• Agora ou nunca

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— Hwasa, eu não sei o que eu te fiz, mas saiba que mesmo se eu tivesse feito algo contra você, você não tem o direito de me ofender assim, e muito menos de agir como uma inconsequente e jogar café em mim! Sobre o Namjoon, eu não entendi direito o que houve, mas isso que você fez, de expor algo íntimo dele, foi muito baixo! Eu sempre te admirei, sempre quis ser como você, desde o dia em que pisei aqui, mas me sinto feliz por não ser nenhum pouco semelhante a você, eu tenho caráter, e não preciso fazer mal a ninguém para me sentir bem! Obrigada por abrir meus olhos, eu tenho pena de pessoas como você!

— Acabou? Posso ir embora?— fechei ainda mais meu cenho, engolindo pesadamente o choro que queria de apossar de mim novamente.

Ela entrou no elevador, e poucos segundos depois, sumiu entre as portas de ferro.

Quando eu finalmente olhei para os lados, percebi que todos ali haviam parado de trabalhar para assistir essa discussão.

Que ótimo.

— Perderam algo aqui? Até onde eu sei, eu pago vocês para trabalharem, e não para ficarem cuidando da vida alheia, por favor, voltem aos seus afazeres— Namjoon disse autoritário e todos voltaram imediatamente ao trabalho.

Eu nunca havia visto Namjoon tão enraivessido quanto ele estava agora.

Ele respirava pesado e estava com os punhos cerrados.

— Vem comigo, por favor— disse num tom baixo para mim e eu o segui até sua sala.

Ele entrou e seguiu para perto da grande janela de vidro enquanto eu permaneci perto da porta.

eu não conseguia acreditar em nada que tinha acontecido.

Acreditar que que uma briga boba tomou tais proporções, e que até ofensas racistas eu tive que ouvir.

Que meu nome estava envolvido entre as confusões de Hwasa e Namjoon.

Que Hwasa era tão baixa a ponto de expor situações íntimas de alguém!

Acreditar que o Namjoon quase avançou  para cima dela, apenas para me defender!

— Olha, me perdoe por isso, você não merecia, a Hyejin passou dos limites— disse ainda sem me olhar.

—Imagino que eu te deva explicações, então eu vou ser direto— afirmou me encarando, e eu assenti, esperando suas palavras.

— No dia da conferência, enquanto eu esperava que as pessoas começassem a chegar, ela veio falar comigo no camarim, com uma conversa de que me daria mais uma chance e me perdoaria pela "humilhação" que a fiz passar quando neguei dormir com ela. Nada estava fazendo muito sentido e quando eu me dei conta, ela já estava com as mãos por dentro das minhas calças.— fez uma pausa longa, engolindo em seco e parecendo juntar coragem para finalizar .

— Por favor não me entenda mal, não quero que se sinta ofendida mas... No momento em que ela me tocava, você não saia dos meus pensamentos, e eu acabei dizendo seu nome em meio ao ato.

Meus lábios estavam entreabertos e eu me mantive estática, a junção das informações me causava certa tontura.

agora tudo fazia sentido!

— Eu não quis te contar aquele dia, porque iria ser constrangedor para nós dois, me perdoe, você não teve culpa de nada, e teve que ouvir aquelas coisas daquela desmiolada.

Eu permaneci quieta e meu silêncio o encomodou.

— Helena, diga alguma coisa!— pediu me fitando.

Honey Boss | KNJ Onde histórias criam vida. Descubra agora