Chapter 13

137 6 6
                                    










Porta-retratos.

Janelas para um passado. Que tal o seu passado?

...retratos intensos, com as mais variadas situações. Você consegue lembrar? Teu coração é um museu, e todos os quadros à ti pertencem. Você criou cada situação, chorou todas aquelas lágrimas, uma por uma, e sabe o quanto foi caro. Também riu até doer, e você sabe o quão bom foi ser feliz, ao menos por um minuto, depois do sofrimento. Sentiu saudades.

Ainda sente.

Nomes dos quais você não lembra mais, rostos desconhecidos que você quis esquecer.

Se permita fechar os olhos e abrir o peito. Entre para dentro.

Dentro de si mesmo.

Se pegarmos do começo, então você irá encontrar muita poeira e pouca iluminação. Essa parte do museu já foi esquecida por você. Mas tente voltar atrás.

Sim, esse é o começo.

Ali está você. Não lembra?

Ainda consegue sentir a alegria de um coração sem culpa?

Seu primeiro quadro.

Pequeno.

Mas você era pequeno demais pra entender. Não foi culpa sua não saber como funcionam as pessoas. As outras crianças.

Não deveria saber mesmo. Do contrário não há graça.

É uma brincadeirinha de mau gosto da vida.

Ela é pode ser muito cruel com criancinhas. E uma tirana depois dos 13.

...e você achou que seria pra sempre, porque o tempo não importava. Mas o seu sempre não podia ficar.

Essa brincadeira machuca.

-Agente 7!.-uma voz exclamama.

Aquela conversa trazia, em essência, a volta ao passado. Algo que, em outro momento, era pra sempre.

-Eu estou ouvindo, Getsukato.-ele diz a seco, ainda encarando o vento através da janela que, consequentemente, secava qualquer lembrança sorrateira.

Vou levar o seu silêncio como um sim.-o comandante faz menção de sair, sem parecer se importar muito com as respostas.

-Esse não é o meu trabalho.-se impõe, quebrando o silêncio.

-Tem razão.-ele para-É o seu dever!.-com alguns passos para trás, ele retoma a posição inicial.- Acaso acha que se encontra em posição de recusar alguma ordem minha, Agente?

- Eu não preciso de você, e sabe disso. Não tenho relação nenhuma com Konoha.-deixa explícito o seu desinteresse, sem desviar o olhar que contempla a paisagem de fora.- Concluo que esta merda não é problema meu.

- Está dificultando as coisas pra gente, Amnki. E você sabe o que essa sua atitude significa pra toda a Aldeia.-o homem ameaça de uma maneira sútil, deixando escapar entre os lábios um ar preocupado.

- Quer me pôr na frente de uma investigação, apenas pelo fato de não pertencer à Folha. Pôr a minha vida na frente da sua e de todos que os idiotas que deveriam fazer isso.-Amnki tenta complementar, mas é falhado por Getsukato.

- Simplesmente e, unicamente, porque você é o mais apto pra tarefa.-desabafa.

- E porque vocês são um bando de covardes.-dá de ombros, terminando a fala.- Até que ponto isso pode me interessa?.-alguém parece considerar a hipótese de ceder.

- Eu também tenho outras coisas pra me ocupar, Amnki. Eu juro que não queria estar te ouvindo agora. Não no final do meu expediente.-o comandante apela e tenta terminar aquela conversa de qualquer jeito.

- Já tem bastante gente envolvida nisso. Acho que Aburame pode resolver essa bagunça pra você.-Eu já tenho um outro compromisso, Comandante.-sai, deixando o homem sem opções.















Há mais ou menos 3 anos recebi uma carta confidencial de uma mulher que, no primeiro momento, me parecia um pouco desesperada pela cabeça de alguém.

Não é o tipo de coisa que eu costumo fazer, por esse motivo a carta ficou na minha lixeira por todo esse tempo.

Pela escrita, a folha em sede pura e o cheiro de lírios do deserto, se tratava de alguém abastada, claro. Mas esse não foi o motivo que chamou a minha atenção.

Eu ganhei a vida com esforço e muito sangue. O meu sangue. Não da maneira mais correta, mas a mais viável para o que eu quero.

Poucos me vêem. Só alguns conhecem Amnki.

Se diante de todas as opções que aquela mulher teria pra executar a tarefa, por quê eu estaria dentre elas?

O cheiro de lírios me remetia a algo familiar. Mas não sabia o quê.

Aquela carta me custaria um pouco caro. Eu teria de voltar.

E eu realmente não queria.

















Penitenciária Satokwi- Konohakagure

Acho que acabei ficando viciada demais nisso. Quis tanto provar algo, e acabei apenas por provar quem eu queria esconder. Uma infiel.

Aqui dentro não dá pra fazer muita coisa. Com segurança máxima no meu calcanhar, portas escuras e vidro à prova de tudo.

Eu poderia fazer alguma coisa.

Eu posso.

Agora não depende mais de mim, e isso faz o meu sangue ferver. Entrando em ebulição até que eu comece a chorar de raiva.



- Algumas coisas realmente não são fáceis não é, Moegui?-a carcereira guia a moça pelos braços pelos corredores.

- E era pra ser diferente?.-ela não dá a mínima.

- Eu peço desculpas pela situação. Acho que nunca imaginei que estaria fazendo isso.-num movimento sútil, ela aperta as algemas por trás.
































- Vamos logo com isso.-Moegui insiste em acabar com aquela falação.-Obrigada, eu juro que não vou esquecer o caminho.-ela brinca, e a cela fecha rente as pálpebras.




Nem que a morte me abrace.

Vou cometer os mesmos erros, mas vou provar...


...Uzumaki.











SEMPRE [EM ANDAMENTO/ REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora