Chapter 15

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As coisas começaram a desandar um pouco. Eu não esperava ter de mudar os planos agora, mas a proposta parece ter vindo a calhar.

Um tempo longe de Konoha, com meus pensamentos longe daqui, talvez tirem a atenção desses malditos da minha sombra.

Um passarinho inofensivo parece dançar em adoração às árvores debaixo do jovem. Então dar-se a forma de um estranho entre os arbustos

-A missão em Konoha precisa ser interrompida.-voz grave, de soar juvenil se manifesta, afastando seus pensamentos.

-Parece que você foi mais rápido-alguém por trás, brinca.-.




Alguns anos entre o povo de Konoha me renderam algumas fontes importantes. Carta de admissão para a minha entrada na equipe Base da Aldeia, sem quaisquer suspeita, foi só uma das coisas que eu consegui com muita facilidade.

Durante dois anos atuando de forma minuciosa, consegui alguns arquivos, contratos e alianças que não coincidem com o discurso de um governo honesto.

Por trás de qualquer boa conduta, há algo que se distorce. Algo que fede muito.

Estive trabalhando para Rom desde que entrei na adolescência, ou posso dizer...desde que o conheci. Eu não tinha mais ninguém, e ele apareceu.

Durante os períodos em espionagem pelas várias aldeias, era fácil descobrir as diversas estruturas e meios de exportação que depois iriam se transformar em munição para o grupo.

Nunca estive muito acostumado com a ideia de roubo.

Pelo menos para mim, ainda era muito difícil fazer isso e ainda derramar sangue de outras pessoas.
Ao mesmo tempo que era um choque, porque não fazia muito tempo desde a morte de meus pais adotivos.

Havia muita coisa para agregar e pouco tempo para explicar isso.

Entre viver escondido e lutar pela minha sobrevivência, eu tinha somente uma escolha, ambas estavam paralelas uma a outra.

Mas foi só depois daquele dia-Aquele dia- que eu entendi que não podia mais ficar.

Também entendi que algumas coisas assustam. Mesmo que isso seja você mesmo.

Decidi correr para longe, onde ninguém iria lembrar do meu nome.




Rom me abraçou.

Ele tinha planos bem mais estranhos que a própria Konzoo. Algo que levaria muitos anos e que, pelo menos para mim, ainda seria difícil de se acostumar.

Com o tempo isso foi se tornando muito comum, parecia ser algo normal e que, de alguma maneira, iria acontecer.

Entre ser gatilho ou munição, escreva que eu podia ser ambos.

Sob a tutela de Rom, passei a correr contra tudo, e até o tempo em demasia me deixava impassível.

Evito o tempo, ele me faz querer olhar para trás, onde não há mais nada.

Onde não sobrou mais nada.


-Por enquanto isso não é nada bom.-os ombros cansados mostram indiferença, enquanto a respiração aumenta gradativamente.- Pelo menos não até o posicionamento dessa reunião entre os governantes.

-Não espero receber uma resposta amigável de Suna nessa conciliação. Embora sejam iguais em seus negócios, cada uma luta por si.-as mãos trêmulas ocasionadas pelo frio acendem um cigarro.- Você sabe porque alianças são tão complicadas e difíceis, não depende de querer, mas do quanto você terá que abrir mão por isso.

-Suna perderá alguns fornecedores, mas ainda continua sendo muito poderosa. Eu analisei alguns dados da economia e crescimento que estavam arquivados por meio de criptografia, fora o retorno pós conciliação.-o rapaz tenta completar o raciocínio, interrompido pela rápida tontura, ao que se apoia de maneira sutil aos joelhos.- O Uzumaki e...-ele tenta evitar, procurando por palavras mais evasivas.-...em principal, o kazekage, não têm nada a perder.

-Pelo contrário.-a primeira tragada vem acompanhada de uma leve tosse.-Quando duas nações fortes se unem, a luta passa a ser apenas pelo poder, e um acordo não anula suas indiferenças.

Evito qualquer coisa que me faça lembrar daquelas chamas. Do que eu ainda sou.



-De qualquer forma, isso dificulta a minha ação por aqui, nosso estoque de suspeitos diminui e isso já está levando tempo demais.-o rapaz parece perder a paciência enquanto tenta gesticular.- Aburame está responsável pelas investigações e, se até lá não conseguirmos as fontes principais...

-Cuidamos dos dois e abortamos tudo. Eu sei.-Rom não quer deixar passar o quão rápido é.-Eu cuido desses dois, por enquanto. Não será tão difícil jogar o mesmo que eles, a Ex-executora fracassada ainda está cumprindo sua sentença livre. Basta apenas um deslize.

-Não subestime tanto, lembre-se do porquê a pegaram, Rom.-o jovem é certeiro com o comentário insinuador.

-Escolhas são particularidades únicas de cada um de nós. Infelizmente a agente não fez as certas.-ele ri, ainda desacreditado com a ousadia do outro.












Era hora de retornar a Suna e tratar de outros negócios, a proposta na carta parecia tentadora, se não exigisse tanto e, se não custasse tão caro. De alguma forma as circunstâncias sempre me fazem entrar em embates entre meu passado e o meu eu do presente, minhas raízes pareces tão firmes quanto quando as tentei cortar. Havia ali uma oportunidade, ao mesmo tempo que saía da visão dos agentes de Konoha.

Seria muito fácil se isso não me atingisse de uma forma ainda tão bruta, ao mesmo tempo que o pavor toma conta da minha consciência ao saber que não tenho controle sobre isso que está dentro do meu corpo.

Do ódio que emerge de mim por não fazer parar.





Ainda sim, medo de encarar a verdade da promessa quebrada que está enterrada em Suna.




Você não vai voltar.

No entanto, a minha sobrevivência está em jogo, e é por ela, e unicamente por ela, que alguns ainda precisarão perder.

Na mochila dianteira havia um envelope aberto que ainda exalava a fragrância típica das areias do deserto, contendo uma carta escrita a letra cursiva e clara-contendo notas, de início, gentis, desenvolvendo aos poucos a maldade no empenho a procurar alguém. Escrito e assinado, no final da folha, a Srª. Yamanaka, Ino.
















Retorne ao passado, e descubra quem você foi.














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