado cerca de duas semanas, Isabel encontrava-se no escritório, pouquíssimo concentrada em sua leitura marcada no livro de ciências, enquanto observava um ponto fixo à parede, refletindo mais uma vez sobre o fatídico dia em que perdera por completo sua sanidade.

Não conseguia acreditar que caiu na tentação de permitir que Henry a beijasse! Fora muito para ela àquele simples gesto de carinho entre duas pessoas, nada normal para eles dois.

Henry violou seu espaço. Usou-lhe como se fosse um nada! Exterminou seus sentimentos de não afeição a ele, momentaneamente, em um beijo arrebatador que tirou-lhe todo o fôlego, assim como seu senso crítico o qual precisava ter lutado para que lhe subisse a cabeça no mesmo instante em que seus lábios tocaram-se, empurrando-o para longe dela e retomando a aversão total a ele... Mas não aconteceu e, cada vez que revivia o momento nítido na mente, sua barriga parecia querer voar, seus lábios formigavam e ela tremia de frio, necessitando dos braços fortes dele segurando-a contra seu corpo grande e musculoso que a fazia sentir-se tão segura como se estivesse em casa, frente a uma lareira no inverno.