Quem é a vadia inútil?

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Capítulo 14

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Capítulo 14

por N.C Earnshaw


    PAUL SENTIU SEU CORPO despertando aos poucos. Espreguiçou-se e abriu os olhos lentamente, acostumando-se com a claridade do quarto. Por alguns segundos, a noite anterior ficou esquecida no fundo do seu cérebro adormecido. No entanto, rapidamente, sua memória voltou como um soco no estômago.

    Era noite, e ele estava voltando da casa de Sam depois de ter jantado. Assim que passou da porta, xingou baixinho ao perceber que seu pai estava na sala podre de bêbado com uma garrafa de cerveja na mão e várias outras jogadas ao seu redor. Vendo o estado em que ele estava, Paul resolveu ignorá-lo e ir direto para o quarto, mas o pai gritou ordenando que ele voltasse. O lobo se lembrava de respirar fundo para se acalmar quando foi atingido por uma garrafa na cabeça. Ele se virou sangrando, e foi recebido com socos e pontapés. O pai estava totalmente descontrolado. Ele tentou se conter. Entretanto, a raiva que estava sentindo era tanta, que quando viu, já estava transformado. A única coisa que ele conseguiu enxergar através da névoa, foi o pai jogado no chão com sangue escorrendo pelo seu corpo.

    Ele lembrava de voltar a forma humana e pegar um pano para estancar o sangue que jorrava. Então ela chegou. Paul não sabia como ela tinha ido parar ali tão rápido, mas ela foi tudo que ele precisava naquele momento.

    — Bom dia! — cumprimentou Wendy, sorrindo. Ela estava sentada ao lado dele em uma das cadeiras velhas que usavam na mesa da cozinha.

    — Isso está se tornando comum entre nós. — Ele passou a mão no rosto, sentindo seu interior se contorcer com a verdade daquelas palavras. Era bizarro o seu azar.

    — Parece que sim — concordou ela, piscando o olho. — Mas eu espero que essa seja a última vez.

    — Pode apostar que eu também. — Paul se sentou na cama e apoiou as costas na cabeceira da cama.

    — Se você quiser saber notícias sobre o seu pai... — sugeriu Wendy timidamente.

    — Quero.

    — Carlisle me ligou e falou que ele está bem. Perdeu bastante sangue e provavelmente vai ter uma cicatriz, mas está vivo. Não é o importante?

    Paul franziu o cenho.

    — Eu sei que quer saber o que aconteceu. — Ele a encarou sem disfarçar

    — Eu não... — titubeou a vampira, desviando o olhar dele. — Não precisa me contar agora. Pode me falar depois.

    Ele assentiu devagar, observando o rosto que o tirou do inferno em um dos piores momentos da sua vida.

    — Como conseguiu?

    — Consegui o quê? — indagou ela, confusa. Além disso, estava um pouco envergonhada com o modo intenso que ele a fitava.

Entre Fogo e Gelo - Paul Lahote (1)Onde histórias criam vida. Descubra agora