𝐁𝐨𝐫𝐧 𝐓𝐨 𝐌𝐞 ͟͞➳ 𝓙𝓸𝓪𝓵𝓮𝔂 𝓐𝓭𝓪𝓹𝓽𝓪𝓽𝓲𝓸𝓷

Sim.

Bailey Gostoso May.

Joalin adormeceu quase que instantaneamente, mas não consegui o mesmo feito. Um turbilhão de sensações e pensamentos me rodeavam enquanto embrenhava meus dedos por seus cabelos macios e loiros. Finalmente cedi. Que filho da puta que sou, um crápula, um merda, um idiota completamente e perdidamente apaixonado por esta mulher. Sim, mulher. Hoje a fiz mulher, e foi a melhor coisa que já fiz e a pior também. Dualidade. Sempre esta porra a me atormentar a cabeça. Precisava de uma vez por todas aceitar que esta era uma guerra perdida. Lin e sua astúcia, brilhantismo, beleza e sensualidade me possuíram, me arrastaram e não havia mais volta.
Lembrei de cada momento de nossa primeira vez. Fechei os olhos, com um sorriso bobo no rosto. Eu a fazia perder o controle e ela tinha o mesmo poder sobre mim. Lembrei do momento em que a senti a primeira vez, tão apertada que pensei que não iria conseguir, sua careta de dor me angustiava, pensei mesmo em parar, mas ela por si só incentivou-me a continuar. Minha menina mulher valente e corajosa.
Ela não havia sentido o prazer de verdade por conta da dor e prolongar seria pior, mas ainda vou dar-lhe muitos orgasmos, se vou. Sentir sua carne quente escorregando a minha volta, molhada, um tesão do caralho. Seus seios empinados de mamilos rosados e salientes me chamando... Sentir seu gosto escorrer na minha boca, céus... Lambi os labios involuntariamente. Lin se mexeu em meus braços. A olhei rapidamente, tinha o rosto relaxado, beijei-lhe a testa e sorri. Linda. Minha.
Sentia-me vivo como há muito tempo não sentia. Não foi a primeira garota a qual tirei a virgindade, mas foi totalmente diferente. Eu a amo com todas as minhas forças, já com a Ylona, bem, primeiro que quando aconteceu eu nem era apaixonado por ela e esse foi o maior motivo que me fez namorá-la, mais por respeito. Hoje, sentindo o amor que explode em meu peito, posso afirmar com todas as letras que nunca amei aquela psicopata. Acho que paixão define mais, e paixão é um sentimento volátil, do mesmo jeito que vem também pode ir. O amor não, ele vai se construindo e fortalecendo, é denso, não se vai assim de qualquer maneira e há os que duram para uma vida inteira. Analisei o rosto de Joalin a dormir tranqüila, e torci para que nosso caso fosse esse.
Uma vida inteira.
*
*

Joalin Loukamaa.

Na manhã seguinte, despertei desnorteada por um momento. Olhei para o lado, Bailey ainda dormia. Tão sereno. Seus labios rosados clamavam pelos meus. Beijei-o suavemente, ele se remexeu e abriu os olhos devagar, apertando meu corpo contra o dele.

- Bom dia. - Sussurrei.

- Maravilhoso. - Respondeu de bom humor. - Você está bem? - Questionou com preocupação, um pouco mais desperto.

- Maravilhosa. - Mordi o lábio ao relembrar porque.

Lembrei de suas mãos percorrendo meu corpo, de seus beijos apaixonados, dele me possuindo... me levando...

- É mesmo é?

Ele me rebolou de lado, pressionando a ereção contra minha bunda. Minha nossa, acordou em ponto de bala.

- É sim. - Empinei o traseiro de propósito, encaixando sua dureza ali.

- Não sei se você já está pronta pra outra, portanto não me provoque. - Chupou meu pescoço, com a mão adentrando minha blusa.

- Você provocou primeiro. E só vamos saber se estou pronta, tentando.

Então. Ele despertou minha libido. A vontade de sexo me veio tão natural quanto tomar café daqui a pouco.

- Não amor. Não sou mulher, mas sei que você precisa de um tempinho pra se recuperar. Mesmo que minha vontade agora fosse a de te pôr de quatro e agarrar esses cabelos, me enterrando em ti, mas acho... Creio que a machucaria. - Sua mão brincava com a barra da minha calça.