O temperamento de Paul Lahote era uma característica que o distinguia dos outros jovens da reserva. Sempre pronto para primeiro bater e depois conversar, ele colocava medo em seus colegas de turma desde a infância e honrava seu apelido de "cabeça-qu...
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Capítulo 22
por N.C Earnshaw
PAUL SORRIU SATISFEITO se esparramando na cama e cruzando as mãos atrás da cabeça. Com uma calça de moletom puída e o abdômen de fora, ele esperava a chegada de Wendy cheio de euforia.
Quando havia proposto que eles dormissem juntos, tinha pensado que ela iria recusar, mas foi só insistir mais um pouco dizendo que estaria muito ansioso na noite anterior a batalha e não conseguiria dormir, que a sua vampira favorita aceitou lhe fazer companhia. Não tinha nenhuma intenção de agarrá-la ou algo do tipo, apenas queria sentir a paz que experimentava quando estava ao lado dela.
Depois que se permitiu sentir as coisas boas que o imprinting trazia para sua vida, não queria mais largar.
Batidas baixas soaram pelo quarto, e Paul saltou da cama, correu até a janela e moveu a cortina para o lado. Na pressa, acabou puxando o pano com muita força, e o ferro que o segurava desgrudou da parede e caiu sobre ele, fazendo o lobo xingar alto e jogar o objeto num recanto.
Logo que abriu a janela, deu de cara com uma Wendy risonha. Com os olhos topázio brilhando no escuro e a figura quase obscurecida pela noite. Paul quis sorrir de volta, entretanto, estava emburrado demais por ela estar rindo dele, então somente bufou e a mandou entrar logo.
— Eu deveria estar me sentindo ofendida — resmungou a garota, passando uma das pernas para dentro. Uma parte do seu cabelo enganchou numa lasca de madeira, e ela puxou impulsivamente, sem se importar com os fios que ficaram.
— E pode me iluminar dizendo o porquê que você deveria ficar ofendida?
O Lahote cruzou os braços, fingindo confusão, mas já sabia muito bem a resposta.
— Você ainda pergunta? — indagou ela, apontando para trás. — Você me fez entrar pela janela como uma maldita adolescente!
— Tecnicamente, você é uma adolescente.
Wendy fez uma careta descrente.
— E foi você que deu a ideia de entrar na janela porque não queria encontrar meu pai — lembrou ele.
— Você devia ter dito que era uma péssima ideia! O velhote nem acordado está — queixou-se a vampira ao ouvir os roncos altos do pai de Paul na sala de estar.
O quileute deu de ombros e descruzou os braços.
— Eu que não ia colocar empecilho quando você aceitou vir aqui de tão bom grado.
— Você é um imbecil — acusou a Cullen, cutucando o peito dele.
Antes que ela encostasse nele novamente, Paul segurou o dedo dela e a empurrou para a cama. A vampira pensou em não se deixar ser empurrada, no entanto, cedeu a investida e se deixou cair de braços abertos, imitando perfeitamente uma estrela-do-mar.