Eu odeio te amar

Capítulo sem título 21

Dulce: A Anny não precisa passar por isso hoje, o coração do meu irmão ela já roubou faz tempo. - digo rindo.-
Anahí: E você meu amor? Tão linda assim acha que vai passar a festa sozinha?
Dulce: Eu não acho, eu tenho certeza, aliás eu tenho que falar com esse tal Guilherme.
Anahí: Só falar, você não vai perder o seu tempo com ele.
Dulce: E se ele for bonito?
Anahí: Não é tanto quanto a pessoa que eu disse.
Dulce: E onde está o cara que você disse que ia me fazer companhia?
Anahí: Está por aí, daqui a pouco aparece. - Ela diz animada.-
Dulce: Eu sinto que não devo confiar.
Anahí: Deixa acontecer, você vai se divertir. - ela falou sorrindo e desviou o olhar - Olha quem vem chegando - Ela aponta para trás de mim e eu me viro para olhar.

Quando segui os olhos de Anahí, eu vi os meninos chegando, era um quarteto de homens lindos, mas os meus olhos quiseram focar especialmente em um, que estava de tirar o fôlego de qualquer garota, até mesmo eu, como pode alguém ser tão lindo?

Christopher
Quando eu caminhei rumo as garotas os meus olhos encontram Dulce, todas as meninas estavam lindas, mas Dulce tinha um brilho especial, era algo nos seus olhos que eu não sabia decifrar, eu sempre soube que Dulce é linda, isso era inquestionável, mas não era apenas a beleza física dela que estava me atraindo. E tudo isso é incrivelmente estranho, é quase a mesma coisa que eu senti no dia que ela estava bêbada, mas hoje era bem mais forte.
Poncho: E essas meninas tão lindas nos dão a honra de sentarmos a mesa com vocês? - ele fala galanteador, focando exclusivamente na minha irmã.
Anahí: Será um prazer!
Enquanto os garotos decidiam um lugar para sentar eu voltei a olhar para dulce que ainda estava em pé e ela coincidentemente olhou para mim, eu fiquei olhando aqueles lindos olhos sem dizer nada e ela também estava olhando fixamente para os meus.

Eu estava tentando decifrar aquele universo que os olhos dela mostrava, mas o momento foi interrompido com a voz da Zoraida e eu voltei para realidade:
Zoraida: Eii - ela gritou - vocês vão continuar se olhando ou vão sentar? - Dulce apressadamente se sentou e eu sentei ao seu lado, era o único lugar disponível.
Maitê: Eu estou gostando da festa, está tudo lindo - ela diz tentando criar um assunto.
Anahí: Eu também tô gostando, mas eu queria dançar um pouco.
Poncho: Se você quiser dançar comigo eu estou a disposição - ele diz e ela logo se levanta.
Anahí: Vamos gente, aqui tem oito pessoas, dá para fazer quatro pares, eu danço com o Alfonso, a may com o Chris, a Zo com o Eddy e dul com o ucker. - quando ela termina de falar eu percebo que Dulce arregala os olhos. -
Maitê: eu gostei da idéia, é claro, se o Chris quiser dançar comigo.
Christian: Como que não vou querer dançar com uma mulher tão linda, me sinto até privilegiado. - todos riem menos Eddy.
Eddy: Também gostei da idéia, menos a do Christian dançar com a may.
Dulce: Eu não tô afim de dançar, vocês podem ir. - Ela diz e percebo que era mentira, talvez ela só não quisesse dançar comigo.-
Zoraida: Você quem sabe, mas não é legal passar a noite sozinha e muito menos sem se divertir.

Todos saem para o meio do salão, menos Anahí que veio até mim e sussurou no meu ouvido.
Anahí: Chama ela para dançar e não deixa ela sozinha, eu confio em você. - ela dá uma piscadela para mim e vai ao encontro de poncho.

Pela primeira vez eu não sabia como chamar uma garota para dançar, isso nunca foi um problema para mim, mas com a Dulce era diferente. O silêncio entre a gente pairava enquanto estamos observando as pessoas dançarem.

Dulce vez ou outra sorria vendo as pessoas dançarem e mexia os pés na inquietação e no ritmo da música, ela queria dançar, mas não estava se sentindo confortável com a minha presença, e ela tem razão, estavamos a alguns longos minutos em silêncio. Até que eu resolvi quebrar essa barreira entre a gente.
Ucker: Você não é de falar muito né?
Dulce: Só acho que não temos o que falar, ou você tem? - Ela arqueia a sombrancelha.
Ucker: Não, mas se vamos passar o resto da noite juntos, já que os casais ali não vão se separar - digo apontando para os meninos. - acho que devíamos pelo menos tentar.
Dulce: Não sei se estou disposta a tentar.
Ucker: Se você prestar atenção a gente já tá tentando. - Ela fica sem resposta e revira os olhos com um sorriso de canto-
Dulce: Tá bom, você conseguiu, vamos conversar sobre algo que não nos faça brigar, hoje eu não estou muito afim de discutir, quem sabe outro dia. - Ela diz voltando o seu corpo para mim. -
Ucker: Você está certa, também não quero discutir hoje, acho que podemos começar com você me dizendo porque não aceitou dançar comigo. - Ela sorri.
Dulce: Está sentido Christopher? - ela continua rindo.
Ucker: Não, mas acho que deve ter um motivo.
Dulce: Têm sim, você nem falou comigo e eu não danço com pessoas mal educadas - ela debocha.
Ucker: Então foi só por isso?
Dulce: Não, você também não me chamou para dançar, foi uma sugestão da Anahí.
Ucker: Você está certa, eu devia ter lhe chamado para dançar.
Dulce: Mas você queria dançar comigo?
Ucker: Eu adoraria, mas é um pouco difícil saber a sua resposta.
Dulce: Se você tivesse tentando, você saberia.
Ucker: É tarde demais para eu saber a resposta?
Dulce: Não sei, depende das circunstâncias, dizem que a sorte só passa uma vez.
Ucker: De fato, mas a sorte de dançar com você não está negociável ou você pode pensar sobre voltar a passar de novo?
Dulce: Deixa eu pensar um pouco...

Ela parou de falar com um sorriso espontâneo que apareceu quando começou a tocar a música "Do you wanna dance" ela logo voltou os olhos para o centro do salão quebrando o contato comigo.

Dulce: Eu amo essa música! - Ela diz animada como uma criança que acabou de receber o presente de natal.
Ucker: Você quer dançar? - ela continuava olhando para o salão.
Dulce: Sim, esse é o nome da música - Eu sorri com a sua atitude, ela continuava concentrada no salão e não percebeu que eu havia chamado-a para dançar. -
Ucker: Sim, esse é o nome da mulher, mas eu estou lhe convidando para dançar. - Ela rapidamente olha para mim com a expressão assustada.
Dulce: É... - ela fica um pouco confusa mas logo me responde - Eu só vou aceitar porque eu realmente amo essa música, você teve sorte.

Eu dou um sorriso e peço a sua mão com um gesto, ela olha para a mesma e parece pensar por alguns segundos, mas logo cede sua mão ao encontro da minha e caminhamos ao centro do salão.
Ela põe a sua mão sobre o meu ombro e a outra continua segurando a minha mão. Eu acomodo a minha mão esquerda na sua cintura fina e olho em seus olhos, que estavam fixos nos meus, mas logo é desviado quando começamos a nos movimentar no ritmo da música.
Era uma sensação boa dançar com ela aquela música, não era tão lenta e nem tão animada, conseguimos dançar como se estivéssemos em um baile dos anos 90. .