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Shiori pensava em seus dois objetivos enquanto colocava as crianças para dormir. Além deles, pensava no beijo que havia ganho de Ciel, e toda vez que isso acontecia, um sorrisinho aparecia em seus lábios.

— Aconteceu mais alguma coisa lá. — disse Hiromi ao vê-la fechando a porta e sorrindo. — Me conta.

— Vamos lá pra baixo.

As meninas desceram as escadas e se jogaram no sofá.

— Anda, logo. Tô sem paciência. Ele te beijou né?

Ela assentiu.

— Eu sabia! — ela gritou.

— Fala baixo!

— Desculpa. — ela deu uma risadinha. — Me conta, o que aconteceu?

A menina não se sentia confortável de contar os segredos de Ciel, então mudou as informações. Disse que ele havia se declarado e então a beijou.

— Eu sabia que ele gostava de você! — ela soltava gritinhos de alegria. — Era muito óbvio.

— Se acalma. — Shiori riu.

— Mas me diz... Você gosta dele?

— Nesse momento, eu tô em conflito. Só quero achar a May e concluir essa missão. Depois disso, eu posso pensar com calma.

— Entendi. — Hiromi se acalmou.

Um barulho na porta chamou a atenção delas. Era Hwasa. Ela entrava enquanto apoiava Katsuo. As meninas logo levantaram e foram até eles.

— Katsuo. — chamou Shiori. — Está tudo bem?

— Está sim. — ele respondeu calmamente, seu rosto estava pálido e havia olheiras profundas ao redor de seus olhos.

— Shiori, você pode levá-lo lá para cima? — pediu a mulher.

— Claro. — ela o apoiou e começou a subir as escadas.

— Hiromi, me ajude aqui. — pediu Hwasa.

— Ajudo sim. — elas saíram e fecharam a porta.

A menina colocou Katsuo na cama. Seu braço estava completamente enfaixado e imobilizado.

— O que houve? 

— Só precisei usar meus poderes. Mas consegui informações. — ele sorriu.

— Isso não vale sua vida, Katsuo.

— Sermão não... — ele disse e virou para a parede.

— Não é sermão, idiota. Só estou preocupado com você.

— Preocupada comigo? — ele se sentou na cama rapidamente, ficando próximo dela.

— Lógico. — ela baixou o olhar, percebendo a aproximação.

Ele usou a outra mão para erguer seu rosto e eles ficaram trocando olhares por alguns segundos, até que ele chegou perto e começou a esbarrar em seus lábios. A porta foi aberta e ele desviou com rapidez, repousando sua testa em seu ombro.

— Oh, moleque. Tua mãe mandou você tomar esse remédio aqui. — disse Hiromi ao escancarar toda a porta do quarto. 

— Não vou tomar nada não. — disse ele, disfarçando.

— Anda logo, desse tamanhão e ainda faz gracinha? — ela chacoalhava o pote de vidro.

— Vou deixar vocês. — disse Shiori rindo e saindo do quarto.

𝑻𝒉𝒆 𝑾𝒊𝒕𝒄𝒉 · ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora