55 | A bun in the oven

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14/Outubro

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14/Outubro

CHARLIE DEAN

Acordei no outro dia me sentindo mil vezes melhor, até a trabalhar – para o desgosto de Elsa –.

Novamente a demanda do meu setor estava escassa, pensando imediatamente em aproveitar aquela calmaria para planejar a minha visita para ver Chris. Foi uma batalha para convencer Elsa a viajar e tive que provar a todo custo que eu estava bem. Mas no fim, consegui.

Chegamos em Atlanta no dia seguinte e nos hospedamos em um hotel que ficava próximo ao set, porém, decidimos não visitá-los de imediato, tirando as últimas horas do dia para podermos descansar.

17/Outubro

Passei mal de manhã novamente, o que foi justificável, pois tive a ideia mirabolante de comer a maldita comida do avião. Era um fato de que eu sempre me desviava dela por sempre me sentir indisposta depois. Mas convenhamos, fora impossível recusar o adorável pedido super da pequena India em dividir sua tortinha de frango comigo.

Demorei um pouco para me arrumar e tive que me maquiar minuciosamente para disfarçar a palidez estampada em meu rosto. Mais tarde, me encontrei com Elsa no lobby do hotel e pegamos um Uber que nos levou até o set.

Fomos rapidamente liberadas na entrada e os responsáveis pela segurança nos direcionaram alguém para nos guiar até o local que estavam filmando.

– Na verdade... – Minha voz saiu num sopro quando me dirigi à funcionária, já sentindo meu estômago voltar a embrulhar – Acho ir preciso ir no banheiro antes...

– Está passando mal ainda? – Elsa me questionou com incredulidade – Você prometeu que já estava bem!

– Banheiro! – Brandei com urgência, colocando a mão na boca. A pobre funcionária arregalou os olhos e me levou às pressas até uma porta que estava a poucos metros de nós.

Bati a madeira atrás de mim com força e me debrucei no vaso, vomitando os últimos resquícios da bendita tortinha. Vi a porta se abrir pelo canto de olho e Elsa entrou por ali. Ela puxou meus cabelos para cima e pressionou sua mão em minha testa e depois no meu pescoço.

– Charlie, você não está mais febril...

Dei descarga e me levantei lentamente. Enxaguei a boca repetidas vezes e Elsa retirou um pacote de chiclete da bolsa.
Desci a tampa do vaso e me sentei ali, desejando que o gosto forte de menta levasse os últimos resquícios da minha ânsia embora.

– Charlie... será que tem alguma possibilidade de estar grávida? – Neguei com a cabeça – Usa algum método contraceptivo?

– Tenho DIU.

– Mas isso pode falhar.

– Risco bem mínimo.

– Mas ainda tem.

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