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*Karmila, sua origem e nascimento A deusa menor fora uma das primeiras nascidas fora de um casamento. Concebida em algum momento entre 850 a 600 a.C., seu nascimento não fora celebrado ou esperado como o de Afrodite, sua mãe biológica, havia sido. Afrodite tirou proveito de toda a sua perspicácia para esconder sua gestação não só de Hefesto, seu ainda marido na época, mas também de Hera, considerada como sua mãe adotiva e de quem muito temia decepcionar quando fosse descoberta a gravidez indesejada e de que traíra Hefesto com o próprio irmão do ferreiro, Ares. 

A gestação fora dificultosa e por muito pouco, o bebê por muitas vezes quase não sobrevivera. Após um último esforço, a deusa do amor  e beleza apelou pela ajuda de suas amigas da época. Atenas, Ártemis, Hécate, Perséfone e até Hades apareceu para ajudar, este último apenas porque sua esposa o obrigou. Bênçãos foram lançadas sobre Karmila antes mesmo desta nascer e quando fora dada a luz e a deusa menor nasceu, choveu. As nuvens liberavam seus pingos de chuva com o mesmo intenso vigor que o bebê emitia ao que experimentava pela primeira vez na vida o ar entrando e saindo de seus pequenos e frágeis pulmões. Naquela noite, vulcões entraram em erupção, a lua ficara em vermelho sangue e os lobos e demais criaturas das florestas urraram em celebração. O reconhecimento de que um deus havia nascido fora tanto que pouco custou para que todo o Olimpo recebe as boas novas de que a pequena Karmila havia nascido.

Mas independente do quão apaixonante e perfeito fosse o bebê, Afrodite tivera de abrir mão de sua maternidade sobre a pequena deusa. Em reverência á mãe, tentaria ao menos salvar o seu casamento com o deus ferreiro de coração partido.

No  centro de uma clareira, a recém nascida Karmila mais uma vez degustou-se da companhia da morte, mas dessa vez quem a salvou fora a própria morte. Nix, a deusa primordial da noite, em sua invisível e poderosa forma divina, deparou-se com o ser mais belo que já viu em prantos e no centro de todas as folhagens. Viu a dor e angústia que a criaturinha tanto sentia e não pôde conter a necessidade que lhe surgiu de pegar o, agora, seu novo bebê nos braços. Karmila recebera, então, um beijo da morte e fora ninada por ela até que seu choro cessasse e entrasse em um sono profundo enquanto a divindade que a tinha nos braços começava a vagar por todo o mundo dos humanos, buscando o par ideal para criar e alimentar seu mais novo bebezinho, até que fosse chegada a hora de se revelar para ela, esclarecendo o passado, presente e futuro.

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*1 dia depois:

As portas do palácio foram abertas para que a deusa menor mau humorada passasse esplendorosa e devidamente vestida em um traje a rigor.

Em volta da grande mesa de pedra estavam todos os vampiros da Ordem vampírica e anciões que Camila apostava como tentariam defender o direito ao trono do irmão gêmeo de sua falecida amante, a deusa já até repassara todas as possibilidades e justificativas que poderiam usar contra ela e já estava convencida de sua decisão e  se sua filha bastarda tivesse de fato o sangue da deusa nas veias, estaria neste exato momento providenciando a chegada de seu plano B.

Ela olhou em volta para todos que mantinham os olhos na coroa que se mantinha no centro da mesa, temendo perder a cabeça se desviassem o olhar, como aconteceu mais de cinco vezes nas ultimas vinte e quatro horas desde a chegada de Karmila no castelo.

Camila caminhou lenta e lascivamente até a cadeira mais alta na extremidade de uma das mesas.  Acomodou-se e analisou-os uma última vez antes de começar.

— Que seja dada início esta reunião.  — autorizou.

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— O que  o Alex está fazendo aqui? — Vero reclamou após puxar Lucy para longe da pequena aglomeração em torno de uma fogueira que a jovem magricela conseguiu reunir á beira da praia.

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