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01/Junho

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01/Junho

CHARLIE DEAN

Caminhei com braços dados com vovô Bern até a porta, passamos pelo segurança e descemos juntos pelas escadas.

O Rolls Royce negro dobrou a entrada e o funcionário o indicou onde estacionar.

– É um belo carro... – Meu avô sussurrou. Contive um riso ao me lembrar que tecnicamente, ele o havia comprado somente com o intuito de me ver.

– Qual o nome dele?

– Chris. – Ele torceu o rosto e eu bufei. Meu avô era um daqueles extremos tradicionalistas – O nome é Christopher... – Ele assentiu e fitou Evans sendo guiado pelo funcionário até a vaga.

– Eu também deveria te falar uma coisinha importante... – Vovô suspirou lentamente e se virou para mim

Ele cruzou os braços na altura do peito e cerrou seus olhos.

– Lógico que teria mais alguma coisa... é algum tipo de traficante? – Gargalhei alto na sua frente – É um daqueles malditos políticos? – Supôs novamente. Neguei com a cabeça e virei o rosto.

Chris andava em nossa direção, abotoava seu terno escuro em seu peito enquanto se aproximava. Quando chegou, o cumprimentei com um beijo na sua bochecha e me virei para o vovô Bern.

Ele o fitava com um semblante chocado.

– Esse é o Christopher. –  Encostei no peito dele – E Chris, esse é meu avô Bernard.

Bernard Dean Person. – Me corrigiu – Sempre apresente uma pessoa pelo seu nome completo, Charlie Dean. –  Bufei e revirei os olhos.

– Sou Christopher Robert Evans. – Ele ergueu sua mão e meu avô a apertou.

– Conheço você, é um jovem muito talentoso... meus parabéns. – Evans sorriu e agradeceu.

Subimos as escadas novamente e meu avô liberou a entrada de Chris. Não importava muito se o aniversário era do meu pai, já que aquela casa era no final das contas do meu avô.

– Eu não pensei nisso... – Confessei ao pé do seu ouvido ao observar alguns olhares em sua direção.

– Não se preocupe bravinha, estou acostumado com isso. Realmente não me importo. – Ele entrelaçou os nossos dedos e seguimos até a área de fora.

– Vamos procurar seus irmãos. – Meu avô disse e tomou frente, caminhando rapidamente.

Fiquei subitamente nervosa com aquilo, nem de longe havia pensado em fazer isso de imediato. Chris notou meu nervosismo, soltou minha mão e agarrou minha cintura, me puxando para mais perto dele.

– Está tudo bem. – Sussurrou e curvou levemente a cabeça, me dando um beijo em minha testa. Eu apenas assenti e fiquei calada.

Passamos por toda e extensão da área externa até onde meus irmãos estavam. Quando chegamos, vovô parou em nossa frente e limpou a garganta, atraindo a atenção de todos.

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