━━━ 7.

48 11 2
                                    

Hiromi levou a amiga desolada e amedrontada ao quarto o mais rápido possível. Fechou a porta silenciosamente e jogou as sacolas de roupas caras no chão.

— O que aconteceu? — ela perguntou ao ajudar Shiori a sentar na cama. —Katsuo fez algo pra você?

— Não. Tinha... Tinha alguém lá fora, me vigiando. Fiquei com muito medo.

— Você está mal... Isso não é normal, deve ser alguma magia de medo. E quem faz isso são os... Lobisomens. — ela respirou fundo. — Tem certeza de quê ele não te fez nada?

— Eu tenho. — ela se mexia, desconfortável.

— Vou preparar um banho de ervas. Aguenta aí.

A vampira correu até o banheiro e ligou a torneira da banheira no mais quente possível. Voltou até o quarto e remexeu em sua bolsa procurando suas ervas. Ela precisava de alecrim e rosas, eles seriam o suficiente para afastar a magia.

A banheira já estava cheia, ela fechou a torneira, jogou as ervas e sussurrou palavras indecifráveis. Voltou ao quarto e levou sua amiga até a banheira. Retirou as roupas e a deixou de peças íntimas.

— Uma meia hora aí deve resolver. O bom é que não te afetou tanto, normalmente o enfeitiçado grita e rasga a própria pele por causa das alucinações. Mas do que eu tô falando, você nem me ouvindo está... — ela saiu do banheiro, mas deixou a porta aberta.

Suas costas se chocaram contra a dura parede de pedras

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Suas costas se chocaram contra a dura parede de pedras. Aquilo machucou.

— Você está traindo a alcateia, Katsuo? — perguntou um homem alto, sua face era mal iluminada devido a fraca luz do poste.

— Eu já desfiz meus laços com vocês.

— Isso não é possível e você sabe disso. — ele suspirou. — Me diga, você se importa mais com a sua família ou com a sem raça? — ele disse soando como um deboche.

Katsuo apenas o encarou e limpou o sangue que escorria da boca.

—Vai ficar fazendo essa cara insolente? — ele perguntou impaciente.

— É a única que eu tenho. — foi a última coisa que ele disse, antes de levar uma sequência de socos.

O homem parou de bater em Katsuo, mas a raiva ainda o dominava. O menino caiu no chão e mal conseguia se mover. Sua pele morena agora estava roxa de tantos hematomas.

— O que você fez naquele momento?

— Eu fiz... O que você viu. — ele dizia com dificuldade enquanto levantava.

— Deplorante. — ele olhava com desdém para o menino e pressionou suas costas com o pé, forçando-o contra o concreto duro. — Você decaiu. Agora é nosso inimigo.

𝑻𝒉𝒆 𝑾𝒊𝒕𝒄𝒉 · ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora