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Nossas visões se transformaram em ouro e agora estamos apagando

Será que devemos arrastar nossos pés através do cascalho e pedra?

Imagine que estamos mais altos que os pardais
Casualmente estamos respirando com os faraós
Tragicamente nós caímos como as flechas
Você vai ouvir nossas vozes ecoarem

Nós somos os corações
Nós nunca seremos comprados e vendidos

(We are the hearts)

·

Eles caminhavam pelas ruas movimentadas de Tóquio sem trocar nenhuma palavra, até que a menina decidiu quebrar o silêncio.

— Katsuo... Você estava do lado deles antes, não é? — ele consentiu. — Por que trocou de lado?

— Não achei estar fazendo o certo.

— Entendi.

As ruas movimentadas tornaram-se mais calmas conforme andavam. Eles não estavam indo para a comunidade e sim para a Academia, ou o que restava dela.

— O que viemos fazer aqui? — ela perguntou.

— Ver se achamos pistas da sua amiga.

A entrada estava selada com fitas amarelas e carros lotados de policiais. Alguns fotógrafos estavam ali, esperando para capturar um momento precioso.

— Vamos por trás. — ele pegou na mão dela.

Eles deram a volta. Havia um buraco no muro, que estava coberto com uma fraca grade. Ele deu um tranco e ela desencaixou, possibilitando a passagem.

O cheiro de fumaça e sangue ainda dominava, talvez fosse algo psicológico.

Nos destroços, estavam os professores. Eles moviam pedras e tentavam recuperar alguns dos livros, já que eram raridades.

— Shiori! —acenou Fumiko. Seus braços estavam enfaixados.

A menina se aproximou com rapidez.

— Que bom te ver. — ela disse.

— Digo o mesmo. — ela olhou para Katsuo. — Parece que o alfa veio nos ajudar também.

— Viemos ver se tem alguma pista de May. Não sabíamos que vocês estavam aqui. — ele respondeu.

— A May sumiu, não é? Os pais dela estão desolados. — seu rosto alegre, estava sombrio e triste. — Eu amava essa Academia, vê-la reduzida a cinzas e pedras me parte o coração. Também ter que ir ao enterro dos meus alunos é... Terrível.

— Já teve algum enterro? — Shiori perguntou.

— Simbólico para os que sumiram. O dos outros será hoje a tarde.

— Onde? Eu quero ir.

— No centro de crematório. Tem alguns salões lá para isso. É hoje às dezessete.

𝑻𝒉𝒆 𝑾𝒊𝒕𝒄𝒉 · ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora