Honra aos antepassados

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Capítulo 3

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Capítulo 3

por N.C Earnshaw


    — OS ANTIGOS NÃO ERRAM, Paul. Sei que aceitar aquela moça pode ser a coisa mais difícil que você vai fazer na vida. Entendo perfeitamente toda sua raiva. Mas o imprinting não acontece por acaso; assim como você não se transformou por acaso. Tudo nessa vida tem um motivo, filho. Cabe a você aceitar e tirar o melhor proveito da situação. Vai ser difícil ir contra todos os seus instintos, eu sei, mas você precisa daquela moça tanto quanto ela precisa de você. Sendo ela um frio ou não, ela é a mulher que nossos antepassados escolheram. Honre-os.

    A voz de trovão de Billy Black ressoava sem parar na cabeça de Paul. Um combo de imagens passava em sua mente, deixando-o ainda mais transtornado. Os olhares de pena dos seus companheiros de matilha. O choque no rosto dos anciões. E seu próprio rosto angustiado refletido no espelho. Seu coração pesava em seu peito, e o lobo dentro de si, estava louco para escapar e fugir para junto de sua amada.

    Paul estava furioso. A ideia do imprinting já o provocava enjoo o suficiente, mas pensar que tinha sido em uma sanguessuga, deixava-o letárgico. De todos da matilha, ele tinha sido o maldito escolhido para ter como alma gêmea um monstro sugador de sangue. E, para piorar, todos os pensamentos ruins em relação a ela, faziam seu corpo tremer de raiva contra si mesmo. O instinto de proteção era tão forte, que cada vez que ele xingava ela na sua mente, desejava se punir depois como um maldito elfo doméstico.

    E merda, nem sabia o nome da droga da vampira que tinha acabado com a sua vida.

    As esperanças de que tudo era falso se findaram com as palavras de Billy Black. Seu destino foi selado no momento em que pôs os olhos na vampira dos Cullen, e não tinha nada que ele pudesse fazer em relação a isso. No entanto, Paul lutaria com todas as suas forças contra aquela magia, sem se importar com as consequências. Preferia morrer a ficar perto daquela coisa.

    O clima na casa de Sam estava tenso. Todos tentando manter as aparências de normalidade. Sem sucesso. Não havia nada de normal em ter um membro do bando ao qual seu alvo do imprinting fosse uma vampira.

    Dava para ver pelos sorrisos falsos que lançavam em sua direção e pelos olhares cautelosos que Sam disparava a cada 3 minutos — como se ele fosse uma bomba prestes a explodir, que absolutamente nada estava igual. E até mesmo Emily, que Paul pensou por alguns poucos minutos que seria única a não mudar, estava tratando-o com mais carinho que o comum, enchendo-o de comida até ele dizer chega.

    Isso tudo estava deixando Paul puto da vida.

    Ele, no fundo, apreciava o esforço. No entanto, estava se coçando para que qualquer um arranjasse uma briga, para que ele pudesse descontar ao menos um pouco da raiva que sentia.

Entre Fogo e Gelo - Paul Lahote (1)Onde histórias criam vida. Descubra agora