Ele não a quer

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Capítulo 4

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Capítulo 4

por N.C Earnshaw


* Weirdo - esquisito.

    WENDY SENTIA-SE CULPADA toda vez que olhava para Edward. Após a fuga de Victoria, tudo que a garota conseguia fazer era torturar-se mentalmente. Ela devia ter tentado mais. Devia ter corrido mais rápido e, principalmente, não deixado aquele monstro vermelho escapar pelos seus dedos quando o quileute atacou. Talvez, se ela tivesse ignorado aqueles lobos, ido atrás da ruiva e acabado com ela, sua família estaria muito mais tranquila — com toda certeza seria um problema a menos para todos, e Edward estaria mais despreocupado sem aquela psicopata tentando destruir o amor de sua existência.

    A culpa era toda sua — Wendy sabia disso. Se ela fosse mais rápida ou mais forte, teria conseguido...

    Suspirou profundamente, tentando acalmar seus pensamentos ao sentir a presença de seu irmão atrás de si.

    "Falando no diabo", pensou ela, revirando os olhos antes de se virar.

    — Te assustei? — A Cullen sentiu uma vontade imensa de arrancar o falso sorriso inocente do rosto dele.

    Wendy encarou os olhos brilhantes de Edward por alguns instantes, lembrando de como ele era soturno antes da chegada de Bella a suas vidas.

    O Edward pós-Bella era um maníaco por controle? Inferno, sim! Mas era um homem muito mais feliz.

    A vampira achava que era isso que acontecia quando se encontrava o amor de sua vida. Sua alma gêmea. Sua metade da laranja, ou, como a espécie deles chamava, companheiro.

    Amor. Ela não sabia quase nada sobre aquele sentimento, no entanto, ao presenciar de perto as relações dos casais da sua casa, sabia que era algo forte e intenso. Não conseguia nem imaginar o medo e o desespero que Edward sentia ao pensar em perder Bella para aquela vampira. Wendy viu como ele havia ficado no ano anterior quando tiveram que sair da cidade. Aquilo quase o destruiu. Se Bella não tivesse se arriscado e ido até a Itália para salvá-lo, ela estaria com um irmão a menos.

    O coração da Cullen, mesmo que não batesse, apertava em seu peito ao pensar como seria sua vida sem o intrometido leitor de mentes.

    E, mais uma vez, uma onda de culpa reverberou pelo seu corpo.

    — Pare de se culpar — repreendeu Edward. — Agradeço muito o esforço que todos fizeram, principalmente você, Wendy, mas naquela situação vocês não podiam fazer nada.

    — Poderia, sim. — A afirmação foi feita num tom de voz para lá de irritado. — Eu poderia ter passado direto por aqueles cachorros e destroçado aquela vadia.

    Edward riu baixinho.

    — Primeiro. Se Esme te ouvir xingando vai arrancar a sua língua.

Entre Fogo e Gelo - Paul Lahote (1)Onde histórias criam vida. Descubra agora