I'll Be Waiting || Henry Cavill

Darkness

Só posso dizer uma coisa, preparem-se para ver o trem descarrilhar a partir de agora 🤷‍♀️

A valsa da Isabel e do Henry é essa aí em cima. "Ah, mas ela é de 1941 e ainda por cima russa"... Só que eu amo ela demais, é minha favorita e nós vamos fingir que ela se encaixa perfeitamente com a história, tudo bem? kkkkkkk

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-Um brinde ao senhor e senhora Parker!

Com as saudosas palavras do duque, taças foram erguidas em direção ao casal apaixonado no centro da grande roda formada pelos convidados. Estes selaram seus lábios em meio à comemoração fervorosa até que a valsa iniciou-se em um ressoar suave da melodia que envolveu os noivos em um balançar tranquilo por todo o salão.

Todos os admiravam, gerando olhares serenos e, claro, os famosos burburinhos que variavam desde os mais apropriados às costumeiras fofocas dos provocadores de intrigas da alta sociedade e seu latente incomodo com relação à união da irmã do poderoso duque Cavill, herdeiro de uma incontável fortuna, com o doutor Parker, médico formado e vindo de família de classe média alta, porém sem títulos em sua linhagem, o que tornava toda a sua família invisível perante o círculo dos nobres destacáveis. Na visão das mães casamenteiras, Sydney era a última opção desesperada para suas filhas que não alcançaram a sorte de um bom e grandioso casamento. Lizzie, por outro lado, sempre fora a ambição de muitos pretendentes que fizeram o possível e o impossível para esposa-la desde muito jovem, mas a mesma nunca vos agraciara com o consentimento de prosseguir tamanhas investidas para a união, a espera do seu verdadeiro amor, seu cavalheiro realmente merecedor de seu coração. Sua presença causava alvoroço entre os homens por onde passava e isso a importunava desesperadamente, até que um palpitar diferenciado estremeceu dentro de si e soube que havia se apaixonado pelo gentil e carinhoso médico que compartilhava uma de suas maiores paixões: cavalos.

Não era preciso analisar Sydney e seus sentimentos para com Lizzie, seu olhar abobalhado dizia o quanto estava rendido aos encantos de sua esposa que tanto amava e cuidaria da mesma para o resto de sua vida.

Logo, a valsa dos noivos encerrou-se e ambos escolheram seus familiares mais próximos para assumir a dança seguinte. Henry, emocionado, tomou sua irmã em seus braços e a conduziu por todo o salão, assim como Sydney, que dançava com sua mãe, Jane Parker, munida em lágrimas desde que seus olhos abriram-se pela manhã e conscientizou-se do casamento de seu único filho.

O avô de Henry e Lizzie, mesmo acometido pela doença, fez questão de estar presente no casamento de sua neta, evitando efetuar movimentos bruscos, sempre amparado por sua enfermeira particular ou Isabel, que fez questão de estar ao lado dele a maior parte do tempo em que Henry afastava-se para discursar nas rodas sobre politicagem.

-Que dia feliz!

A atenção da duquesa, antes ligada a adorável cena da dança, agora voltava-se a figura graciosa e um tanto cansada caminhando em sua direção, trajando um vestido disfarçadamente mais alargado para abraçar com perfeição seus traços incomparavelmente elegantes, porém, com destaque esplendoroso para a belíssima protuberância em sua barriga ainda não muito grande, o qual podia sentir a irradiação de um amor incondicional concentrado naquele ponto.

-Kate! –Sorridente, Isabel juntou suas mãos perto de seu próprio, mal contendo tamanha alegria ao ver sua irmã realizando seu maior desejo com a pessoa que sempre sonhara desde a primeira vez em que o viu. –Que saudade!

A duquesa abraçou sua irmã, a condessa Sutter, com todo ardor, transmitindo a emoção em vê-la bem e saudável em mais um mês de sua tão aguardada gestação.