Depois de esbarrar em um estranho misterioso no aeroporto, Charlie percebe somente dentro do avião que acabou perdendo o celular. Alguns dias depois, para sua total surpresa, esse mesmo homem a contata por uma conta fake no Instagram.
Uma curiosa a...
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18/Maio
CHARLIE DEAN
– Scotty? – Eu já havia conhecido ele na casa de Chris quando fui entregar os carros, era o irmão dele.
Ele se aproximou de nós, estava acompanhado com um outro homem que carregava um sorriso tão largo quanto o seu.
– Oi! – Me cumprimentou – Que bom te ver novamente, Charlie! Especialmente agora que meu irmão finalmente revelou a identidade secreta dele!
Agora fazia sentido todas as vezes que eu o via rindo na casa de Chris.
– Igualmente! – Retribui – Imagina a minha grande ''decepção'' ao descobrir quem ele realmente era. – Ironizei, fazendo-o afagar meu ombro e falsamente me consolar.
– Mas enfim... o que faz aqui, Scott?
– Dãh. – Ele apontou para sua blusa do New England Patriots, como se fosse óbvio o motivo dele estar ali – Charlie, esse é o Zac... meu namorado – Apontou para o homem do seu lado – Zac essa é a... – Parou de dizer e alternou seu olhar entre mim e Chris – O que vocês são afinal de contas?
– Sou a Charlie. – Disse logo, tentando cortar o momento constrangedor, mas não tive muito sucesso.
Scott continuou sustentando um sorriso maroto – A propósito, feliz aniversário atrasado!
– Obrigada!
– A gente devia ir... – Chris disse ao olhar para o relógio.
– Sim! – concordei. Queria o quanto antes sair daquela bolha e me esquivar de perguntas que eu não saberia responder.
O que eu era de Chris?
Nem eu sabia responder isso.
Saímos do estacionamento e andamos lado a lado pelo estádio. Eu não tinha ideia para onde iríamos então apenas segui Evans cegamente. Pelo caminho Scott e Zac praticamente me questionaram sobre minha vida, mas eu não me importei com isso. Perguntaram sobre meu trabalho, minha idade, onde eu estudei, qual a faculdade eu fui, sobre meus irmãos e por fim, sobre meus pais.
No mesmo momento Chris os interrompeu, falando que seria legal a gente comprar cerveja e alguma coisa para comer antes do jogo começar. Eu agradeci mentalmente por aquele gesto, conversas sobre meu drama familiar não me agradava nem um pouco.
– Eu pago! – disse, enquanto eu pegava minha carteira para pagar meu pedido na lanchonete.
– Se você entregar dinheiro para ela, eu juro que mordo sua mão. – O mandei um olhar impaciente e ouvi Scott rir atrás de nós.
– Vai morder muito forte? – Provocou.
– Vai morder muito forte? – O imitei, usando uma entonação de voz mais grossa.