Coração doentio

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Capítulo 6

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Capítulo 6

por N.C Earnshaw


    PAUL HAVIA ENCONTRADO ELA novamente. Estranhou a urgência que sentiu no meio da ronda a sair da sua rota e se encaminhar para aquele lugar. Assim que foi se aproximando, sentiu o cheiro adocicado do seu imprinting. Ele poderia ter parado, dado a volta e saído de lá sem que ela se desse conta. Estava longe o bastante e ela não o veria, não achava que distinguiria o cheiro dele do cheiro do resto da sua matilha. No entanto, foi em frente. A força do imprinting puxando-o para ao menos olhá-la ou sentir seu perfume mais de perto.

    Quando seus olhos pousaram nela, não pôde evitar ficar surpreso. Ela era esplêndida, tinha que admitir. Os longos cabelos negros, que chegavam à cintura com cachos grossos, faziam-no pensar como seria se enroscar neles e sentir sua essência. A pele pálida do pescoço instigava um desejo de acariciá-la com as mãos... com a boca... com a língua.

    Ela separou os lábios rosados, parecendo querer falar algo, e Paul sentiu seu corpo estremecer. Ele mal podia respirar, e seu coração parecia que iria pular do peito. Ele pegou-se pensando em se transformar de volta em humano, ir até lá e agarrá-la. Beijar aquela boca vorazmente. Beijá-la até ficar sem ar, e não parar até ambos ficarem inconscientes.

    E foi então que ele lembrou que ela era uma vampira.

    Uma sanguessuga que matava para sobreviver não desmaiava, muito menos com beijos.

    Paul ficou enojado consigo mesmo ao pensar em beijar aquela boca novamente. Os lábios dela agora sujos de sangue tocando os deles em sua imaginação.

    Ele rosnou alto, desnorteado com as imagens que passavam por sua mente. Então virou-se para fugir dali. Mas, antes que desse as costas, lançou um olhar irado para a — ele não podia mais esquecer, vampira.

    Paul correu durante toda a noite, percorrendo sua rota sem desviar dessa vez. Ignorando os pensamentos de Jared — que também estava em ronda, e agradecendo mentalmente ao seu amigo por ele não ter feito nenhum comentário sobre o que havia acontecido mais cedo. O quileute já sentia nojo o bastante por si só. Não precisava de mais ajuda para se odiar e odiar aquela garota.

    A única coisa que o deixava aliviado, era saber que ela não tinha ideia do que estava passando. Ele morreria antes de se humilhar para uma sanguessuga. Entretanto, uma desconfiança de que ela já sabia o cutucava. A familiaridade que ela o encarou, quando ele parou para avaliar o encontro, deixou-o meio cismado.

    Paul balançou a cabeça, ignorando esses pensamentos.

    Não tinha possibilidade de ela ter conhecimento sobre o imprinting. Era um dos segredos da tribo. E, pela lei, somente o lobo poderia contar ao seu alvo sobre a magia. Além disso, ele decidia quando e como seria. Sendo assim — por Paul, ela nunca saberia nem quem ele era. Tinha certeza que ninguém da sua matilha se atreveria a se impor e contar algo.

Entre Fogo e Gelo - Paul Lahote (1)Onde histórias criam vida. Descubra agora