Depois de esbarrar em um estranho misterioso no aeroporto, Charlie percebe somente dentro do avião que acabou perdendo o celular. Alguns dias depois, para sua total surpresa, esse mesmo homem a contata por uma conta fake no Instagram.
Uma curiosa a...
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05/Maio
CHRIS EVANS
– Chris, essa é a terceira vez que você troca de blusa... – Scott aponta ao se sentar na beirada da minha cama, havia uma ruga curiosa em sua testa. – Eu nunca te vi assim... não é exagero?
Não fazia ideia do que pensar no momento. Meu sono não tinha sido produtivo na noite passada e eu sentia a minha ansiedade aumentar a cada vez que olhava no relógio. Aquilo era uma loucura. Parecia até uma má ideia. Um ato completamente impulsivo da minha parte para somente vê-la por alguns instantes. Droga, eu não era assim. Nunca fui. Eu não deveria nem ter persistido tanto naquelas conversas, mas realmente não esperava que isso chegaria tão longe.
Ainda estava cedo demais para alguém despertar esse tipo de sentimento em mim, algo que honestamente eu nem sabia o que era. Talvez pudesse classificá-lo como curiosidade e fascínio, ou então eu pudesse ter certeza só depois que eu a visse.
– Já te falei que é... diferente.
– Não é muito cedo? – ele faz o mesmo questionamento que eu mantinha em mente.
Eu sinto minhas falanges enrijecerem e preciso do dobro de esforço para fechar os botões da minha blusa. Sim, eu sei. Era muito cedo. Cedo demais. Mas não era isso que todos diziam para mim? Seguir em frente. Parecia um conselho clichê e estupido antes de conhecê-la, agora parecia algo alcançável.
– Deixa eu dar mais uma olhada nela. – ele estendeu a mão em minha direção e fez uma expressão impaciente quando demorei a atender seu pedido – Anda logo! – Revirei os olhos e busquei o meu celular no bolso. Desbloqueei o aparelho e entrei na conta fake do Instagram antes de jogá-lo ao seu lado na cama.
Já fazia alguns dias desde que contei sobre Charlie para Scotty, éramos próximos o suficiente para ele saber que de alguma forma aquela garota havia mexido comigo. No entanto, reconhecia e até respeitava todas as milhares de incertezas que tinha em relação a nós.
– Ela é bem bonita.
Isso era um eufemismo. Charlie não era só bonita. Porra, era todo conjunto, sexy para o inferno. Até mesmo o seu constante mal humor se tornava um charme. Era fácil falar sobre ela. Uma mulher magnífica, inteligente, meio louca, mas caramba... eu gostei. Charlie fazia, de certa forma, o exato oposto de mulher que normalmente me atraía. Pessoas explosivas, sarcásticas e sem nenhum filtro em suas palavras era tudo o que eu não era.
– Não se esqueça que para ela é só uma entrega de mercadoria, somente trabalho – o ignorei e terminei de abotoar. Após me analisar no espelho, me virei em sua direção.
– Que tal? – eu giro nos calcanhares, erguendo levemente os braços do lado do meu corpo.
– Não te incomoda que você esta mentindo para ela?
