Eu não estava em desespero exatamente pelo que Ylona me dissera, estava tendo uma síncope de tanto pensar no que poderia fazer, porque de uma coisa eu tinha certeza: não abandonaria Bailey! Meu Bailey. Perdê-lo estava fora de cogitação, meu mundo precisava dele para funcionar, eu precisava dele mais do que poderia imaginar. Dei um aceno rápido para Johanna e voei para o meu quarto, enquanto caminhava também discava para Sina, tinha que desabafar com alguém.
Me tranquei no quarto e tive uma longa conversa com minha amiga. O que ela me instruiu? Conversar com minha mãe. Ótimo. Mas óbvio. A melhor opção e a que eu mais temia, mas decidi conversar com ela somente no outro dia. Tranquei as portas da varanda e com a desculpa de pesadelos fui dormir no quarto de hóspedes, tudo isso para evitar que meu Romeu resolvesse me visitar, não poderia contar nada a Bailey por enquanto, sei que não sou uma criança, mas não sei a que ponto as ameaças de Ylona surtiriam efeito.
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- Lin, Lin!
Minha mãe chamava enquanto eu corria porta afora.
- To atrasada, desculpe!
Dispensei o café, precisava me manter sã para a conversa de mais tarde. Um puxão na minha mochila me fez dar dois passos catastróficos pra trás.
- Onde pensa que vai correndo desse jeito hm?
A voz sedosa de Bailey soprou quentinha em minha orelha, me fazendo suspirar.
- To atrasada.
Me soltei de sua mão, mas ele me manteve presa pela alça da mochila.
- O que houve amor?
Algum receio permeava em suas íris ora brilhantes mas que gradativamente se tornavam opacas por falta de alguma ação ou palavra de minha parte. Ele me chamara de amor pela primeira vez e isso me tomou de uma forma que eu não esperava e tudo que fiz foi correr e correr, antes que o desejo que me consumia me impelisse a me atirar em seus braços perante toda a vizinhança, além do mais, acabaria dando com a língua nos dentes e Bailey procuraria Ylona, como uma pequena estrada feita de dominós, o primeiro seria derrubado para desencadear a queda dos demais e no fim não sairia nada de bom disso. Bailey precisava ficar alheio, ao menos até mais tarde, quando a bomba explodisse nos ouvidos de Johanna. Arrisquei uma olhadela para trás e vi meu príncipe com uma expressão confusa e triste, um aperto tombou meu peito, todavia, mais tarde tudo seria resolvido, assim esperava.
"O que houve amor?"
Essa frase somada ao rosto perfeito dele dispersavam com freqüência minha concentração e atenção, disparando meu coração muito mais vezes que o necessário. Noah me empurrou em direção as bolas que eram arremessadas pelos alunos umas cem vezes.
- A punição é para nós dois Urrea. - Resmunguei enquanto devolvia uma bola de handball para a equipe masculina do segundo ano.
- Então. Mas todo trabalho necessita de um chefe e eu estou fazendo a parte mais difícil Jojo.
Ele riu com aqueles olhos brilhantes e me derrubou na quadra. Comecei a rir e quando ele menos esperava, lhe dei uma boa rasteira, fazendo com que ele escorregasse ao meu lado, logo acompanhando meus risos.
- Senhores. Vocês não estão em um parque de diversões, vamos, ao trabalho.
A maldita professora Hoffman nos interrompeu com a voz anasalada e irritante.
- A senhora transa? - Noah perguntou.
Senhora Lara Hoffman deveria ter seus quarenta anos, até que estava em forma, e nesse momento podíamos ver fumaça saindo de suas narinas infladas.
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𝐁𝐨𝐫𝐧 𝐓𝐨 𝐌𝐞 ͟͞➳ 𝓙𝓸𝓪𝓵𝓮𝔂 𝓐𝓭𝓪𝓹𝓽𝓪𝓽𝓲𝓸𝓷
Любовные романыBailey May e Joalin Loukamaa. Dez anos de diferença de idade. Ele a pegou no colo ainda recém-nascida. A viu dar seus primeiros passos, balbuciar as primeiras palavras e a viu passar por tantas e diversas experiências ao longo dos anos. Ele viu a ga...