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Os alunos que haviam ficado no alcance do alarme de incêndio receberam novas mudas de roupa para se trocaram.Nara, Katsuo e seu grupo foram levados a enfermaria e a doutora Nakamura cuidou dos ferimentos. A anjo era a mais machucada.

Hiromi, Tadashi, May e Shiori foram chamados para o escritório de Ciel.

— Algum de vocês podem de explicar o que aconteceu? — ele estava sentado em sua cadeira com os cotovelos apoiados na mesa.

— Eu estava em equipes com os dois. — disse Shiori. — Nara se negou a ajudar na atividade e ficou no celular, enquanto eu e Katsuo fazíamos as coisas. Eu perguntei se ela não iria ajudar e ela disse que não se misturaria com uma sem raça. Katsuo chamou ela de raça fraca e eles começaram a se transformar e atacar um ao outro.

— E qual o envolvimento de todos vocês? 

— Eu desmaiei os lobinhos. — disse Hiromi.

— Eu e May ativamos o alarme de incêndio.

— Fizeram muito bem. Evitaram uma tragédia ainda maior. Estou agradecido. — ele fez um gesto com a cabeça.

— Se não estiverem cansados, poderiam ajudar na limpeza da sala? 

Todos concordaram.

— Com exceção de você, Shiori. Gostaria que ficasse para podermos conversar sobre aquilo.

Todos se retiraram do escritório.

— Sente-se por favor. — ele fez um gesto para a cadeira.

Ela se sentou e ficou em silêncio.

— Como você fez aquilo?

— E-eu não sei. Só não queria mais ver aquela briga desnecessária e eu não podia fazer nada, então ouvi uma voz, ela disse algo que eu não entendia. Então tudo aconteceu.

— É difícil. — ele suspirou. — Estou fazendo o que posso.

— Eu sei disso. — ela respondeu. — Mas aquilo... Eu senti algo quente correndo por meu corpo e eu gostei.

— Você experimentou a magia, ela é viciante. — ele levantou da cadeira e passou a observar a chuva que escorria pela janela. — Sabia que existe viciados em magia?

— Como assim? — ela levantou.

— Tem feiticeiros que não seguem as regras do Conselho e usam a própria magia para fabricar drogas e vendem aos dynols. Eu prendi um, anos atrás. 

Ela se juntou a ele.

— Você trabalhava para o Conselho?

— Desde que eu era criança. — ele parecia imerso aos pensamentos, como se uma lembrança ruim o acometesse.

— Não precisa falar disso se não quiser.

— Está tudo bem. Já me acostumei a lembrar do que passei.

— Acredito que não deva ter sido coisas boas.

— E não foram. Fiz muitas coisas das quais me arrependo. — ele fechou o olho. — Vamos esquecer isso por enquanto. Você pode terminar as fichas?

— Claro.

E eles permaneceram assim por algumas horas, até que ela finalizou a organização das fichas por ordem alfabética e as colocou na gaveta.

— Bom, terminei.

— Agradeço.

— Quer que eu faça alguma outra coisa?

𝑻𝒉𝒆 𝑾𝒊𝒕𝒄𝒉 · ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora