I'll Be Waiting || Henry Cavill

Was it really true?

Henry entrou em seu escritório exalando total irritação, graças a sua discursão minutos atrás com Isabel, comprometendo seu bom humor e a tentativa falha de descansar durante toda à tarde no aconchego de seu lar.

-Aquela... –Murmurou batendo o punho na mesa e sentou-se em sua confortável cadeira, alisando seus cabelos com os dedos em garra para tentar aliviar o estresse, enquanto abaixava a cabeça e apoiava os cotovelos na mesa.

Fechou os olhos e respirou fundo uma, duas, três... Cinquenta vezes, mas nada adiantou.

Estava furioso com o que acontecera.

Assim que a carruagem ultrapassou os portões de sua casa, Henry viu certo alvoroço formar-se em um dos cantos do jardim, porém não deu muita importância até que seus olhos focaram nos cabelos encaracolados esvoaçantes e inconfundíveis em meio ao verde das plantas e o colorido das flores.

Se ainda fosse somente Isabel ali, ele não veria problema algum. Afinal de contas, sabia que a mesma era louca o suficiente para brincar sozinha no jardim. Apesar da idade, ela era uma criança presa no corpo de uma mulher. Se bem que Isabel ainda possuía um rosto de menina mesmo casada e ao auge de seus vinte e dois anos, quase vinte e três.

Mas, quando Henry viu a sombra de uma segunda pessoa, atentou-se, principalmente quando percebeu ser um rapaz que estava com ela. Seus cabelos eram loiro escuro, sua jovialidade nítida em sua face muito branca e um sorriso o qual julgara seu sentimento de tudo aquilo significar algo bem mais que uma simples brincadeira entre amigos.

Ele era bonito e agradável aos olhos, possuindo vigor de toda a juventude por seu corpo esbelta, forte e as mãos cheias de carinho para com Isabel.

Ela, bruta em cada movimento, sorria quando o mesmo a amparava com cuidado... Um cuidado que Henry não lhe oferecia, pois essa era a intenção desde o princípio.

Cada um por si.

A troca de olhares entre eles não o convenceu nem um pouco. Pelo menos, não da parte de George. Já Isabel... Bem, estava sempre fora de órbita com seus ideais, sua vida e seus sonhos.

A cena dos dois brincando no jardim o incomodou profundamente, porque, no fundo, sabia que nunca seria retribuído com qualquer gesto de carinho da parte dela, assim como ela nunca ligaria caso ele tentasse lhe agradar, mesmo não sendo sua vontade. Henry gostava de tira-la do sério até que se formasse o bico irritado em seus lábios rosados o qual ele jamais poderia mentir que não sentia-se encantado por eles. Os lábios de Isabel eram carnudos e pareciam deliciosos ao ponto de vicia-lo, e foi exatamente por isso que não a beijou na primeira noite em que compartilharam a cama. A primeira prova seria fatal, mesmo que o sentimento entre eles não existisse.

Seu corpo, claro, também era uma tentação a sua sanidade. Isabel não tinha noção do quanto era atraente, mesmo não sendo algo intencional, e confirmou isso no dia em que a viu no quarto, quase nua, secando sua pele alva que ele gostaria de beijar por inteira, sentindo-a tremer a cada estalo de sua boca em sua carne. Ela fecharia os olhos com força e, quem sabe, permitiria a si mesma liberar de sua garganta leves gemidinhos em seus ouvidos.

Tinha plena certeza de que os gemidos dela o enlouqueceriam se tivesse uma única chance de deleitar-se com eles envolvendo seus tímpanos no mais doce som já pronunciado por ela.

Isabel era seu tipo, mesmo que nunca houvesse intitulado que tivesse um. Normalmente, para ele bastava a dona ter um belo par de seios e uma buceta bem apertada para que pudesse enfiar seu pau. Como era a mulher? Não importava.

Mas Isabel... Isabel era toda para ele desde os cabelos até os pés que ele nunca viu.

Nunca daria o braço a torcer que a queria mais do qualquer coisa. O combinado entre eles desde o início era que suas vidas seriam particulares e jamais compartilhadas. 'Nós' não estava no vocabulário, e sim, somente 'Você e eu', duas pessoas completamente diferentes e opostas que não se misturariam.