Alô, alô, vocês sabem quem sou eu? Alô, alô, graças a Deus <3
Gente, eu queria aproveitar para agradecer a cada um de vocês que está lendo e curtindo a história! Não sabem o quanto fico feliz de ler os comentários de vocês que, pode deixar que não esqueci de responder não! Farei isso um por um <3 Amo vocês!!!
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Alguns dias depois, onde nevava forte e o frio era cortante, Henry encolheu-se no canto de uma das poucas tendas montadas e pôs-se a escrever com as mãos gélidas e pálidas, quase sem circulação alguma.
"Querida Isabel,
Desde a nossa chegada, meu primeiro pensamento foi escrever imediatamente para você e dizer que estou bem na medida do possível, pois meu único desejo agora era que estivéssemos juntos, longe de toda insanidade diante de meus olhos.
Recordava-me algumas situações que passei no campo de batalha quando jovem, porém não com tamanha clareza, algo que tenho de sobra nesse momento, observando esse lugar horrendo, ainda mais no frio.
Aparentemente, com o cessar fogo temporário, tudo está em ordem para o cenário que se apresenta. Temos muitos homens bons, porém inúmeras vidas foram perdidas e isso os desmotiva. Parentes e amigos mortos em meio à lama e a neve nas trincheiras.
Com a nossa chegada, apesar de saber que não faz tanta diferença, animou a todos um pouco, pois, além de novos recrutas, trouxemos suprimentos para aliviar a tensão. O estoque de comida estava quase esgotado e, mesmo agora com muito, temo que não seja o suficiente para os próximos meses. Logo, tudo se tornará um caos novamente.
As noites têm sido frias e solitárias. Dividimo-nos em grupos para fazer reconhecimento de área enquanto o inimigo dorme e vigiar para que os outros descansem, mas é quase impossível dormir com a cabeça sobre um amontoado de retalhos, uma pedra ou, até mesmo, uma árvore. Claro, mantemos o ânimo conversando, jogando cartas, algo que gostaria muito que pudesse ver com seus próprios olhos e juntar-se a nós, pois me orgulho em dizer que a ensinei bem como fazer boas jogadas."
Isabel riu pela primeira vez desde que começara a leitura da carta.
"Sei bem que ganharia todas as partidas com uma mão amarrada nas costas. Sua maneira de casar as cartas de acordo com as SUAS regras é singular e majestosa. Eles não aguentariam nem duas rodadas sem desistir.
Também bebemos. Bebemos muito, pois isso nos mantém aquecidos gerando até mesmo certa alegria e uma gota de coragem para enfrentar os maus dias. Mas, sabe o que é curioso? Toda essa excitação não me contagia, nem mesmo munido de álcool. Na verdade, é nessas horas que mais me entristeço, pois a saudade aumenta e as lembranças que normalmente me ajudam a superar o que está acontecendo, fragilizam de tal maneira que me isolo de todos e começo a chorar. Pode imaginar? Um homem do meu tamanho chorando e pedindo em silêncio para voltar para casa como um bebê?"
Isabel riu novamente, porém em meio às lágrimas. Sabia que ele queria fazê-la sorrir com algumas piadas, mas estava quebrada com cada relato. Poderia jurar que sentia junto a Henry seu desespero, sofrimento, medo... Como se estivessem ligados.
"Todos os meus pensamentos remetem a você, Isabel. Quando estou bêbado, sua imagem me causa medo e tristeza. Por favor, não pense que é medo da sua pessoa, pois tenho sua vida como a minha, que preciso cuidar e proteger. O medo nessas horas é por achar que não voltarei. Tantas possibilidades passam pela minha cabeça que sinto delirar a cada segundo. Vejo você em todos os lugares chamando por mim e, normalmente, você está triste, muito triste, e não gosto de vê-la assim, pois parte meu coração. Apenas gostaria de poder abraçá-la e dizer que tudo ficará bem.
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I'll Be Waiting || Henry Cavill
FanfictionIncompreendida por sua família, Isabel, a mais jovem da casa Whitfield, seguia um dilema simples, porém escandaloso para a época: passar a vida solteira e lutar por seus direitos em busca de conhecimento, ajudando a livrar também todas as mulheres q...