Fecho os olhos, aperto os pulsos com tamanha força que...ah, eu não consigo mais suportar!
Me mantenho de pé, olhando fixamente para estrutura de entrada na minha frente. Estou a poucos passos de girar a maçaneta e nunca mais poder voltar atrás.
Itai está do meu lado, um pouco nervosa e com um ar que questiona a minha sanidade mental. Para ela, é fácil, e nada demais está acontecendo.
Agrh! Lágrimas! Malditas lágrimas, parem!
Eu as engoli. Itai estava começando a estranhar o meu comportamento, e temi que perguntasse algo.
Pensei em Shinki, e em como tudo agora dependia de mim. Como tudo isso havia demorado, e ainda sim seria culpa minha.
E é por isso que quero te contar uma história.
Eu sei que você não consegue me ouvir, mas eu sinto o seu coração.
Na verdade, eu estou treinando para poder me explicar para você, mostrar minhas razões e como tudo foi muito arriscado.
Para que, no final, eu não chore mais que você, e acabe gaguejando entre soluços ininterruptos. Eu odiaria se isso acontecesse. Eu não sou uma mentirosa.
Mas você acreditaria se eu dissesse que me apaixonei apenas uma vez?
E que ele era, e ainda é, quem faz as minhas veias esquentarem.
Nos amamos com todas as nossas forças. Nossa respiração era compatível, e nosso corpo servia um no outro a cada embalo.
Mas éramos proibidos um ao outro.
Eu nunca fui de sorrir muito, e talvez você não saiba disso. Mas, ele se abria a cada vez que o sol saía para dormir.
Quando as estrelas brotavam, quando a escuridão dos corredores nos acolhia de qualquer flagrante. Era o único momento em que eu sorria de verdade: por poder vê-lo à luz de vagalumes.
Tinha certeza de que o amaria para sempre. Meu coração dizia, e até mesmo meus neurônios. Quem disse que o meu amor não era racional também? Eu nunca estive tão lúcida, Shinki.
E sabe o motivo da minha certeza?
Ele me disse que tudo estava acabado.
Mas eu ainda continuo lembrando de cada detalhe do rosto dele.
E então, pouquíssimo tempo depois da dor, veio a minha alegria. Veio um motivo para continuar sobrevivendo.
Eu me sentia um pouco mal, e achei que Yukata havia exagerado no sal naquele domingo, quando na verdade, era você, seu danadinho.
E quando eu soube, não pude esconder também o meu medo por você.
Lembra quando falei que éramos proibidos?
A cada minuto passava pela minha cabeça o que podiam fazer contra você, como poderia sofrer com o desprezo de uma sociedade inteira.
Qual o peso de tamanha responsabilidade para um simples bebê que nem havia nascido, e sequer carregava culpa?
Jamais permitiria que passasse pelo o que seu pai enfrentou, por isso paguei tão caro, assim como você também.
Eu sinto muito por isso, filho.
Eu sempre quis estar perto de você. O tempo todo, lembra?
Lembra quando pintávamos o dia todo e, quando a lua começava a surgir, você me pedia para ficar?
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SEMPRE [EM ANDAMENTO/ REVISÃO]
FanfictionComo vocês já sabem (ou não) eu sou a típica escritora que não sabe fazer sinópse da própria história. Então, seres humanos, essa é mais uma linda (eu acho) história de amor entre Gaara e Matsuri, o meu casal favorita voltou. Aprecie <3 Obs; POR FAV...