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— Mãe? Você é a deusa que todos os hudolus acreditam?

Ela assentiu.

— A vida é a morte, não só dos hudolus, mas de todos e estão em minhas mãos. Eu mantenho o equilíbrio do mundo e uma pessoa está o quebrando.

— Quem?

— Ciel.

Shiori não entendia, o que Ciel poderia estar fazendo de tão ruim que prejudicasse o equilíbrio do mundo? Ela então se lembrou, ele era filho de Lúcifer e, talvez, isso o prejudicasse de várias formas.

— É porque ele é filho de Lúcifer? — ela perguntou.

— Sammael foi meu primeiro filho, mas logo se corrompeu e nada que eu fiz adiantou. — ela soava triste. — Ciel é uma parte de mim e não quero que ele sofra mais. E como você é próxima dele, achei que poderia entregá-lo a mim.

— Ele não é um acessório que eu possa dar a você. Ele é meu amigo. Alguém muito importante. E não o vejo praticando nada de tão ruim que possa prejudicar o equilíbrio do mundo.

— Você não quer voltar a vida?

— Está barganhando comigo? A vida dele ou a minha? Se é tão poderosa, por que não simplesmente o pega? Ahm? — ela olhava para a Mãe, seu olhar de desafio a fez ficar irritada.

— Pois bem, bruxa. Seu tempo ainda não acabou e eu não posso simplesmente te matar. Volte para sua vida.

Mãe soprou um vento gélido que queimou os pulmões de Shiori. Ela logo voltou para a maca. Levantou com força e respirando fundo.

Os inúmeros médicos já haviam dado como morta e levaram um susto ao vê-la de pé. Logo injetaram morfina em sua veia, fazendo-a dormir.

·

Todos estavam na sala de espera. Katsuo batia os pés com força, Ciel já estava na décima lata de café gelado e Hiromi roía todas as unhas.

O médico, um híbrido de ave, veio até eles. Todos se levantaram.

— Vocês são parentes de Shiori Naomi Hime?

— Sim. — respondeu Ciel.

— Nós somos. — disse Kyoga.

— Certo. — ele levantou um papel da prancheta. — A senhorita Hime teve uma crise convulsiva seguida de uma parada cardiorrespiratória. Ela ficou morta por cerca de três minutos, mas voltou inesperadamente.

— Ela está bem? — perguntou Hiromi.

— Ótima. É como se nunca houvesse acontecido algo. Ela só se queixa de uma leve dor de cabeça.

— Podemos vê-la? — perguntou Ciel.

— Só duas pessoas por hoje.

Todo mundo se olhou.

— Eu vou. — disse Ciel.

— Eu também! — gritou Hiromi e Katsuo juntos.

— Quê? Eu que vou. — disse o menino.

— Eu que vou, lobo imbecil.

— O que você disse?

— Crianças, crianças. — Kyoga separou. — Katsuo a socorreu, deixe-o ir primeiro. Amanhã você a visita. O que acha?

𝑻𝒉𝒆 𝑾𝒊𝒕𝒄𝒉 · ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora