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*O Mito - Narciso:

Dentre os muitos mitos da prole do deus-rio Cefiso e da ninfa Liríope, havia a do dia do seu nascimento, quando o adivinho Tirésias vaticinou que Narciso seria um rapaz plenamente dotado de beleza e teria vida longa desde que jamais contemplasse a própria figura. Narciso cresceu, e se transformou um jovem bonito que despertava amor tanto em homens quanto em mulheres, mas era muito orgulhoso e tinha uma arrogância que ninguém conseguia quebrar, incapaz de conceber a ideia de que era tão amado e desejado por todas as ninfas, nutria desprezo por elas. Sua tragédia seguiu-se quando as moças desprezadas pediram aos deuses para vingá-las e acabaram por serem atendidas pela deusa Nêmesis , (aqui como um aspecto de Afrodite ) e o condenou a apaixonar-se pelo seu próprio reflexo na lagoa de Eco. Encantado pela sua própria beleza, Narciso deitou-se no banco do rio e definhou, olhando-se na água e se embelezando. Depois da sua morte, Afrodite o transformou numa flor, o Narciso.

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POV LAUREN:

Senti minhas bochechas ardidas e mais alguns tapas na mesma.

— Laur? Acorde! — Escuto Ally claramente me chamando. Abro os olhos e suspiro cansada quando a vejo quase que totalmente jogada em cima de mim. — Ai, graças aos deuses, você está bem.. — Ela suspirou e sorriu, se jogando ao meu lado no colchão, ao que me dei conta só agora de que voltamos ao apartamento de Normani. — Vem, sente-se e beba isso.. — Deu-me um copo com o líquido vermelho já conhecido.

— Allyson! — reclamei e ela revirou os olhos.

— Relaxa, não é meu e nem humano.. — relaxei e peguei o copo quando me sentei. — Nossa, parece que ela acabou com você...

— Quem? - Franzi as sobrancelhas.

— A deusa. Você lutou com Karmila, não foi? Você se lembra? - me olhou preocupada, afagando minha cabeça, em busca de algum possível ferimento.

— Sim, mas... sim, ela me atacou varias vezes.. - Ally prendeu a respiração, temerosa. - Mas eu consegui jogá-la no chão e a prendi por um bom tempo, até que se acalmasse. - ela suspirou aliviada. - Mas quando estávamos perto, foi como se eu estivesse infectada. Como se ela estivesse me intoxicando e então eu fiquei fraca e com tanta sede! - Suspirei, recordando-me a agonia. - Eu quis mordê-la, mas eu sequer consegui atacá-la.. - confessei, me sentindo suja. - Eu sinto muito..

— Michelle, pare já com isso! - me repreendeu, abraçando-me. - Você estava há vários dias sem se alimentar, apenas isso. Você foi irresponsável e passou mal, simples. Isso não faz de você um monstro! Você sequer conseguiu atacá-la, não foi?

 Uhum.. - afirmei, deitada em seu colo. O problema é que eu queria e talvez ainda queira. Quero voltar lá e atacá-la como nunca!

— Viu? Não perdeu o controle. Está tudo bem.. - afagou meus cabelos e me abraçou apertado. Não posso perder o controle... - Eu amo você, uh? - O que seria de mim sem ter Ally por perto?

— Eu também te amo... - digo sem conseguir esconder a manha pelo carinho confortável que ela me faz.

Ela notou e riu, me fazendo cócegas. Cedi aos seus ataques até que ela parou. Continuamos só nós duas ali naquele quarto até que ela mandou-me tomar um banho, como se eu já não tivesse a intensão de o fazer, apenas porque não cansa de tratar-me como criança.

The Mythological LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora