42 | Healing process

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27/Abril

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27/Abril

CHARLIE DEAN

Batuquei minhas unhas impacientemente pela mesa de mogno. Minha inquietação atraiu a atenção do meu avô, que me olhou pelos cílios de forma intrigada.

– Respirar é bom às vezes... – Falou em um tom baixo – Está uma pilha de nervos, relaxe. Sabemos que temos que controlar esse seu estresse.

– O meu cortisol está bom vô... só estou um pouco nervosa.

– Realmente tem que esperar seu pai chegar para começar a falar?

– Sim. – Ele soltou um botão do blazer e se endireitou na cadeira – Nunca havia me chamado para conversar. Desde que recebi sua ligação tenho ficado ansioso, entrei no avião para Los Angeles com o coração na boca.

– Desculpa vô.

– Tem algo de errado com sua saúde? – Perguntou, preocupado – Você disse que estava bem... tenho conversado com Christopher, sabe?

– Ele comentou comigo na última vez que conversamos, há alguns dias.

– O quê? Não têm conversado com ele ultimamente? – Neguei com a cabeça – Por quê?

Suspirei – Porque não é justo.

– O que não é justo?

– Preciso arrumar a minha vida... não posso prender ele nesse processo.

– Não me diga que simplesmente começou a ignorar ele... – Abaixei a cabeça e não o respondi. Contudo, aquilo foi a resposta que ele precisava – Eu entendo o seu ponto, não quer o manter te esperando. Mas acho que há formas melhores de lidar com isso.

– Provavelmente... mas serão mais dolorosas.

– Talvez... – respondeu, sincero –  Sabe, ele é um bom homem.

– O melhor. – disse com veemência.

– Sei que tudo irá dar certo e que no final ficará bem.

Sorri em resposta, entretanto, não consegui concordar. Eu desejava que isso acontecesse, mas estava tudo muito delicado. Eu não queria ser injusta, principalmente com Chris.

– Porque seus irmãos estão nos esperando do lado de fora?

– A conversa tem que ser entre nós três.

– Ainda não entendi porque todos vieram.

– Em parte como segurança caso as coisas se tornem mais... intensas. Outra parte porque estão bravos demais para ficarem longe disso.

– O que tem que conversar comigo e seu pai, Charlie? Estou ficando preocupado. O que devo esperar disso?

– Ficará com raiva e decepcionado. – Respondi, fazendo-o fechar sua expressão.

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