━━━ 11.

53 11 4
                                    

E a cidade está me deixando pra baixo
Eu não quero desperdiçar a vida esperando
Por casamentos e funerais
...
Costumava ter medo de morrer sozinho
Agora eu sei que não há nada a temer

·

O menino conseguiu fugir por muito pouco. Sangue escorria de sua mão, que agora já não se mexia mais.

Ele subiu as escadas com rapidez e enfiou a mão na água corrente e gelada. Aquilo aliviou um pouco, ele passou pomada e enfaixou.

Entrou em seu quarto e escondeu a blusa com os papéis debaixo da cama. Depois, ficou sentado no chão observando o nada.

 Depois, ficou sentado no chão observando o nada

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Muitas pessoas estavam indo embora da cerimônia. Hwasa e Kyoga colocavam as crianças no carro e Ciel acendia um cigarro ao longe.

— Eu vou com o Ciel. — disse Shiori. — Vejo você amanhã.

— Está bem. — respondeu Hiromi. — Toma cuidado. — ela gritou para a amiga que já estava longe.

— Ela pensa que sou algum monstro? — perguntou Ciel com os cigarros nos lábios.

— Ela só é muito preocupada. — riu. — Onde vamos?

— Minha casa. — ele respondeu enquanto soltava a fumaça.

A casa dele ficava no subúrbio. A vizinhança era de famílias ricas e sua casa, era a única que mantinha um estilo tradicional japonês.

Ele abriu o pequeno portão negro e deixou que ela entrasse primeiro.

O jardim era imenso e se estendia para a parte de trás da casa. Alguns passos e chegaram na entrada da casa.

— Se estiver bagunçado, me desculpe.— ele disse enquanto retirava os sapatos.

— Tudo bem. — ela riu e colocou as botas encostadas na parede.

Ciel abriu a porta, mostrando o belo interior da casa. Uma sala de estar ficava bem a frente, com um grande sofá cinzento e poltronas. A cozinha era de conceito aberto e ficava bem ao lado da sala.

— Fica a vontade. — ele disse enquanto retirava a camisa social manchada de sangue. — Vou jogar fora. 

Sua pele era marcada por cicatrizes, que iam do pescoço, ao tronco. E duas, em especial, chamavam a atenção por serem vermelhas, como se fossem recentes. Elas ficavam na omoplata, no osso da asa.

Shiori se sentou em uma poltrona e ficou observando o lugar com os olhos.

— É bonita, né? — disse Ciel enquanto vestia  outra camiseta social, só que azul escura. — É a primeira casa que comprei. Eu e a Kalifa morávamos aqui, quando éramos pequenos.

𝑻𝒉𝒆 𝑾𝒊𝒕𝒄𝒉 · ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora