- Quase esqueço que estamos num banheiro da escola. - Lhe disse, puxando sua mão para sairmos.
- Continue esquecendo e podemos continuar de onde paramos. - Ele brincou, dei um tapa em seu traseiro, ele riu um pouco com minha liberdade.
Abrimos a porta e felizmente não havia ninguém por ali, soltei sua mão de imediato.
- Estamos bem agora, não estamos? - Bailey incerto era quase hilário, ele exibia uma carinha fofa e bochechas coradas que me faziam ter pensamentos impróprios.
- Sim.
Nós não estávamos de mãos dadas, embora fosse exatamente isso que queria fazer. Mas não podíamos, além do mais, talvez fosse um tanto cedo.
- O que o fedelho queria? Se declarou pra ti? - Bailey sorriu, mas meu silêncio o fez parar.
- É complicado Bay. - Suspirei, esse assunto me cansava tanto.
- Eu disse que não quero que ele encoste em ti. - Ele estava praticamente bufando, era possessivo em exagero, mas mantive esse pensamento guardado comigo. - Diz Lin, o que te aflige?
Droga, ele sabia que escondia algo. Optei por contar, sempre achei que é melhor que saibam por nós do que por terceiros.
- Ele nutre sentimentos por mim, a Shivani me odeia por isso também.
- E? - Adentrávamos o estacionamento quase vazio quando ele perguntou.
A maioria dos alunos não estavam cabulando aula feito eu. Então tínhamos alguns poucos pelo estacionamento, ninguém parecia se ligar em nosso diálogo tenso.
- Ele me beijou. - Mordi o lábio, esperando sua reação.
- Porra. - Bailey ficou vermelho, andava de um lado pro outro, bufando feito touro.
- Não foi nada de mais. - Amenizei. - Ele me pegou desprevenida, esclareci as coisas entre nós.
- Esclareceu e ele te beija? - Bailey praguejou baixo algum palavrão.
- Noah não é do tipo coerente. Não vai mais acontecer.
- Fala por você. Ele sabe disso? - Nem me deixou responder. - Se não sabe, vou fazê-lo entender.
- Para com isso, eu já disse que não foi nada. - Pedi novamente.
- Vamos, vou te levar em casa.
Ele se acalmou e entramos no carro, meu coração disparado por medo. Bailey não é tão calmo quanto parece ser, Noah não é o que podemos chamar de calmo tão pouco, me condenei por não ter mantido a boca fechada. Não falamos nada por um instante, o nervosismo me assolava, quando por ironia do destino, o carro de Noah estava estacionado na esquina, ele conversava com um outro rapaz. Prendi a respiração, acreditando que Bailey não perceberia a presença dele, porém, estava redondamente enganada, pois seu carro estacionou atrás do outro, batendo em cheio na traseira.
O solavanco me levou pra frente e pra trás respectivamente e dei-lhe um olhar repreensor.
- Mas que merda Bailey! - Acabei por gritar.
Ele me ignorou, descendo do carro. Noah já vinha gritando pela pancada que seu veículo recebeu.
- Qual é cara, tirou a carteira no Paraguai? - Ele abriu os braços e se aproximou, se aproximou demais.
Desci do carro aterrorizada. Fiquei ao lado de Bailey, Noah me olhou e balançou a cabeça em negativa.
- Jojo, diz pro teu amigo coroa que ele já tem idade pra dirigir direito. - Noah despejava veneno, por que ele não podia ser civilizado? Por que Bailey tinha que ser tão nervosinho?
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𝐁𝐨𝐫𝐧 𝐓𝐨 𝐌𝐞 ͟͞➳ 𝓙𝓸𝓪𝓵𝓮𝔂 𝓐𝓭𝓪𝓹𝓽𝓪𝓽𝓲𝓸𝓷
RomanceBailey May e Joalin Loukamaa. Dez anos de diferença de idade. Ele a pegou no colo ainda recém-nascida. A viu dar seus primeiros passos, balbuciar as primeiras palavras e a viu passar por tantas e diversas experiências ao longo dos anos. Ele viu a ga...