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Agora esse amor é um suicídio

Que a verdade seja dita, eu não ligo

Pois as mãos dela são o meu  paraíso

Ela pode destruir cada esperança

Seu sangue é frio feito gelo

E seu coração é como pedra

Mas ela me mantém vivo

Ela é a criatura nos meus ossos

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No dia seguinte, Katsuo e Hiromi foram ao hospital visitar Shiori. Logo estranharam a grande quantidade de policiais e viaturas na área, sem contar os repórteres e viaturas.

Chegaram na recepção e logo viram o desespero das enfermeiras, que andavam de um lado para o outro.

— Bom dia. — disse Katsuo. — Vim visitar uma amiga. Ela está no quinto andar, Shiori Hime.

A recepcionista respirou fundo e levantou da cadeira, indo até uma salinha que ficava ao lado. Logo um homem surgiu, era o mesmo doutor do dia anterior.

— Bom dia. — ele disse.

— Você vai explicar o que está acontecendo? — perguntou Hiromi, impaciente.

— Bem... — ele arrumou os óculos. — Venham comigo.

O doutor os guiou até seu escritório. Uma sala pequena com móveis marrons simples. Eles se sentaram em um sofá de couro velho e ficaram encarando o médico.

— Por que tem policiais e repórteres lá fora? — perguntou Katsuo.

— Ontem, ocorreu um acidente... Com a amiga de vocês.

— O quê? — eles gritaram juntos e saltaram do sofá, Katsuo segurou o médico velho pela gola da camisa.

— O que aconteceu? — o menino gritou.

— Uma mulher se inflitrou na nossa equipe e jogou sua amiga do quinto andar. O corpo dela sumiu.

Katsuo ficou fraco. Ele soltou o médico e caiu no sofá, sem acreditar em nada do que havia ouvido. Hiromi começou a chorar desesperadamente.

— Eu sinto muito. Os policiais estão fazendo o possível para rastrear o paradeiro delas.

— Como... COMO VOCÊS DEIXARAM UMA FALHA DESSA MAGNITUDE OCORRER? — ele gritou, suas presas estavam a mostra e seus olhos demonstravam toda sua raiva.

— Se acalma! — gritou Hiromi, puxando-o para trás. — Matar ele só vai te trazer problemas.

— Eu não vou matá-lo!

— Eu sei que você iria pular na garganta dele e arrastar o corpo para fora.

Katsuo parou e se controlou. Havia esquecido que a vampira sabia o que ocorria nas mentes de quem tocava.

— Temos que avisar o Ciel e ver o quarto dela. — disse sem emoções. — Pode nos levar lá, doutor?

— C-claro, senhorita. — ele saiu rapidamente da sala e os guiou até o antigo quarto de Shiori, no quinto andar.

Estava tudo bagunçado e quebrado. Os cacos de vidro estavam sujos de sangue. Se aproximaram da janela e viram o carro amassado e a poça de sangue no chão. Policiais vigiavam a pista e impediam que alguém se aproximasse.

𝑻𝒉𝒆 𝑾𝒊𝒕𝒄𝒉 · ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora