Depois de esbarrar em um estranho misterioso no aeroporto, Charlie percebe somente dentro do avião que acabou perdendo o celular. Alguns dias depois, para sua total surpresa, esse mesmo homem a contata por uma conta fake no Instagram.
Uma curiosa a...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
30/Junho
CHARLIE DEAN
– Deve estar se perguntando que porra eu estou fazendo, né? – Dodger virou sua cabeça e grunhiu manhoso.
Meu coração acelerou e eu tive que respirar fundo, soltando o ar pela boca com força. O nervosismo me atingiu ao ver o início da propriedade dele. Estacionei o carro do lado de fora e apanhei Dodger.
Caminhei rapidamente por lá, passando pelo vasto local onde possuía todos os carros de Chris, segui pelo seu imenso jardim bem cuidado e subi os poucos degraus que levavam à sua grande porta.
Levei o dedo à campainha e a toquei, isso por sua vez só fez o meu coração disparar mais ainda. Dodger levantou sua cabecinha para mim, como se estivesse escutando cada uma das batidas.
– Calma, Dodgy. Eu estou bem. – Sussurrei.
Toquei de novo na campainha e em seguida bati na porta, espichando minha cabeça em direção aos seus carros estacionados.
Estavam todos ali, o que indicava que se ele não estivesse viajando, estaria em casa. Talvez ele estivesse com uma mulher seminua no sofá de casa e eu estivesse empatando a foda. Homens como Chris não ficam sozinhos, devia na verdade ter um monte de mulher aí. Dentro da imensa hidromassagem dele.
Dodger latiu, me fazendo sair dos meus loucos devaneios. James tinha razão, eu sempre me auto sabotava e isso era uma merda.
Respirei fundo e de repente me senti a pessoa mais estúpida do mundo. Eu provavelmente perdi ele e foi inteiramente por culpa minha.
Apesar de ter decidido ir embora, antes de poder me mover, a grande porta na minha frente se abriu.
Chris surgiu ali e arregalou os olhos ao me ver. Havia uma toalha apoiada em seu ombro, usava apenas uma calça moletom preta e seu peito nu possuía algumas gotículas de água.
Demorou porque estava no banho.
– Charlie? – Perguntou incrédulo.
Por quê eu vim mesmo?
As engrenagens do meu cérebro simplesmente pararam de funcionar, em pânico eu automaticamente ergui Dodger em sua direção.
– Pegue. – O filhote latiu baixo e Chris me olhou confuso – Não posso ficar com ele, pega! – Sem tirar os olhos de mim, puxou Dodgy para o seu colo.
Girei meus calcanhares e desci os degraus. Caminhei poucos passos para longe da mansão, a cada um que eu dava, pequenos fincos de racionalidade crescia na minha mente. Quando me dei conta do que havia feito, parei de andar abruptamente.
Que merda eu estou fazendo? Dodger é meu!
Virei-me novamente e voltei para onde Chris estava e estendi as mãos até ele.
